O PANORAMA VISTO DA SERRA

domingo, 22 de março de 2015

OPERAÇÃO LAVA-JATO E SEUS DESDOBRAMENTOS

Levando-se em consideração nesses últimos tempos em que a Justiça, a Polícia Federal e o Ministério Público resolveram, e está muito bem em fazer isso, e estão todos mobilizados nas investigações de crimes de corrupção/superfaturamento  em obras públicas abrindo fogo contra essa relação espúria entre empreiteiras e órgãos contratantes do Estado Brasileiro, é bom que também passem urgentemente a se preocupar com a continuidade desses mesmos contratos referentes a essas obras em todo o território nacional. Primeiro por que, começando como foi com a Petrobras, isso não deverá ficar só nela e deverá se estender aos demais contratantes pois é uma coisa por demais conhecida de todos nós que somos e/ou fomos da área pelo menos aí desde os anos 80.
Claro que em hipótese alguma podemos comparar aqueles tempos em termos de volumes de recursos com os que isso veio assumindo paulatinamente no sentido evolutivo e sempre ascendente tanto com relação a valores como em sofisticação, mas o que é certo é que costumávamos chamar lá atrás, essas bem conhecidas por nós, empresas que participavam de licitações pesadas, de "empresas lobistas", isto é, empresas que entravam nas concorrências apenas para terem o controle sobre os contratos, passando posteriormente a sub empreitá-los as demais concorrentes ou a outras mais que estavam de fora.
Nos recentes governos do PT isso tomou bastante corpo em virtude da volúpia que seus próceres tinham com relação ao poder e chegou assim como uma mão cheia para promover a cooptação ou a aquisição de correligionários, todos, uma grande maioria, inclusive dos antigos aliados que por ciúme não se contentavam somente com a proximidade e lealdade ideológicas mas queriam também o seu jabá!
Então, como sabemos que menos pelos volumes mas também e principalmente pela forma muito antiga de como essas coisas são feitas, achamos que esses órgãos do Estado que investigam e punem pessoas e possivelmente empresas, poderiam fazer um trabalho dentro dessas empresas no que tange à sub empreitar essas obras e serviços, passando-os à mãos daqueles que efetivamente as executam: os que constroem, construiram no passado e em última instância possivelmente as construiriam no futuro. São empresas bem menores que por preços bem inferiores, estão, estavam ou estariam realizando esses serviços caso não tivesse ocorrido o processo de intervenção nas operações fraudulentas das empresas mãe, vamos assim chamá-las, evitando a interrupção e a paralisação destas obras e portanto prestando um grande serviço ao País e à Nação já que aquelas foram ou se encontram em fase de contratação, e certamente levaria prejuízos imensos a muita gente o rompimentos desses contratos que se acham mais abaixo, na pirâmide hierárquica.
Evitaríamos um desemprego em massa, o que já está começando a ocorrer.
Deverão fazer, para isto, um levantamento fisico/financeiro dessas obras, analisarem caixa e demais possibilidades de honrar os compromissos já assumidos e a realizar dessas mesmas empresas, nestas obras, promovendo um tipo de intervenção se for o caso e tecnicamente montarem uma estrutura administrativa com superintendentes, gerentes de contrato e pessoal da engenharia afim de produzirem os mesmos efeitos que vinham existindo até aquele momento anterior.


j.a.mellow




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