O PANORAMA VISTO DA SERRA

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

RICOS FICAM POBRES?

A ACOMODAÇÃO MATA

É uma coisa relativamente simples mas tem tudo a ver com o que venho escrevendo sobre as perspectivas do crescimento de nações como o Brasil da atualidade em que se anda espalhando aos quatro cantos para uma população em sua grande maioria desinformada, a respeito do que é desenvolvimento economico.
Vamos passar a falar de uma coisa muito interessante que é a acomodação das pessoas, dos indivíduos, das nações, de tudo. A acomodação é uma chaga que destrói tudo onde ela entra, e quando resolve aportar é sempre o fim de uma civilização, de uma família, de tudo.
Vejam nas pequenas coisas e façam uma correlação com as grandes e avalie o prejuízo a que esta situação pode levar.
O primeiro sintoma é a constatação de que estamos realizados e não há mais a necessidade de exagerarmos nos procedimentos que até então vínhamos nos empenhando.
Uma antítese aqui da acomodação são as nossas atitudes diante das adversidades, das catástrofes, das grandes mesmo, que destroem todo o nosso patrimônio e por isso temos que agir rápido e realmente nessas horas conseguimos alcançar nossos objetivos momentaneamente, mais rápido até do que levamos para construí-lo originalmente e até nos espantamos de como teríamos conseguido aquele feito.
É realmente impressionante, pois há como que uma alteração da relação tempo/espaço, se é que isto seja possível, se compararmos as duas situações. Vemos isso a todo o momento, como temos visto até recentemente com o que aconteceu com o Japão.
A acomodação de uma sociedade tem muito a ver com os seus anseios, quanto ao seu nível de conforto e com a possibilidade maior ou menor de perdê-los quando já conquistados.
Nas décadas iniciais do século XX, os EE.UU. da América produziam tudo o que consumiam, muito exportavam e apesar das duas guerras, também por não terem sido experimentadas por seu território, dispararam na frente de todo o mundo em todos os setores da atividade humana, que a própria Europa por ela ajudada após a sua quase destruição, não conseguia nem sequer ser pensada como o seu passado mais recente.
Na década de 50 fomos acostumados a ver os automóveis americanos como o que havia de melhor no mundo, como também na segunda metade da década de 40. Logo a seguir na década de 60 já despontava a indústria automobilística européia como os ícones do automobilismo moderno da época, desbancando os EE.UU., que não conseguiam agradar o seu público, com modelos já ultrapassados, e, seguiu-se assim nas décadas subseqüentes até recentemente quando após importarem quase tudo do Japão, passaram a fazer isso da China. Ensinaram o Japão, depois ensinaram a China, por que não precisavam mais se preocupar em empregar mão de obra nesses setores, quando podiam utilizar-se daqueles países.
Acomodaram-se. Essa é a palavra. Chegaram a uma posição tal, que podiam muito bem delegar esses postos menores a essas populações emergentes, que segundo o pensamento da época, não ofereceriam nenhum risco a uma grande economia como a deles.
Ledo engano. Vejam o que se seguiu, logo após!
Não quero dizer com isso que a crise americana tenha sido causada por isso, mas bem que tudo aquilo ou muito daquilo poderia ser evitado, se essas posições não fossem perdidas. São perdas irrecuperáveis. Você pode até dizer: temos outras saídas e eu concordo, mas uma delas teria sido aquela.
Um povo acomodado é a antevéspera do abismo econômico. Lembrem do velho ditado: avô rico, filho nobre, neto pobre.
E por aí vamos, por que atrás vem gente. E é assim que se estimula a produção, o consumo e o desenvolvimento econômico como conseqüência. As dificuldades, as adversidades é que nos fazem ir para a frente, tomar iniciativas rápidas, mesmo com alguns erros, logo em seguida consertados mais rápido até do que alguém que ficou parado, esperando os acontecimentos.
E é muito bom pensarmos nisto agora, para não chorarmos pelo leite derramado!

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