1964 já era! Viva 2064! — A minha coluna na Folha de hoje
1964
já era! Tenho saudade é de 2064! Os historiadores podem e devem se
interessar pelos eventos de há 50 anos, mas só oportunistas querem
encruar a história, vivendo-a como revanche. Enfara-me a arqueologia
vigarista. Trata-se de uma farsa política, intelectual e jurídica, que
busca arrancar do mundo dos mortos vantagens objetivas no mundo dos
vivos.
A semente
do mensalão está nos delírios do Araguaia. O dossiê dos aloprados foi
forjado pela turma que roubou o “Cofre do Adhemar”. Os assaltos à
Petrobras foram planejados pelas homicidas VAR-Palmares, de Dilma, e
ALN, de Marighella. A privatização do passado garante, em suma, lugares
de poder no presente e no futuro. Os farsantes apelam à mitologia para
reivindicar o exclusivismo moral que justifica seus crimes de hoje.
Ladrões se ancoram na gesta da libertação dos oprimidos. Uma solene
banana para eles, com seus punhos cerrados e seus bolsos cheios!
Quem
falava em nome dos valores democráticos em 1964? Os que rasgaram de vez a
Constituição ou os que a rasgavam um pouco por dia? Exibam um texto, um
só, das esquerdas de então que defendesse a democracia como um valor em
si. Uma musiquinha do CPC da UNE para ilustrar: “Ah, ah, democracia!
Que bela fantasia!/ Cadê a democracia se a barriga está vazia?” Para bom
entendedor, uma oração subordinada basta. A resposta matou mais de 100
milhões só de… fome!
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