Era uma infinidade de tempo
a que levava o pobre artesão
para concluir seu invento.
Depois, quando já não tinha mais graça,
de graça entregava o seu trabalho.
E não invariavelmente morria, morria de graça.
Quando menor tempo passou a ser gasto
Este bem ficou barato.
E mais acessível a todos
ele também ficou.
Mas como não haveria de ser diferente,
com a fabricação em série,
os objetos mais cedo se desgastavam.
Diziam os nobres: mas que horror!
Isso tudo é culpa da burguesia!
Que trabalhou, e com a nossa mordomia acabou!
Os Socialistas voltaram a eles:
Vocês irão ver que diabo nós vamos armar
com o nome da burguesia.
E não se iludem, ocuparemos o vosso lugar!
Mas o mundo não para pra esperar
que outro Feudo venha se instalar.
O povo laborioso continuou a trabalhar
E os exemplos começaram a se espalhar.
Por isso bens e mais bens são e serão necessários
que sejam construídos.
E com menos tempo e recursos,
muito se tem produzido.
E mais gente será necessária para que sejam consumidos.
Mas os comunas continuam na espreita
de alguém pra surrupiar.
Expropriando riquezas
para a economia estagnar.
E o velho e laborioso burguês,
agora chamado trabalhador,
desestimular.
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