Quando a coisa aperta logo aparece a Marina em segundo lugar como a representante em parte por falta de rejeição, é claro, e outra por parecer representar a não corrupção esta talvez pela falta de oportunidade que ainda não tiveram seus apoiadores e outra muito pior do que isso o que representa os interesses estratégicos externos ao Brasil na questão ambiental.
O povo age sempre bovinamente aos sabores que podem ser mais e menos sofisticados, apenas por efeitos comparativos que é o pior de todas as escolhas quando falamos especialmente de Brasil.
O fato que vem corroborar com isso é o fato do Sebento Falastrão ainda puxar o primeiro lugar da lista em qualquer pesquisa.
Com um povo destes, onde iremos?
j.a.mellow
Enviado por Ricardo Noblat -
Merval Pereira, O Globo
Pela pesquisa, a
presidente teria hoje 40% dos votos; a ex-senadora Marina Silva, 22%; o
senador Aécio Neves, 20%; e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos,
5%.
Mais uma vez, Marina surge como a grande beneficiária dos
movimentos de contestação que ocorrem pelo país, pois, embora tenha sido
senadora por 16 anos e fundadora do PT, ela não é percebida pela
população como uma política profissional.
Mas Marina tem também um lado evangélico que, segundo estudos recentes, foi decisivo na sua votação na campanha de 2010.
O
professor Cesar Romero Jacob, diretor do Departamento de Comunicação
Social da PUC-Rio, lançou recentemente o e-book “Religião e Território
no Brasil: 1991/2010”, da Editora da PUC, trabalho que, ao analisar as
transformações no perfil religioso da população brasileira, com o
crescimento do número de evangélicos, pode ser útil para o entendimento
do cenário eleitoral do ano que vem, considerando a participação
crescente de pastores pentecostais na política.
Segundo Romero
Jacob, o pluralismo religioso se consolidou no país, com a Igreja
Católica perdendo 24 pontos percentuais. O número de católicos cai de
89% da população para 65% em 30 anos.
No mesmo período, os fiéis
do conjunto de Igrejas Pentecostais passam de 3% da população, em 80,
para 13% em 2010. “O Brasil deixou de ser um país de hegemonia católica
para ser um país de maioria católica”.
Segundo o estudo, no
Nordeste, em Minas Gerais e no Sul do Brasil, o percentual de católicos
se mantém muito elevado, mas nas áreas de imigração para a fronteira
agrícola e mineral do Centro-Oeste e Norte e na periferia das regiões
metropolitanas os pentecostais crescem. “De um modo geral, diz Romero
Jacob, nas áreas de expansão recente e, sobretudo, num certo caos
social, o pentecostalismo se implantou”.
Essa seria a razão da
participação de Marina Silva em cultos evangélicos para a coleta de
assinaturas em apoio à criação do seu partido, a REDE, como seus
militantes fizeram ontem na Marcha para Jesus, em São Paulo.
Apesar
de o livro se ater à questão religiosa, os mapas permitem algumas
ilações políticas, uma vez que os pastores têm demonstrado certo
controle sobre o eleitorado evangélico pentecostal.
Na política,
na época da eleição de 2010, na análise de Romero Jacob, Marina
conseguiu atrair os insatisfeitos com a campanha do Serra, os petistas
insatisfeitos com os rumos do governo do PT, os evangélicos e até os
verdes, que não têm uma expressão tão grande assim do ponto de vista
eleitoral.
Mas o que parece agora, com dados novos, diz o
professor da PUC, quando se analisa o mapa dos pentecostais e não
determinados com o mapa da votação da Marina, “mesmo que não sejam
exatamente iguais, têm pontos de contato muito nítidos”.
Embora
Marina tenha construído uma carreira em torno da questão ambiental, isso
não significa dizer que os evangélicos não a tenham apoiado fortemente.
“É
claro que a Marina não é uma evangélica óbvia, ela tem uma sofisticação
na fala, no sentido de não estar diretamente ligada à questão
religiosa”, analisa Romero Jacob, ressaltando que “quem é muito óbvio,
como Garotinho e Crivella, tem uma rejeição muito alta exatamente pela
mistura da religião com política”. Ou, como define, “tem um piso alto,
mas um teto baixo”.
Em 2010, Marina tinha a agenda verde na mão,
mas agregou pouco ao PV. Os 20 milhões de votos não aumentaram a bancada
de deputados federais do PV. “Quando se vê Marina indo buscar
assinaturas em cultos evangélicos para viabilizar seu partido, isso
significa que aí ela se restringe”, comenta Romero Jacob.
Entre
22% e 40% se declara evangélica no estado de São Paulo, que tem ¼ do
eleitorado, o que dá a Marina robustez eleitoral, “insuficiente para
levá-la ao segundo turno, mas suficiente para construir um segundo
turno”.
Os mapas indicam, segundo Romero Jacob, que a votação da
Marina em 2010 foi menos dos verdes e dos eleitores insatisfeitos e mais
dos irmãos, sobretudo no Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
“Mesmo que a Marina não tenha feito campanha voltada para as igrejas, as
igrejas fizeram campanha para ela”.