O PANORAMA VISTO DA SERRA

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A TRANSIÇÃO SERÁ HORIZONTAL OU VERTICAL?

 

A discussão está muito boa enquanto estiver entre PT e PSDB, mas depois que passar essa emoção das eleições o que vem pela frente é chumbo grosso e é muito mais grave do que essa discussão que pode estar parecendo muito importante agora, mas, um pouco mais não terá importância alguma, pois a coisa está mostrando a sua cara tão realista que até me ocorreu a lembrança daquela velha transição de FHC para Lula, lá atrás num passado que já mostrava o início da formação desse semblante atual.
Ninguém deu importância alguma!
Passou-se todos esses anos, de lá para cá, aqueles quatro últimos e mais os seguintes que totalizaram 16 anos em que nada se fez para que a economia tomasse um crescimento substancial, real.
O que que poderíamos querer agora? Ficar discutindo uma coisa, que aconteça o que acontecer, não mudará em nada o panorama do que virá pela frente?
O tempo já foi perdido, e agora nem nos resta mais chorar, pois temos que guardar as lágrimas para mais tarde, pois ainda é cedo.
Os economistas podem falar o que quiserem, mas só agora? Agora aparecem de parte a parte, Armínio com Mantega. O que é isso? Nenhum dos dois podem dizer nada sobre a real situação e já deve haver um consenso entre os mesmos, do que será melhor dizer ao povo, ao cidadão comum, pois o estrago não será resolvido em caso de eleição do Aécio nem reeleição da Dilma?
É apenas uma questão de se arranjar  a melhor desculpa, pois o povo aceita qualquer uma?
Os tais movimentos sociais que foram tão incentivados, eu não sei, não tenho certeza e acho também que ninguém tem ainda ideia sobre qual será o seu comportamento, e se espontâneo ou dirigido.
Eu temo que muitas coisas ainda poderão nos surpreender, além do que nossa vista poderá alcançar, pois no momento estamos muitos de nós discutindo ideologias e medidas que terão que ser tomadas agora, mas que já deveriam ter sido tomadas lá atrás.
Não sou economista, mas posso aqui fazer uma figura de metáfora em que comparo a Economia Brasileira nesse último quadrante de século com uma terra, um substrato, originalmente frágil, em que teremos sempre que viver colocando todos os adubos, corrigindo solo e trazendo água e sempre mais e mais vamos ter que fazer para que seja dalí retirada alguma produção.
Vamos com isto sempre continuando o processo, retirando e gastando cada vez mais até a exaustão total da terra que não terá mais como produzir. Os insumos são um substituto da infraestrutura que não possuímos, nem na logística nem na formação técnico-científica, e o substrato é a velha estrutura viciada que temos para uso.
Num determinado ponto, há como que um estrangulamento que leva a tudo aquilo que achávamos possível alavancar a Economia se voltar contra nós. Não é promovendo pura e simples distribuição de renda, programas sociais nem estimulando o consumo que iremos fazer a economia pegar no tranco. Isso não existe, e existe sim, é fazer com que a máquina se auto estimule, com investimentos e visão de retorno. A Física ainda é melhor conselheira do que as teorias de Keynes.
Mas vem aí a Fisca de novo! Mas com toda essa inércia que nós mesmos fabricamos?
Até quando vamos continuar a fabricá-la?
j.a.mellow

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