O PANORAMA VISTO DA SERRA

sábado, 16 de junho de 2012

CAMPANHAS E CANDIDATOS

Por mais que nós queiramos ter independencia para criticar posições assumidas por quem quer que seja a pessoa, seja ela fisica, juridica, estado, por simpatia ou por ideologia, nem sempre poderemos fazer valer nossa opinião,assim tão desvinculada de interesses pessoais embutidos.
Estaremos sempre ligados a organizações as quais representamos ou somos parte profissionalmente, não deixando que haja uma perfeita coerencia ou absoluta coerencia em tudo o que fazemos e falamos.
Em sintese, não somos nem seremos nunca perfeitos!
Até quando dizemos, sou um jornalista e tenho obrigação de defender a coerencia a ética e a moral em suas entranhas mais ortodoxas mesmo que para isso não tenha eu particularmente obrigação de ter uma coerencia pessoal com tudo isto, nas minhas atitudes pessoais!
Tudo bem, no caso do jornalista, do profissional da mídia até acho compreensivel, pois assemelha-se àquilo de que  quando somos um fumante inveterado, não devamos fazer uma apologia ao uso do fumo, como também um médico que mesmo sabendo e transmitindo a seus clientes certas práticas boas, não as mantenha em seu próprio corpo, e até aí não há nada de estranho nem desonesto nisto.
Mas em se tratando de principios e de ideologias, aí é diferente. Não podemos admitir que alguém que ataque ferrenhamente uma pessoa por uma determinada prática ao ponto de retirá-la desse proveito, venha deixar passar incólume outra com peso ainda maior, por questões partidárias ou corporativas.
Meus amigos, temos obrigação de pelo menos sermos honestos conosco. E é o minimo que se pode exigir de um representante do povo, pois aí não se trata de direitos e deveres individuais, mas de direitos e deveres para com o outro.
Então como ficaria isto melhor resolvido?
Claro, não vejo outra maneira melhor do que a de que sejamos coerentes desde a origem dos nossos anseios e proposições, por isso defendo veementemente que as representações sejam abertas, tenham legitimidade ainda que venham lá de onde vierem.
Quando alguém está lá a representar os plantadores de soja do Estado Tal, nada há de errado que tenha ajuda financeira desses mesmos representados, assim como uma grande Empresa, Corporação também o fará, pois terá em seus quadros 50 ou até 100 mil empregados que saberão ou não que também serão bem representados, e por aí vai.
Não vejo nada de estranho que isto seja assim, desde que tenhamos consciencia do valor do nosso voto nas eleiçoes em qualquer nível. Uma empresa, por mais que gaste na campanha de um candidato isso jamais terá o valor dos votos daqueles cidadãos.
Agora, o valor maior de um financiamento de campanha aberta, privada, em que estejam aí identificadas as ajudas sejam quais forem é justamente sabermos que aquele candidato se eleito irá defender interesses daquela corporação, grupo, etc. Evita-se com isso constrangimentos nas suas atitudes e poderemos facilmente entender os seus desvios se não forem atendidos os anseios da população como um todo, ficando a oportunidade de resposta na próxima eleição. E evita-se também o que hoje acontece quando votamos em candidatos que estão sendo financiados por alguém que não identificamos e que bem poderá negociar contra seus próprios pseudo representados (Estados, municipios, população, etc), não tendo pois responsabilidade com ninguém, justamente por não reconhecermos a origem dessa representatividade.
É claro que bem poderá existir um valor minimo necessário e suficiente para custeio publico de campanhas independentes, para que não fiquem de fora muitas pessoas que teriam necessidade de divulgarem seus nomes para uma maioria, mas de maneira alguma acho boa o financiamento exclusivamente público, pois aí cometeremos de novo o mesmo erro, e teremos os dois ( o publico e o privado) continuando sem identificarmos os reais interesses que essas candidaturas representam.














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