Em forma quase de uma poesia, de uma cadência lógica como tudo o que escreve o Reinaldo Azevedo, mas uma poesia triste que deveria povoar nosso imaginário, o imaginário de todas as pessoas de bem para se solidarizarem com os que estão sofrendo com a omissão de governos como êsse, e ainda rezar para que não venha a acontecer com cada um de nós.
Aqui comigo, fico pensando quanto sacrifício não foi feito por essa família para suplantar toda a inércia desse Estado nefasto, para conseguir educar a sua filha querida!
Leiam abaixo:
Vejam esta imagem, publicada no Estadão, em foto de Nilton Fukuda.
São os
pais da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, devastados pela dor.
Olhem as roupas. É gente de remediada para pobre, que luta para
sobreviver. Nenhum daqueles vagabundos que mataram Cinthya aceitaria
usar os sapatos gastos de seu Viriato Gomes de Souza, que tem 70 anos e
contribuiu 38 anos para a Previdência Social.
Nenhum daqueles vagabundos aceitaria sair à rua com uma camisa modesta como a de seu Viriato, que ele pagou com o seu trabalho.
Seu Viriato não tem Audi.
Seu Viriato não cheira cocaína, a exemplo do “menor” que matou a sua filha.
OS BACANAS QUEREM DESCRIMINAR A COCAÍNA. O deputado petista Paulo Teixeira (SP) quer que seja permitido aos brasileiros portar cocaína para até 10 dias de consumo sem que isso seja considerado crime. Os que redigiram a nova proposta de Código Penal acham que é muita coisa. Eles acham que tem de ser apenas para cinco dias. Seu Viriato e sua mulher terão agora de achar um jeito de sobreviver, enquanto pensadores pendurados nas tetas do Estado querem descriminar as drogas.
Seu Viriato não cheira cocaína, a exemplo do “menor” que matou a sua filha.
OS BACANAS QUEREM DESCRIMINAR A COCAÍNA. O deputado petista Paulo Teixeira (SP) quer que seja permitido aos brasileiros portar cocaína para até 10 dias de consumo sem que isso seja considerado crime. Os que redigiram a nova proposta de Código Penal acham que é muita coisa. Eles acham que tem de ser apenas para cinco dias. Seu Viriato e sua mulher terão agora de achar um jeito de sobreviver, enquanto pensadores pendurados nas tetas do Estado querem descriminar as drogas.
Seu
Viriato tem uma filha deficiente. A irmã dentista era o esteio da casa.
Agora ela está morta porque o menor, o que estava cheirado, ficou
irritado com o fato de ela só ter R$ 30 na conta bancária. Ele precisava
cheirar mais, ora essa!, e a dentista não tinha dinheiro suficiente
para alimentar o seu gosto. Os bacanas acham que seu Viriato deve ajudar
a pagar o tratamento do “doente” que matou a sua filha. Mas também
acham que se deve descriminar o porte de cocaína para até 10 dias de
consumo, cinco quem sabe…
Mesmo
transtornado pela dor, seu Viriato deu uma entrevista ao Estadão desta
segunda. Vai reproduzido um trecho. Volto em seguida.
Voltei
Seu Viriato é um homem de bem.
Seu Viriato é um homem sensato.
Seu Viriato contribuiu 38 anos com o INSS
Seu Viriato tem 70 anos.
Seu Viriato procura um emprego.
Seu Viriato tem uma filha deficiente
Cinthya, a filha dentista de seu Viriato, cuidava da filha deficiente de seu Viriato.
Seu Viriato é um homem de bem.
Seu Viriato é um homem sensato.
Seu Viriato contribuiu 38 anos com o INSS
Seu Viriato tem 70 anos.
Seu Viriato procura um emprego.
Seu Viriato tem uma filha deficiente
Cinthya, a filha dentista de seu Viriato, cuidava da filha deficiente de seu Viriato.
Sabem o que a Maria do Rosário falou para seu Viriato? Nada!
Sabem o que o Gilberto Carvalho falou para seu Viriato? Nada!
Sabem o que José Eduardo Cardozo falou para seu Viriato? Nada!
Sabem o que o Gilberto Carvalho falou para seu Viriato? Nada!
Sabem o que José Eduardo Cardozo falou para seu Viriato? Nada!
Ou melhor:
todos eles falaram. Eles falaram o seguinte para o seu Viriato:
“Queremos o assassino de sua filha na rua daqui a, no máximo, três
anos”.
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