O PANORAMA VISTO DA SERRA

domingo, 30 de junho de 2013

VALDOMIRO PINTO: LA MACHEZA MANCHEGA

 

Para uma seleção que venceu Itália, Uruguai, e porque não dizer Japão, ficava evidente que bater a Espanha não seria grande coisa. Até aí nenhuma novidade. Mas poucos sabem de dois detalhes de bastidores: 1) Dilma indignada com o vexame que a seleção brasileira submeteu la Roja no primeiro tempo, foi no interval do jogo, na surdina, dar uma preleção sobre coragem ao time espanhol. Nos vestiários espanhóis a presidenta discorreu sobre a importância de não se esconder quando as coisas estão difíceis; e 2) O BNDES emprestou 7,8 bilhões de reais para Eike Batista, que por sua vez apostou tudo no Tahiti como campeão das copas das Confederações (parece que seguindo a consultoria de um tal de Rob Jaramillo).

Doutor Valdomiro Pinto, Ph.D., é um jênio da PUC-RJ. É o fornecedor oficial de esteróides sabor rapadura para Hulk e de invisibilidade para Oscar.

ABRA O OLHO BRASIL!! AÍ ESTÁ O PATRÃO DO LULA E DA DILMÁ.

QUEM PAGARÁ A CONTA E DE QUE FORMA?

A conta poderá vir de várias formas: se o governo aceita a exigências dos manifestante e tenta amortecê-las agora com algum afago, isso poderá vir e certamente virá em mais impostos, mais escorchas ao povo brasileiro e pior, mais controle estatal, mais mudanças nas leis que regem essas relações entre estado e cidadão.
Se preferirmos o contrário seria não ceder a nada e ver o que poderá vir da desobediência civil e testar as forças armadas do País forçando-as a intervir e resolver da maneira certa e rasante isso que o poder civil não estaria conseguindo realmente solucionar.

                                                                                                                                                 j.a.mellow

  Do Augusto Nunes no Feira Livre

‘A conta vai para o povo’, um texto de Carlos Alberto Sardenberg

PUBLICADO NO GLOBO

CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Que tal um aumento de 15% na conta de luz a partir da semana que vem? Pois é o que os consumidores do Paraná deveriam pagar se o reajuste não tivesse sido cancelado pelo governador do estado, Beto Richa.
A rigor, ele não poderia fazer isso, mesmo sendo uma estatal estadual a principal distribuidora de energia, a Copel. A empresa é pública, tem ações negociadas na Bovespa e o reajuste foi determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, conforme a estrita regra do jogo.
Mas, sabe como é, 15% na conta de luz quando os manifestantes contra as tarifas de ônibus nem voltaram para casa? Conversa daqui e dali, todo mundo quebrou o galho.
A Aneel não poderia revogar a nova tarifa, mas topou suspender seu “efeito financeiro”, eufemismo para cobrança. A empresa, cujas ações despencaram quando saiu essa notícia, garantiu ao mercado que será ressarcida de algum modo, não sabendo quando, nem como.
Acontece que os custos da Copel efetivamente subiram ─ e não por culpa dela. A inflação fez uma parte do estrago, mas o custo maior veio da compra de energia mais cara.
Foi o seguinte: choveu pouco, os reservatórios das hidrelétricas ficaram em níveis muito baixos e o Operador Nacional do Sistema, órgão federal que administra o setor, mandou ligar as usinas térmicas, movidas a carvão, diesel e gás, cujo produto é mais caro.
Em resumo, por causa da seca, a energia elétrica ficou mais cara no Brasil ─ e isso logo depois de a presidente Dilma ter feito a maior propaganda com a redução que havia imposto nas contas de luz.
Deu a maior confusão, uma sucessão de prejuízos: as hidrelétricas não puderam gerar, mas tinham que entregar energia, por contrato; distribuidoras tiveram que pagar mais caro.
A conta deveria ir para os consumidores, mas a presidente não queria. Assim, inicialmente, arrumaram um arranjo financeiro, com prejuízos para geradoras e distribuidoras, mas uma hora a conta deveria ser passada aos consumidores finais, empresas e residências.
Era agora. Além da Copel, nada menos que 17 distribuidoras, divididas por 13 estados, têm reajustes agendados no calendário oficial da Aneel para julho e agosto. (A Light, só em 7 de novembro.)
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, estatal federal que planeja o setor, Mauricio Tolmasquim, disse que não há orientação do governo para suspender os aumentos tarifários. Ou seja, a Aneel continuaria a formalizar os reajustes.
Mas ninguém acredita que serão aplicados, ainda mais depois do precedente da Copel. Caímos assim em um caso clássico: tarifas congeladas por razões políticas, mas custos em alta por causa da inflação e de falhas do sistema. Se continuar assim, a consequência também é clássica: param os investimentos e o serviço piora.
Os governos ─ federal e estaduais ─ podem assumir parte da conta, deixando de recolher os impostos. O maior imposto na conta de luz é o ICMS, estadual. (Nada menos que 29% no Paraná, por exemplo.)
Acontece que os governos também estão sob pressão popular para, numa ponta, aumentar gasto em transporte, educação e saúde, e, na outra, reduzir impostos.
Muita gente acha que basta eliminar a corrupção e lucros excessivos das empresas para que todos os objetivos sejam alcançados. Infelizmente não é assim. Há corrupção, certamente, e deve haver gorduras em muitas tarifas de diversos setores, mas o problema maior é a falta de investimentos e de produtividade. Ou seja, é preciso colocar dinheiro novo em todo o setor de infraestrutura.
O governo federal e muitos estaduais decidiram-se pelas privatizações exatamente em busca de capital e eficiência. Mas é claro que o setor privado vai agora pensar muito antes de entrar em qualquer negócio, considerando a pressão popular e política contras as tarifas ─ a receita do setor.
Eis a difícil situação em que estamos nos metendo. As pessoas estão certas na sua bronca: pagam caro (nas tarifas e nos impostos) por serviços ruins. Não aconteceu por acaso, mas por anos de gestão pública ruim — com gastos elevados em custeio, pessoal e previdência e muito baixos em investimentos, sem abertura de espaço para o investimento privado.
Acrescente a inflação que o governo federal deixou escapar e, para o problema ficar completo, só falta o festival de gastos que o Congresso está preparando. Derrubar tarifas é politicamente inevitável. Mas do jeito que está sendo feito, vai levar a mais déficit público, juros maiores, mais inflação e menos crescimento. Ou seja, a conta vai de novo para o povo

POR QUE APOLOGIA AO ABORTO, A VIADAGEM E A MACONHA É NOTICIA E A JESUS NÃO?

Uma prova cabal, indiscutível, do controle da esquerda sobre a informação é o fato de que 800 mil evangélicos fizeram uma gigantesca manifestação pacífica em nome de Jesus e valores cristãos e isso não é notícia. No Brasil notícia é quando um bando de mocréias vagabundas mostram as peitolas caídas no meio da rua, ou quando a militância gay atenta ao pudor em marchas carnavalescas e é aplaudida por autoridades corruptas, ou quando meia dúzia de drogados da zona sul carioca fazem a apologia da maconha. Mas lenta e consistentemente a agenda esquerdista e a manipulação da informação pelos militantes petistas e quejandos infiltrados nas redações dos jornais vai acabar diante do peso das multidões e da verdade dos fatos.

FOLHA DE SÃO PAULO INICIA SUA CAMPANHA PARA A ELEIÇÃO DE LULA

 Alguém ainda escreverá sobre o papel determinante da Folha de São Paulo no estabelecimento do socialismo no Brasil. Esse pasquim, jornal oficial do PT, tem se esforçado há décadas em tornar o país um lugar ainda mais insuportável para se viver do que já é. Lança a campanha para a eleição de Lula, mas no seu feitio típico, mentindo, distorcendo a realidade, inventando notícia, a luz verde é dada como se fosse resultado de uma “pesquisa”: Depois de três semanas de manifestações de rua em todo o país, a presidente Dilma Rousseff é a pré-candidata que mais perdeu apoio na corrida pelo Planalto. Sua taxa de intenção de votos cai até 21 pontos percentuais. Embora ainda lidere a disputa de 2014, a queda indica que hoje ela teria de enfrentar um segundo turno. Para piorar a situação da presidente, seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, se mostrou bem mais resiliente à insatisfação geral dos eleitores com os políticos. Além de ter perdido só dez pontos percentuais, o petista ainda ganharia no primeiro turno a eleição hoje em um dos cenários apresentados.

MANIFESTANTES INVADEM PRÉDIO DA CBF NA BARRA DA TIJUCA

de Veja Online
Grupo que se identifica como Frente Nacional dos Torcedores ocupou construção em reforma para exigir a  saída do presidente José Maria Marin

Rio de Janeiro

Pâmela Oliveira e Cecília Ritto, do Rio de Janeiro
Protesto na sede da CBF, no Rio de Janeiro
Protesto na sede da CBF, no Rio de Janeiro - Pâmela Oliveira
Com a concentração de policiais, seguranças e agentes de outras forças ao redor do Maracanã, um grupo de manifestantes invadiu, às 10h20 deste domingo, um prédio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca. A construção passa por uma obra e está com acessos bloqueados por tapumes. Cerca de 40 manifestantes estão no local, alguns com camisas de futebol, outros com faixas de protesto. O principal alvo é o presidente da entidade, José Maria Marin. Há também faixas de protesto contra a Fifa.
A maior parte dos manifestantes é ligada ao grupo que se declara a Frente Nacional dos Torcedores. Há também representantes de sindicatos de servidores da saúde pública. Como não há letreiros e identificação da CBF, o primeiro grupo a entrar invadiu o prédio errado, ao lado da unidade da CBF. O grupo conseguiu acesso a partir de um muro baixo, na lateral da construção.
Policiais do 31º BPM (Recreio dos Bandeiraites) chegaram às 10h40 ao local. Pouco depois, às 11h, o grupo decidiu sair do prédio, alertado por um dos policiais sobre o risco de detenção por estarem invadindo uma propriedade privada. O protesto passou a ser, então, na rua em frente à CBF.
 

Um dos manifestantes afirmou ao site de VEJA que há integrantes de Porto Alegre, São Paulo e Rio, com representantes de todas as principais torcidas. Alguns dos jovens que entraram no prédio têm o rosto encoberto por faixas e camisas. O grupo informou que seguirá para o protesto programado para as 15h, na Tijuca, na região do Maracanã.
Maracanã - Começou tímida, por volta das 10h, a concentração para o primeiro protesto programado para a região do Maracanã. Algumas centenas de pessoasse reuniram na Praça Saens Peña, na Tijuca, para passar pelo estádio e fazer a leitura de uma carte em frente a um dos acessos. No sábado, foram feitos contatos entre manfestantes e a Polícia Militar para tentar garantir que o protesto seja pacífico.
Na Tijuca, a maior parte das faixas e cartazes é contra a prefeitura do Rio. Alguns usam camisas com a inscrição "nada deve parecer impossível de mudar", uma referência à campanha do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) para a prefeitura, em 2012. Bombeiros e representantes de moradores de locais onde houve remoções para construção de linhas de BRT.

MARINA A EVANGÉLICA, por Merval Pereira

Quando a coisa aperta logo aparece a Marina em segundo lugar como a representante em parte por falta de rejeição, é claro, e outra por parecer representar a não corrupção esta talvez pela falta de oportunidade que ainda não tiveram seus apoiadores e outra muito pior do que isso o que representa os interesses estratégicos externos ao Brasil na questão ambiental.
O povo age sempre bovinamente aos sabores que podem ser mais e menos sofisticados, apenas por efeitos comparativos que é o pior de todas as escolhas quando falamos especialmente de Brasil.
O fato que vem corroborar com isso é o fato do Sebento Falastrão ainda puxar o primeiro lugar da lista em qualquer pesquisa.
Com um povo destes, onde iremos?
                                                                                                                                                  j.a.mellow

Enviado por Ricardo Noblat
Merval Pereira, O Globo
Pela pesquisa, a presidente teria hoje 40% dos votos; a ex-senadora Marina Silva, 22%; o senador Aécio Neves, 20%; e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, 5%.
Mais uma vez, Marina surge como a grande beneficiária dos movimentos de contestação que ocorrem pelo país, pois, embora tenha sido senadora por 16 anos e fundadora do PT, ela não é percebida pela população como uma política profissional.
Mas Marina tem também um lado evangélico que, segundo estudos recentes, foi decisivo na sua votação na campanha de 2010.
O professor Cesar Romero Jacob, diretor do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, lançou recentemente o e-book “Religião e Território no Brasil: 1991/2010”, da Editora da PUC, trabalho que, ao analisar as transformações no perfil religioso da população brasileira, com o crescimento do número de evangélicos, pode ser útil para o entendimento do cenário eleitoral do ano que vem, considerando a participação crescente de pastores pentecostais na política.
Segundo Romero Jacob, o pluralismo religioso se consolidou no país, com a Igreja Católica perdendo 24 pontos percentuais. O número de católicos cai de 89% da população para 65% em 30 anos.
No mesmo período, os fiéis do conjunto de Igrejas Pentecostais passam de 3% da população, em 80, para 13% em 2010. “O Brasil deixou de ser um país de hegemonia católica para ser um país de maioria católica”.
Segundo o estudo, no Nordeste, em Minas Gerais e no Sul do Brasil, o percentual de católicos se mantém muito elevado, mas nas áreas de imigração para a fronteira agrícola e mineral do Centro-Oeste e Norte e na periferia das regiões metropolitanas os pentecostais crescem. “De um modo geral, diz Romero Jacob, nas áreas de expansão recente e, sobretudo, num certo caos social, o pentecostalismo se implantou”.
Essa seria a razão da participação de Marina Silva em cultos evangélicos para a coleta de assinaturas em apoio à criação do seu partido, a REDE, como seus militantes fizeram ontem na Marcha para Jesus, em São Paulo.
Apesar de o livro se ater à questão religiosa, os mapas permitem algumas ilações políticas, uma vez que os pastores têm demonstrado certo controle sobre o eleitorado evangélico pentecostal.
Na política, na época da eleição de 2010, na análise de Romero Jacob, Marina conseguiu atrair os insatisfeitos com a campanha do Serra, os petistas insatisfeitos com os rumos do governo do PT, os evangélicos e até os verdes, que não têm uma expressão tão grande assim do ponto de vista eleitoral.
Mas o que parece agora, com dados novos, diz o professor da PUC, quando se analisa o mapa dos pentecostais e não determinados com o mapa da votação da Marina, “mesmo que não sejam exatamente iguais, têm pontos de contato muito nítidos”.
Embora Marina tenha construído uma carreira em torno da questão ambiental, isso não significa dizer que os evangélicos não a tenham apoiado fortemente.
“É claro que a Marina não é uma evangélica óbvia, ela tem uma sofisticação na fala, no sentido de não estar diretamente ligada à questão religiosa”, analisa Romero Jacob, ressaltando que “quem é muito óbvio, como Garotinho e Crivella, tem uma rejeição muito alta exatamente pela mistura da religião com política”. Ou, como define, “tem um piso alto, mas um teto baixo”.
Em 2010, Marina tinha a agenda verde na mão, mas agregou pouco ao PV. Os 20 milhões de votos não aumentaram a bancada de deputados federais do PV. “Quando se vê Marina indo buscar assinaturas em cultos evangélicos para viabilizar seu partido, isso significa que aí ela se restringe”, comenta Romero Jacob.
Entre 22% e 40% se declara evangélica no estado de São Paulo, que tem ¼ do eleitorado, o que dá a Marina robustez eleitoral, “insuficiente para levá-la ao segundo turno, mas suficiente para construir um segundo turno”.
Os mapas indicam, segundo Romero Jacob, que a votação da Marina em 2010 foi menos dos verdes e dos eleitores insatisfeitos e mais dos irmãos, sobretudo no Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. “Mesmo que a Marina não tenha feito campanha voltada para as igrejas, as igrejas fizeram campanha para ela”.

O SENHOR DAS ARMAS CONTRA DILMA?

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
 

“O Senhor das Armas”. Eis o novo título distintivo a que faz jus o mascate transnacional Luiz Inácio Lula da Silva. O cabra especializado em “vender o Brazil” ampliou sua atuação na África. Até semana passada, o foco de negócio dele, por lá, era compra e venda de diamantes, além de promover outros produtos de exportação brasileiros. Agora, enviado ao mundo africano pela Taurus, Lula cuida da venda de armas. Senta o dedo, $talinácio!

A atividade de Lula parece ironia com o grave momento político vivido pela petralhada apavorada e desarvorada com os protestos vindos das ruas. Lula tem duas grandes bombas para desarmar. A primeira é a candidatura à reeleição de sua criatura Dilma Rousseff da Silva. A segunda é a irremediável substituição da equipe econômica – que deve ocorrer imediatamente. Henrique Meirelles já foi posto no aquecimento para substituir Guido Mantega.



A aprovação da Presidenta já caiu do confortável índice 57% para o preocupante patamar de 30% - segundo pesquisa DataFolha. O Palhaço do Planalto já projeta sua a aprovação pode cair rapidamente para 26,5%. O negócio ficou tão feio que Dilma nem se arriscará a comparecer ao Maracanã para ver a final da Copa das Confederações entre Brasil e Espanha. Medinho de vaia é uma caca!

Pior ainda que a queda de 27 pontos na popularidade foi a disparada dos que consideram a gestão da petista ruim ou péssima. Antes das passeatas, apenas 9% a rejeitavam. Agora, 25% desqualificam Dilma como gestora. Dilma também levou pau no quesito nota média de sua administração. Antes, passava fácil de ano com 7,1%. Agora, já fica na faixa escolar de reprovação, com 5,8%.

Ainda bem que Dilma poderá se consolar com ursão gigante, bem gordão, com 2 metros de altura, que ganhou recentemente de empresários paulistas. Da sociedade brasileira nas ruas – e agora também nas pesquisas de opinião – Dilma está ganhando um “despresente”: um verdadeiro abraço de urso como reprovação.

Um leitor anônimo até lembrou ontem de um caso histórico. Um ursinho foi a primeira opção das tropas gregas para presentear os troianos no fim da famosa guerra. O General Agamenon, aconselhado por Aquiles, resolveu trocá-lo por um cavalo. No caso brasileiro, o bicho mais perfeito seria um burro. Ou, quem sabe, uma anta - para uma rima imperfeita com o neologismo Presidenta...


Inflação + Passeata = Fracasso! Que a casa caiu ninguém mais duvida. O problema é que o PT venderá muito caro qualquer queda. Os petralhas ainda não estão desabrigados politicamente. Têm a máquina do poder para usar e abusar – até o povo gritar mais alto e botar o Governo do Crime Organizado para fora...

Nesta segunda-feira, a previsão é de tempo fechado, com a tal grave geral... E se o Brasil perder para a Espanha o movimento de luto ganha ainda mais motivação... O Palhaço do Planalto vai sair do sério...

Mas o Senhor das Armas continuará na dele, vendendo o Brazil... E o resto, por aqui, que se exploda...


Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

'AMANHÃ VAI SER O MESMO DIA', por Carlos Brickmann

Do Blog do Augusto Nunes

PUBLICADO NA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN


CARLOS BRICKMANN
Na primeira metade do século 19, a Inglaterra, maior potência militar da época, exigiu que o Brasil elaborasse leis que impedissem o tráfico de escravos. O Brasil fez todas as leis que os ingleses pediram e continuou a traficar escravos. As leis, sabiam todos, não eram para valer. Eram apenas para inglês ver. A expressão ficou até hoje em nossa língua, como sinônimo de enganação.
Transparência? O jornal O Globo , com base na Lei de Acesso à Informação, pediu o extrato dos gastos da servidora federal Rosemary Noronha, que se dizia amiga de Lula, denunciada pelo Ministério Público por tráfico de influência, corrupção passiva e falsidade ideológica. O Governo se negou a dar a informação. Motivo: poderia colocar em risco “a segurança do presidente e do vice-presidente da República e respectivos cônjuges e filhos”. Então, tá.
Menos gastos? Cada vez que vai à TV, Dilma faz penteado e maquiagem, o que é normal. Mas penteado e maquiagem custam R$ 3.125 ─ número oficial. No salão de Celso Kamura, o cabeleireiro de Dilma, penteado e maquiagem saem por R$ 680. Nas primeiras vezes em que Dilma foi à TV, o custo foi de R$ 400.
Planejamento? Histórias para inglês ver não são exclusivas do Governo Federal, nem do PT. Em Goiás, governado pelo tucano Marconi Perillo, o mesmo cartaz, da mesma obra, sofreu pequena modificação: onde se lia que o custo seria de R$ 54 milhões, surgiu outro número, R$ 111 milhões. Segundo o Governo goiano, foi erro da empresa que fez a placa e colocou o custo de um só trecho. Pois é.
Cortar custos, só dos outros
O Congresso aprovou em alta velocidade projetos que, embora estivessem há anos nas gavetas, nem tinham sido discutidos. Mas a Proposta de Emenda Constitucional que reduz o número de deputado de 513 para 380 (PEC 170), que provocaria uma economia de quase R$ 13,5 milhões por mês, apresentada em 1999, esta ficou no caminho. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara deu esta semana, após 14 anos, seu parecer contrário. 
Mexer no deles, nem pensar.
Crime e castigo
Só Câmara? Não seja injusto. O Senado transformou delitos de servidores públicos em crimes hediondos, com aumento de pena. Ótimo ─ desde que alguém identifique e julgue os hediondos criminosos. O pessoal do Mensalão, acusado desse tipo de crime, levou sete anos para ser julgado. E a pena não foi aplicada.
O tempo passa
Pode ser para inglês ver, mas o brasileiro ainda vai demorar a ver o endurecimento das penas. O projeto tem ainda de ser aprovado pela Câmara e sancionado pela presidente. O parecer favorável à aprovação já tinha um ano de gaveta.

sábado, 29 de junho de 2013

A REVOLUÇÃO PERFEITA


Isso não é um súbito “despertar de cidadania”, é apenas, a exposição pública de um grau de alienação grotesco das massas.

Um dos livros mais interessantes para se ler nesses dias marcados por “manifestações” é “O homem revoltado” de Albert Camus, no qual o autor apresenta a fenomenologia do “espírito da revolta” mostrando que todos os grandes atos de revolta ao longo da história, podem ser encarados como uma revolta metafísica, uma rebelião contra Deus e uma negação da realidade. “Se Deus não existe, tudo é permitido”, diria Dostoievsky.
No fundo, igualitarismo, socialismo, marxismo e todas essas ideologias modernas são apenas uma elaboração intelectual “elegante” para expressar os sentimentos mais primitivos de revolta e de negação.
Mais de 40 anos de revolução cultural gramsciana em curso no Brasil, com a doutrinação maciça, em especial, da juventude nos colégios e universidades, entronizaram o vírus da revolta como algo bom e como a expressão máxima da democracia.
Acostumados a ver o PT, MST, ONGs e “movimentos sociais” tomando as ruas e trazendo o caos com a desculpa de lutar por “um mundo melhor” e “democrático”, nada mais natural para milhares e milhares de pessoas, que expressarem seu descontentamento com o status quo, reproduzindo o mesmo modus operandi absorvido.
Qual foi mesmo o partido que destruiu adversários, adestrou uma enorme militância e ganhou apoio popular liderando a "luta contra corrupção" e pela "ética na política"? Pois é.
Querer “fazer algo" só por fazer, expondo reclamações difusas e aleatórias, mostra apenas um sentimento imaturo de frustração e revolta.
Isso não é um súbito “despertar de cidadania”, é apenas, a exposição pública de um grau de alienação grotesco das massas. Milhares de pessoas na rua, gritando contra "tudo isso que está aí", sem perceber que, ao provocarem uma situação artificial de convulsão social, precipitam mudanças, as quais, no fim, favorecem quem está no poder, ampliando exatamente “tudo isso que está aí”.
Embora haja muitos manifestantes - talvez a grande maioria - que tenham até boas intenções, eles servem de massa de manobra para quem verdadeiramente encontra-se posicionado para impor sua agenda à sociedade.
As manifestações são a constatação empírica de que a cosmovisão esquerdista alcançou o ideal do lendário Sun Tsu - o estrategista militar chinês - em seu clássico livro “A Arte da Guerra”: “lutar e vencer todas as batalhas não é a glória suprema. A glória suprema consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar. É preferível capturar o exército adversário a destruí-lo. (…) Dominar o inimigo sem combater, isso sim é o cúmulo da habilidade”.
Quando se comenta da falta de representatividade dos partidos políticos, pouco é mencionado sobre o vácuo resultante da inexistência de partidos com uma orientação conservadora, próxima ao sentimento médio da maioria da população brasileira.
A maré pode virar? Pode, mas para isso acontecer, teriam que existir lideranças capazes de conduzir esse descontentamento para fora deste zeitgeist vermelho dominante, da luta por mais “direitos”, passe livre, por mais saúde e educação e, como consequência, mais impostos e mais Estado provedor e interventor. Tais lideranças, porém, ainda não se avistam no horizonte.
Por enquanto, o que temos é o tom profético das palavras do saudoso Roberto Campos: "A burrice, no Brasil, tem um passado glorioso e um futuro promissor".
Essa é a revolução gramsciana perfeita.


Rodrigo Sias
é economista do Instituto de Economia da UFRJ.

ANÁLISE DA ATUAL SITUAÇÃO POLÍTICA BRASILEIRA por Olavo de Carvalho


INDICES DE ALGUMA COISA?

Em tempos de novas pesquisas não sei nem com que objetivos, mas nos fazem tirar conclusões:
73% dos entrevistados disseram que deveria ser convocada uma constituinte para promulgar a reforma politica. O que esses aí ouvidos na pesquisa com um alto percentual sabem de alguma coisa para fazerem essa escolha?
Olha o plebiscito aí, gente...! serão os mesmos que responderão ao plebiscito ou referendarão alguma coisa!
Mas não termina aí: o índice de aprovação da Presidente nos faz pensar somente uma coisa: Nem os 75% sabiam de nada para lhes darem esse alto índice de aprovação no início que depois veio caindo para 57% como também não sabem para agora lhe tirarem 27% só nas últimas semanas dos movimentos de rua.
Tirar isso logo de quem nunca teve? Como pode?
Tem mais por aí, pra vir! Pode esperar e ficar de olho nessa Petralhada!
                                                                                                                                                j.a.mellow

UMA CAMISETA DAS FARC NA GUERRA DE RUA EM FORTALEZA

Mandam-me esta foto. Vejam ali a camiseta do fortão que, com o rosto coberto, usa um estilingue para atingir policiais no Ceará.

O símbolo que traz no peito é o das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Sim, há pessoas no Brasil — e não me estranha que ele esteja no protesto — que envergam camisas de narcoterroristas.
Moleques hoje, que eu saiba, não brincam mais de estilingue, coisas do meu tempo, do meu interior. Sei que não era muito bonito, mas o fato é que a gente matava passarinho. Hoje, quando eles começam a cantar antes das 5 da matina, penso em estilingues, confesso… Deus me livre! Hoje em dia, iria todo mundo para a Fundação Casa, acho. E teriam menos pena da gente do que dessas “vítimas da sociedade” que põem fogo em gente… É que passarinho não aquece o planeta. Um estilingue pode provocar um ferimento muito grave com pedra ou bola de gude — que, pra mim, continua a ser “fubeca”. Sim, a depender do caso, pode ser uma arma letal.
Nada de errado, não é?, em usar a camiseta das Farc por aqui! Afinal, o governo petista não considera terroristas aqueles valentes. Lembro-me até de que Lula chegou a dar uns conselhos aos companheiros: deveriam fazer como o PT e disputar eleições. Como esquecer que Dilma Rousseff, quando chefe da Casa Civil, requisitou para trabalhar em Brasília, no Ministério da Pesca, a mulher do terrorista conhecido como Padre Medina, que está refugiado em Banânia? Numa democracia convencional, dar-se-ia um jeito de achar esse rapaz para que ele se explicasse… Mas quê! Se Dilma não teve de se explicar, por que ele teria?
Por Reinaldo Azevedo

QUEM PAGA OS AGITADORES QUE ESPALHAM O TERROR POR TODO O BRASIL?

O jornalista, escritor e professor de filosofia, Olavo de Carvalho, foi diretamente ao ponto sobre o que na verdade subjaz aos protestos que explodiram no Brasil e que continuam intrigando os cidadãos brasileiros que não costumam comer cru, ou seja, não aceitam meias verdades.

Portanto, todos aqueles estimados leitores que como este escriba não acreditam no que vem sendo dito como verdade por boa parte da grande mídia brasileira a respeito do inaudito e até agora inexplicável surto de violência em vários pontos do país, devem ler o artigo de Olavo de Carvalho que transcrevo como segue e que tem por título original "Quem paga". Leiam:
                                                                                       aluizio amorim

De uns tempos para cá, as expressões “extrema direita” e “ultradireita” passaram a ser usadas para carimbar, com o estigma do nazifascismo, qualquer cidadão ou grupo que se oponha ao abortismo, ao casamento gay ou à proibição de opiniões religiosas na vida pública.

Opiniões majoritárias, consagradas pelo uso universal e incorporadas de há muito na prática democrática das nações civilizadas, são assim, repentinamente, movidas para as trevas exteriores, para zona do anormal, do inaceitável e do proibido. A elite iluminada se autoconstitui em medida-padrão do normal e do certo, e, como o dr. Simão Bacamarte no Alienista de Machado de Assis, condena o povo inteiro como louco, fanático e extremista.
Essa deformação semântica monstruosa, violência simbólica em estado puro, aparece com notável uniformidade tanto no discurso da esquerda em geral quanto na "grande mídia" da qual essa mesma esquerda, com a hipocrisia de quem sabe que domina os cargos de chefia em quase todas as redações do país, se finge de inimiga e vítima indefesa.

O objetivo da operação é, de imediato, mergulhar a população cristã na "espiral do silêncio", destituí-la dos meios verbais de autodefesa e, portanto, debilitar sua identidade ao ponto de dissolvê-la por completo. Já é, portanto, um genocídio cultural indisfarçado, cínico, criminoso no mais alto grau, que prepara a oficialização do anticristianismo militante como prática nacional obrigatória e a realização do sonho de Lênin: "Varrer o cristianismo da face da Terra".

Que uma política inspirada na religião cristã possa ter algum parentesco mesmo longínquo com o nazismo ou com o fascismo é uma crença indefensável sob todos os aspectos, quando mais não fosse pela obviedade de que foi precisamente a derrota do nazifascismo que trouxe ao poder, pela primeira vez na história europeia, partidos declaradamente cristãos, a Democracia Cristã na Alemanha e na Itália. Mutatis mutandis, foram os conservadores católicos e protestantes que, em toda a Europa, pregaram a resistência a Hitler quando os comunistas e esquerdistas em geral preferiam a acomodação, então favorável aos interesses de Moscou, que partilhava com os nazistas o cadáver da Polônia.

Aliderança comunista explora despudoradamente a ignorância histórica de seus militantes quando os induz a crer que são "de extrema direita" precisamente aquelas opiniões majoritárias que trouxeram a paz, o equilíbrio e a normalidade democrática ao mundo após o pesadelo da Segunda  Guerra Mundial, enquanto, nas zonas ocupadas pelo comunismo, as instituições repressivas criadas pelo nazismo eram simplesmente modernizadas e adaptadas às necessidades de uma ditadura mais astuta e mais eficiente.

Hoje sabe-se, para além de qualquer dúvida razoável, que o nazismo jamais teria crescido às proporções de uma ameaça mundial se não fosse pela ajuda soviética, passada por baixo do pano por anos a fio e camuflada sob um antinazismo de fachada.

Quando os comunistas tentam associar a imagem de seus inimigos conservadores à lembrança do nazifascismo, não fazem senão repetir o procedimento-padrão, estabelecido desde os tempos de Lênin, que consiste em cometer o crime e apagar as pistas rapidamente, lançando as culpas sobre o primeiro bode expiatório disponível antes que alguém sequer suspeite da verdadeira autoria.

Nunca houve nem nunca haverá um comunista bem intencionado, pela simples razão de que o comunismo nega, na base, todo princípio moral e o substitui por uma nova "ética" em que não há outro Bem Supremo acima dos interesses da Revolução, nem outra obrigação moral superior à de fazer crescer, por todos os meios, o poder do Partido.

Todo comunista, sem exceção, é um canalha e um manipulador, pronto a elevar-se ao estatuto de assassino e genocida tão logo, inchado de orgulho, seja convocado a isso pelo clero revolucionário. Ninguém jamais se tornou comunista por amor aos pobres, por idealismo humanitário ou por qualquer outro motivo elevado. Todos entraram nisso movidos pelo desejo de enobrecer-se e beatificar-se pela prática do mal transfigurada em virtude partidária.

O comunismo não explora os sentimentos mais altos, e sim o mais baixo de todos, que é o desejo de inverter o senso moral para que cada um se sinta tanto mais santo quanto mais se emporcalhe na mendacidade e no crime.

Novo e oportuno exemplo dessa inversão vem agora do sr. Tarso Genro, que atribui a "grupos pagos de extrema direita" as depredações ocorridas em várias cidades do Brasil. Esse grotesco arremedo de intelectual e escritor sabe perfeitamente bem que os atos de violência ocorreram sobretudo nos primeiros dias, quando havia praticamente só radicais de esquerda nas ruas – estes sim, pagos pelo sr. George Soros e pelo Foro de São Paulo --, muito antes de que qualquer cristão, conservador ou patriota fosse "melar", como disseram os esquerdistas, o tão bem planejadinho tumulto destinado a forçar um “upgrade” do processo revolucionário comunista.

É  o bom e velho mote "acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é", que os comunistas seguem à risca desde há um século. Como sempre, essa inversão prepara aquilo que eles mais gostam de fazer: perseguir os inocentes, enviá-los à cadeia, matá-los e depois ainda culpá-los.

Homens que se entregam a esse exercício não merecem que nenhum cidadão honesto lhes dirija a palavra, e por isso mesmo não é com eles que estou falando. Estou falando ao que ainda resta de consciência moral entre empresários, juízes, promotores de Justiça, advogados, políticos e militares. E o que tenho a lhes dizer é simples e direto: Auditoria no Foro de São Paulo já! Veremos quem são os arruaceiros pagos. Do site do jornal Diário do Comércio 

CONVOCAÇÃO

Convocamos a Sra. Presidente Dilma Rousseff que deu o pontapé inicial na abertura da Copa das Confederações no Estádio Mané Garrincha para amanhã recolher a bola no estádio do Maracanã na partida final.

ENTREVISTA COM O DEP. FED. ALCEU MOREIRA DO PMDB

Gravem bem este nome, do deputado da base aliada desse desgoverno que descarrilha tudo aquilo que já estamos carecas de saber numa entrevista ao Canal Rural!

http://www.youtube.com/watch?v=1_MovSs4UfQ

PLEBISCITO EM MARTE

A presidente disse que os anseios das ruas eram os mesmos do seu governo. É preciso coragem para soltar um disparate desses sem gaguejar

ARTIGO - GUILHERME FIÚZA
Os parasitas da nação estão em festa. Os efeitos dos protestos de rua estão tomando o melhor caminho possível (para eles): constituinte, plebiscito, pré-sal... Os parasitas estão gargalhando em seus gabinetes. Sempre souberam que embromariam a multidão, mas não esperavam que fosse assim tão fácil.Ao fim da primeira semana de manifestações, Dilma foi à TV. Nas ruas, os protestos contra o aumento das passagens de ônibus mostravam o óbvio: a volta da inflação enfim tirara os brasileiros de casa. O transporte era só o item mais visível da escalada de preços em todos os setores. A vida ficou mais apertada – e a paciência acabou. Como todos sabem (ou deveriam saber), o governo popular abandonou a meta de inflação para irrigar sua formidável máquina de duas dezenas de ministérios. Mas na TV, Dilma parecia uma porta-voz dos revoltosos.
A presidente disse que os anseios das ruas eram os mesmos do seu governo. É preciso coragem para soltar um disparate desses sem gaguejar. O tal governo que anseia por mudanças governa o país há dez anos. E Dilma não deu uma palavra sobre gastos públicos – ou, em português, sobre a orgia orçamentária que seu partido preside no Estado brasileiro. Pregou a melhoria dos serviços públicos (supostamente os do Brasil), no momento em que seu governo bate mais um recorde de despesas – como sempre reduzindo os investimentos e aumentando o custeio (a verba dos companheiros). É preciso muita desinibição.
O projeto parasitário é desinibido porque a opinião pública é trouxa. E o pronunciamento da presidente foi engolido pelos brasileiros, incapazes de relacionar a inflação e a queda dos serviços com a administração perdulária e inepta da grande gestora.
Se o movimento que encanta o país fosse minimamente lúcido, cercaria o Palácio do Planalto depois desse pronunciamento. Poderia anunciar, pacificamente, que só sairia de lá com a extinção de pelo menos cinco ministérios inúteis, mantidos para alimentar correligionários. Ou com o compromisso da presidente de voltar a respeitar a meta de inflação. Ou denunciando o escândalo da “contabilidade criativa”, pelo qual o governo do PT passou a fraudar seu próprio balanço – seguindo a escola Kirchner-Chávez –, escondendo dívidas para poder gastar mais com cargos e propaganda.
Será que os heróis das ruas não percebem que é isso o que mais infla o custo de vida (e as passagens de ônibus)?
Não, não percebem. Uma líder do movimento declarou ao “Jornal Nacional” que a próxima prioridade era a reforma agrária... Aí os parasitas estouraram o champanhe. Era a senha para mandarem Dilma tirar da cartola uma constituinte: reforma política! (mesmo balão de ensaio usado por Lula quando estourou o mensalão). E o truque colou. Tiraram a constituinte de cena, mas deixaram o Brasil entretido no debate lunático sobre um plebiscito do crioulo doido. De brinde, Dilma prometeu transformar a “corrupção dolosa” em crime hediondo. Eles venceram de novo.
Enquanto gritam por cidadania, educação, dinheiro do pré-sal e felicidade geral, os revoltosos urbanos estão absolvendo Rosemary Noronha – a protegida de Lula e Dilma na invasão fisiológica das agências reguladoras (responsáveis pelos serviços que a presidente promete melhorar...). Estão absolvendo as quadrilhas que dominaram o PAC – reveladas pela CPI do Cachoeira, que Dilma abafou e nenhum manifestante reclamou. Estão chancelando todos os denunciados na época da faxina imaginária que continuam dando as cartas no governo, como o ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel. Os revoltosos estão sancionando a sucção e cantando o Hino Nacional.
Fica então uma sugestão de pergunta para o plebiscito: o Brasil prefere ser roubado por corrupção dolosa ou indolor?
Guilherme Fiuza é jornalista

O BRASIL FINALMENTE MOSTRA SUA CARA: A MARCHA PARA JESÚS

 

A ditadura das minorias, que controla as informações, define os debates, amaldiçoa os adversários, mente descaradamente, aparelha o Estado e rouba dinheiro do contribuinte para avançar sua agenda vai acabar. O povo brasileiro finalmente percebeu que precisa se expressar. Os evangélicos perceberam que se não se manifestarem serão exterminados pelos socialistas ateus e boiolas: Marcha para Jesus em São Paulo tem críticas contra Lula e o ativismo gay.

OLHA A COISA AÍ, GENTE...!? VEREADORES DO PT E PSOL PAGAM FIANÇA EM DELEGACIA DE FORTALEZA PARA LIBERTAR AGITADORES PRESOS EM PROTESTO

Vereador Ronivaldo Maia (PT) de Fortaleza, acima, chega a delegacia para pagar a fiança que libertou os agitadores presos nos protestos na capital cearense, enquanto o vereador João Alberto, do PSOL, conversa com os vândalos. Abaixo o carro da TV Jangadeiro teve os vidros destruídos a pauladas pelos agitadores. (Fotos de Tobias Saldanha)
Aos poucos as manifestações de protesto vão revelando alguns episódios que podem esclarecer de onde parte o vandalismo, com depredações do patrimônio público e privado. O jornalista Roberto Moreira, do Diário do Nordeste de Fortaleza, informa em seu blog, que o conhecido vereador Ronivaldo Maia, do PT da capital cearense, confirmou que fez o pagamento de quatro fianças para liberar manifestantes presos pela polícia por vandalismo durante ato de protesto na Avenida Dedé Brasil, em Fortaleza ocorrido antes e durante o jogo Espanha x Itália.

Acompanhava o vereador Ronivaldo Maia (PT) no 16º Distrito Policial, no Dias Macedo, onde estavam detidos os vândalos, o vereador João Alfredo (PSOL). 
Segundo informa o jornalista Roberto Moreira em seu blog, o vereador petista Ronivaldo Maia disse que o pagamento da fiança que libertou os agitadores, foi em solidariedade aos manifestantes. O parlamentar afirmou que foi acertado que haveria uma cota entre alguns vereadores para reembolsar o que fora pago por ele.

Os vereadores Ronivaldo Maia e João Alfredo tiveram destaque na mídia recentemente por terem defendido no plenário da Câmara Municipal a “marcha da maconha”.

O fotógrafo Tobias Saldanha, autor das fotos, liberou para o blog a foto do carro da TV Jangadeiro, que foi atacado pelos vândalos enquanto fazia a cobertura do protesto.

O ataque a viaturas e equipamentos de empresas jornalísticas e televisivas tornaram-se constantes nessas manifestações que vêm ocorrendo em todo o Brasil, fato que denota o ódio dos baderneiros em relação à imprensa.

TUDO SERÁ COMO ANTES

 Em época de tanta democracia por que pouco se fala de uma coisa fácil, muito mais simples de se resolver que seria abolir de uma vez o voto obrigatório?
Isto por si só já valeria por uma reforma política, o resto seriam apenas adereços!
Mas a verdade é que todos neste País de merda querem fazer é tudo, tudo ficar como antes no Quartel de Abrantes!

DEPUTADO DANADÃO MELA BODAS DE PRATA DA CÂMARA COM A IMPUNIDADE

A coluna de hoje é dedicada a você, que está vendo a sua pobreza atingir um padrão Fifa com o dólar ultrapassando os R$2,20. Se é crise, ninguém sabe, ninguém viu. Mas a gente bem que podia propor um plebiscito para o governo atualizar o nome da cesta básica para:
- Cesta premium prime personnalité;
- Cesta "Assim Você me Mata";
- Cestão de palhaçada com a minha a cara, só pode!
Mas a coisa não está ruim só pro nosso lado, não. Com o aumento súbito do número de passageiros provocado pela revogação do aumento das tarifas, o Disputado Natan Danadão não conseguiu entrar em nenhum coletivo superlotado e acabou capturado pela Polícia Federal no ponto de ônibus! Não foram feitas imagens do momento, porque foto em ponto de ônibus?! Hellooow!!!
O fato é que a captura de Natan melou geral a festa de Bodas de Prata que a Câmara estava preparando para comemorar seu casamento de 25 anos com a impunidade. Desde a Constituição de 1988, nunca, nunquinha de jamais de nem rezando, um Deputado condenado havia sido preso.

David Ribeiro - 16.mar.2011/Divulgação/Agência Câmara
O deputado Natan Donadon
Donadon com uma hashtag de #xatyado no olhar
Inclusive, o momento é tão histórico que nós interrompemos essa coluna para celebrar toda a "vibe" de democracia participativa que toma o Brasil e pedir a sua opinião mais uma vez!
Agora, o maior temor da classe política é que a moda de efetuar prisões em lugares nada a ver pegue de vez. Depois de assistirem Claudia Raia ser algemada numa taça em "Salve Jorge" e Natan ser pego num ponto de ônibus ZERO de glamour, deputados têm evitado reservados de banheiro, cabines de bronzeamento artificial e outros lugares que possam ficar megauó na foto.
Enquanto não encontram um chirrin chirrion para afastar a população estraga-prazeres, o jeito tem sido fazer a Félix --trabalhar sorrindo pela frente e amaldiçoar pelas costas, mas sempre em ambientes refrigerados, que a hashtag de #nãosouobrigado manda beijos.
Projetos queridinhos das manifestações estão sendo aprovados em tempo recorde e vários outros seriam tirados das gavetas, se as tais gavetas não tivessem se perdido no mar de burocracia.
Um grupo de Parlamentares oportunistas enviou traças farejadoras em busca do material, mas elas encheram a pança e agora protestam alegando usucapião da papelada. "Isso que dá alimentar esses insetos", desabafou um congressista, que preferiu não se identificar.

Sergio Lima - 25.jun.2013/Folhapress
Deputados fazendo a Félix durante a aprovação da PEC-37
Deputados fazendo a Félix durante a aprovação da PEC-37
Perguntada sobre o cancelamento das Bodas de Prata, a Câmara disse que, em vez de cancelar bufê, arranjos florais e orquestra, preferiu criar uma Comissão para encontrar um outro motivo para o rega-bofe. Até o fechamento dessa edição, 27.257 haviam sido listados.
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DIEGO REBOUÇAS, 30, é roteirista, jornalista e autor do livro "Travessia", publicado pela Livros Ilimitados e bloga no Câmera de Vigilância.

EXISTIU VIDA ANTERIOR NO BRASIL!

Nunca me canso em ver e rever esse singelo filme "Veraneio em Caxambú 1952". Como era o Brasil antes de crescer vertical e horizontalmente e deformar-se daquilo que se esperava e que sempre se espera do povo de uma Nação. E foi o que aconteceu, indubitavelmente.
Aquela era a população que representava a classe média daqueles tempos e se ela já não vinha crescendo com o mesmo formato usando-se a linguagem atual, algo de muito ruim estaria já acontecendo! Ainda existiam, por exemplo, os clubes sociais, coisa que hoje se tornou até impensável!
Se dividíssemos todas essas coisas em blocos, teríamos apenas que identificá-los e multiplicá-los cada um deles mas o que fizemos foi aplicar o sistema de terra arrasada!
Será que ninguém teria notado?
Quem teria feito esse filmezinho? A segunda música já foi até gravada por Caetano Veloso. E vejam ainda nesse filme como são poucas e ás vezes custam tão pouco realizar, as coisas que fazem a felicidade das pessoas!



IMAGENS EM MOVIMENTO: O INSTANTE CONGELADO

Do Augusto nunes no Feira Livre

A cronofotografia de Étienne Jules Marey

Um dos estudos do movimento de Marey
SYLVIO ROCHA
A possibilidade de congelar o instante fascinou o homem desde o Dia da Criação. Por volta de 1830, época de seu nascimento, quando  não era considerada arte e ninguém sabia direito para o que servia, a fotografia foi largamente utilizada em estudos científicos que acabaram contribuindo para o nascimento do cinema.
Muitos brigam pelo título de pai da fotografia e são inúmeros os inventos e descobertas que culminariam na capacidade de fixar a imagem no papel. Apesar disso, o posto permanece vago.
Um imigrante francês de espírito inquieto e nome de príncipe, Antoine Hercule Romuald Florance, é o precursor da fotografia no Brasil. Esse aventureiro estabeleceu-se numa cidade produtora de açúcar do interior paulista que, em 1837, tinha a maioria de seus 6.700 habitantes escravos: São Carlos, nome da vila que viria a se chamar Campinas em 1842. Como escreve Boris Kossoy em Dicionário Histórico- fotográfico Brasileiro, Florance utilizou a palavra “photografie” cinco anos antes de aparecer na Europa. Seu processo fotográfico, bastante rudimentar, utilizava uma matriz que fazia cópias com a utilização da luz e as fixava com amoníaco (retirado da urina) e água. As imagens serviam para a reprodução em série de diplomas maçônicos, rótulos, produtos farmacêuticos e etiquetas. Depois de 140 anos de anonimato, o pioneiro é hoje reconhecido no mundo inteiro graças à pesquisa que Kossoy iniciou em 1972.
Não demorou muito para a fotografia se animar (motion picture). Várias eram as técnicas que criavam a impressão do movimento.
O filme abaixo tem oito segundos. Animado recentemente a partir de fotografias unidas para formar um flipbook (aquele livrinho com dezenas de imagens que, manuseado, passa a sensação de movimento), nos mostra um grupo de cientistas. O primeiro da fila é o também francês Étienne Jules Marey, fisiologista e cronofotógrafo –  equipada com um obturador temporizado, a câmera cronofotográfica, inventada por Marey em 1882, era capaz de registrar, em uma única chapa, várias imagens sucessivas de uma única ação (primeira imagem acima). O vídeo formado a partir dessas fotografias dançantes eterniza um personagem fundamental da história das imagens.
A cena real importava tão pouco para Marey que ele chegou a fotografar homens andando num fundo preto, vestidos de preto, com pequenos pedaços de madeira pintados de branco colados nas roupas, como se fossem partes do corpo. O resultado impresso na película é o desenho do movimento (segunda imagem acima). A técnica é a base dos efeitos especiais que passaram a ser largamente empregados nos filmes e programas de televisão.



MAIS UMA VITÓRIA DA LBB (SENSACIONAL!)

 

           Povildo – leão vegetariano que tornou-se o mascote da LBB
Parabéns a todos os brasileiros membros da LBB – a Legião Brasileira de Bobalhões. Mais uma conquista alcançada em 2013 agora nos orgulha perante o resto do mundo..Temos a “festa da democracia com voto obrigatório,” temos “a greve sem prejuízo da população” e finalmente conquistamos a “manifestação de protesto sem violência”.
Essas linhas vão ser sobre isso, meus amigos, mas sem esquecer as homenagens tradicionais aos expoentes da “Unidiversidade” Pública Brasileira – uma instituição onde a única coisa que se ensina é “que todos tem o direito de entrar nela.” Aproveito também a oportunidade para apresentar aos leitores o mascote da LBB – Povildo, o leão vegetariano. Peço que seja tratado com todo respeito e informo que ele porta o lema da instituição – “Mais importante do que acreditar em alguma coisa é não ter preconceito contra todas as outras”.
Povildo, o nosso leãozinho, foi trazido para o Brasil depois de uma visita que Paulo Freire fez à África por ocasião de uma conferência intitulada “Agressão física ao professor brasileiro como direito do estudante oprimido”. Ainda filhote, nosso mascote foi amamentado no seio com leite da própria professora Marilena Chauí e cresceu feliz lendo Luiz Fernando Veríssimo enquanto escutava Chico Buarque...
Na adolescência foi trazido aqui para Porto Alegre e encantou os estudantes das Faculdades de Filosofia e História da UFRGS. Deixou na época, através de seu estilo predileto que são os aforismas, grandes lições. Disse ele que “o importante é o principal; todo o resto é secundário” e causou alguma polêmica afirmando que “os resultados são indissociáveis do processo que a eles  conduzem”. 
Nem tudo foram flores na vida de Povildo – vítima de uma profunda crise religiosa, ele chegou à conclusão definitiva de que o importante é ir à Igreja Católica aos domingos, frequentar a Universal na quarta, e visitar o terreiro da Mãe Joana na sexta-feira sempre,  é claro, mantendo amizade com seus amigos ateus e trocando e-mails até hoje com os satanistas.
Em 1989 Povildo foi visto aqui na cidade usando algumas pedras do Muro de Berlin para fazer reparos na Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Sumiu de vista durante algum tempo até ser fotografado uma vez com o jogador Edmundo, quando esse dizia-se preocupado com a violência no futebol, e com Axl Rose quando esse afirmou estar entristecido com as letras agressivas no rock de Los Angeles.
Povildo, para que não conhece, é um animal tranquilo...Nunca se acorda antes da 11 da manhã e independentemente da casa em que se encontre, seu dono sempre lhe entrega a Folha de São Paulo para que seja interpretada e lida em voz alta pelo nosso leão. Costuma comer alface e tomar sempre água mineral francesa nas refeições enquanto escuta Ênia como trilha sonora de fundo e passa os olhos despreocupados sobre o último livro de Paulo Coelho.
Uma das poucas peculiaridades que tem é que, quando doente, não se sabe bem por que, torna-se feroz se levado ao SUS e já se mostrou agressivo perto de escolas públicas e paradas de ônibus. O fenômeno recente mais interessante na vida do leão aconteceu em outubro de 2012 quando cerca de 190 milhões de brasileiros pararam de fazer absolutamente qualquer coisa que estivessem fazendo para ver o que aconteceria com “Carminha” no final de “Avenida Brasil”.
 
Muitos amigos meus informaram ter visto Povildo rondando suas casas naquela noite e até hoje a questão gera lendas urbanas..depois disso o bicho desapareceu outra vez até que agora, em junho de 2013,  escutou-se um rugido fenomenal que “acordou o país inteiro”..era Povildo indignado porque sua salada de alface estava mal temperada e a água mineral que lhe serviram não estava na temperatura correta...
Dedicado à Laura, minha filha de 4 aninhos...

29 de junho de 2013
Milton Pires é Médico.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

PROTESTOS NAS RUAS NÃO SÃO FEITOS 'PELOS MAIS POBRES', DIZ MINISTRO.

Esse Marcelo Nery do artigo abaixo está tentando identificar o fenômeno pelo lado errado, dizendo que não seriam as pessoas mais pobres e sim a classe média/média, aquela mais consciente, a que todo o governo de esquerda quer derrubar, e que estariam nas ruas.
Sim, elas estão nas ruas por que? 
"A gente não quer só comida a gente quer saída para qualquer parte"!
Por outro lado quem verdadeiramente subiu um patamar foi alguém que já pertencia à classe média porém não suficientemente educada, ou onde será que ele pensa que foi parar o "dinheirinho" gasto com as políticas de distribuição de renda?
E mais, quem realmente saiu às ruas é claro que só poderiam ser aquelas pessoas que não acham importante termos uma sociedade marcada somente pelo consumo das velhas quinquilharias que fizeram a cabeça de uma classe média americana das décadas de 30 e 40!
E o que não se explica é por que foram essas políticas de consumo, as mais criticadas pelos intelectuais de esquerda brazucaios de todos os tempos! 
Nessas horas de agora nunca mais vinha se falando em políticas para a educação, a urbanização e a segurança e a grande evasão de recursos com a corrupção, grande impeditivo a que essas coisas sejam feitas!
É claro, que fica apenas restrito as manifestações nesse sentido, a quem sabe da importância maior que isso representa, senão, a um sujeito desses, o Marcelo Nery que até deve ter estudado alguma coisa, dizer o que disse sobre a queda da verdadeira classe média, vai ficar parecendo o Lula quando identifica como bem aquilo que se manifesta pelo lado negativo quando por exemplo disse que "por todos poderem ter automóveis as ruas ficam empanturradas" impedindo-os de trafegar, quando deveríamos dizer que é por falta de uma política de urbanização e mobilidade urbanas condizentes que isso acontece! 
Quando, lá atrás, os EE.UU. se deleitavam com sua sociedade de consumo a todo vapor, todas as outras questões já estavam razoavelmente resolvidas!
j.a.mellow
  • Segundo Neri, desigualdade pode ter caído ‘rápido demais’ saindo da zona de conforto política na última década
  • Acesso a internet potencializou aspirações de consumo

RIO - O ministro-chefe interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR) e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, disse que a origem da onda de protestos que varre o país pode estar no ritmo diferenciado de avanços sociais ocorridos na última década, com a renda no topo da população subindo com muito menos força do que na base. Para ele, os protestos nas ruas não são feitos “pelos mais pobres”.
Neri citou o fato de que enquanto uma família chefiada por analfabeto teve um ganho de 88,6% na renda per capita nos últimos 10 anos (2001 a 2011), em uma família cujo chefe era uma pessoa com 12 anos ou mais de estudo, o rendimento caiu 11,1%. Lembrou ainda que a renda per capita nas principais capitais do país tem alta de 3,1% em termos reais, entre junho de 2012 e maio de 2013. Na periferia, sobe 5,4%. Nas famílias com mais de seis pessoas no domicílio, avança 5% e tem alta de 6,3% para trabalhadores com menos de um ano de estudo.
— Tenho uma suspeita de que não é a mulher negra da periferia (que está nas manifestações) — afirmou. — Pessoas que estão na parte superior da distribuição, no lado belga da ‘Belíndia' , talvez tenham razões para não estarem tão satisfeitas — disse, ao citar o termo cunhado pelo economista Edmar Bacha, em 1974, para marcar os contrastes do Brasil próspero - representado pela Bélgica - e da miséria da Índia.
Para Neri, o descontentamento popular, a despeito das melhoras nos indicadores sociais, pode ser explicado porque as desigualdades caíram com uma intensidade que superou a “zona de conforto” política.
— O Brasil fez demais e não de menos. Talvez a desigualdade tenha caído numa velocidade maior que a gente seja politicamente... uma zona de conforto, do ponto de vista político. Talvez a gente tenha feito demais, eu particularmente tenho muito orgulho do que se fez no Brasil em termos de redução de desigualdade, mas a desigualdade era alta, o brasileiro aceitava, nossas instituições, nossos comportamentos nos levavam a ter uma desigualdade alta — afirmou.
Ele não descarta, porém, que entre os manifestantes possam estar também pessoas da “nova classe média”, aquelas que ascenderam à nova classe C há cerca de 10 anos, e que hoje pedem avanços também na educação e na saúde. Segundo ele, as aspirações de consumo são potencializadas pela internet.
— Talvez elas queiram outras coisas, para além do ganho de renda, (além) do ganho trabalhista, seja ganhos de saúde, de educação. As pessoas se acostumam às suas conquistas e querem mais. Por outro lado, quando você olha para o lado vê que os pobres estão ganhando mais, isso talvez possa explicar um certo inconformismo — disse.
Ele reconhece que o país vive um momento de incertezas com as manifestações e vê uma tendência de estabilidade para a trajetória de queda na desigualdade.
— O mercado de trabalho está dando sinal de desaquecimento, o que me preocupa é que todo aumento de renda decorre do salário — afirmou.