O PANORAMA VISTO DA SERRA

domingo, 24 de agosto de 2014

MARINA SILVA NÃO TEM NADA A VER COM REVOLUÇÃO FRANCESA, MAS NÓS SIM, TEMOS UM RESGATE DO PASSADO.

O Brasil realmente não tem sorte mesmo, se é que podemos atribuir isso a um país, uma nação. Mas o fato é que sempre continuamos a chegar eternamente atrasados aos fatos e configurações da evolução mundial das nações desenvolvidas, e, a reboque também do que me acho no direito se assim nos nominar, das nações "eternamente" em desenvolvimento.
Parece que as influencias da Revolução Francesa, que não foi somente Francesa mas de toda Europa onde ainda subsistiam as monarquias mas pelo fato do estopim ser a França, continuam a provocar as mesmas constatações e efeitos que lá, não perduraram por muito tempo: de que nada do que diziam ser ruim no antigo regime passou a melhorar com o novo. Mas aquelas nações, algumas se constituíram em repúblicas ou se republicanizaram sem serem por via de uma revolução, ou mesmo mantendo as antigas Monarquias.
Não sou um Monarquista, mas ontem pensei: o último estadista brasileiro teria por ironia do destino e a corroborar com muitas inteligencias daqueles idos de 1789, um monarca, D. Pedro II.
Mas não foi exatamente isto que nos mostrou a tão decantada Revolução que retirando o que havia de ruim com as coisas boas do antigo regime, não as substituiu à altura do pensamento da época nem de agora?
Aqui, não conseguimos que essas mudanças tão almejadas alcançassem seus objetivos até quando nossa vista alcance. E olhem que achamos pouco ter apenas um estágio para a mudança e tivemos a República Velha e a Nova, que só se consolidou totalmente com a Constituição de 88.
Aqui, conseguimos não ter a consciência da Europa em transformar uma monarquia numa república, ou que uma Monarquia pudesse também funcionar como uma república. Até hoje não a temos e não sabemos quando a teremos, a ver e a sentir pelo que acontece agora nessa possível sucessão presidencial. Se tivéssemos instituições fortes e efetivamente consolidadas não precisaríamos aqui está à cata de Estadistas, mas não é o que temos à frente, e parece que realmente isto foi definitivamente morto e enterrado.
O destino nos coloca mais uma vez na iminência de trocarmos o ruim pelo pior agora com essa sucessão presidencial meio conturbada com os últimos acontecimentos e seus efeitos emocionais, como lembrou esta semana o historiador Marco Antonio Villa, com os episódios Janio e Collor.
Então vamos repetindo o panorama daquela revolução em que não fizemos na sua  totalidade mas apenas e muito pelo contrário, quando a fizemos lá no passado, trocamos uma nação muito melhor na Monarquia, do que tudo que veio ser feito depois com uma Republica que nunca chega.


j.a.mellow

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