O PANORAMA VISTO DA SERRA

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A LUTA DA DIREITA

                             
 UM COMENTARIO SOBRE O COMPORTAMENTO DA DIREITA NO BRASIL

Nem tenho idéia de como partiremos para a luta árdua de endireitar esta “direita brasileira”. O que eu acho é que a direita tem que se definir como direita, ela tem que se explicar, pois a maioria do povo apesar de saber na prática o que isto significa não tem entendimento seguro quando isto é tratado dentro de uma certa retórica.
Estão todos confusos com esse negócio de esquerda e direita, pois a esquerda nos últimos anos tomou de assalto a veia cultural e das comunicações do país, e aparelhou-se. A direita tem que se situar bem entre essas coisas que atualmente são ditas e reditas pela esquerda, pois todo o tipo de radicalização é logo jogado nas costas da direita. Por exemplo, aquilo de demonizar as elites (chamadas elites dominantes), das famílias ricas, que segundo as esquerdas, eles, os ricos são de direita. Agora, como se não bastasse, isso vem estourar aqui no Brasil logo nas mãos da classe média que é o vizinho mais próximo de quem se encontra um degrau abaixo, mas nunca nos ricos! As esquerdas adoram os ricos e sua forma de gastar o dinheiro! Eles se unem aos milionários e colocam a classe média como ricos! Como bode expiatório!
E a própria classe média embarca nessa armadilha criada por essa cultura esquerdopata.
Por isso se explica por que as esquerdas são as maiores incentivadoras do crescimento dessas oligopolizações ao lado dos também oligopólios estatais: um completa o outro, pois já não é de agora que os grandes capitais adoram essa idéia de socialismo, com o total, mas total mesmo, domínio sobre os meios de produção.
Claro que aí nós sabemos que o estatal é sempre ineficiente, mas até o empresarial particular passará a sê-lo em pouco tempo pela ausência de concorrência. O que nós, liberais, democratas, até capitalistas pelo conceito do livre comércio, lutamos, é por uma maior e cada vez mais crescente igualdade de oportunidades, por um mundo competitivo, em que haja um mínimo de participação do Estado: ao  Estado caberá apenas a regulação, a coibir abusos e nas atividades que a iniciativa privada não tiver condições de atuar. E só.
É sempre bom lembrar que o país que mais se aproximou na prática do verdadeiro conceito que se esperava de um socialismo puro, utópico, como participação e distribuição da riqueza foi justamente o País mais capitalista da terra. Foi só por ser capitalista? Não. Foi pelo fato da existência de um estado mínimo e do liberalismo econômico. E isto é preciso que se explique a este povo que vive se enganando com conversas cansadas de comunistas em que nelas só acreditam, dois tipos: o ignorante e os que dela se beneficiam.
Eu sei que é uma coisa difícil, ainda mais quando o Estado se apropria da estrutura educacional não deixando espaço para essas coisas e aliando-se ao que há de pior da massa política em todos os níveis neste país: tanto de governadores e prefeitos, como o legislativo e agora também o judiciário.
O que muito tem prejudicado a direita de se assumir é também essa herança que ficou do regime militar quando tudo o que era de direita estava ligado de uma certa forma ao apoio mútuo que havia entre os políticos conservadores da época e os governos militares, uns por oportunismo e outros com medo de serem associados ao comunismo.
Volto a repetir que é muito necessário que se desmistifique essa idéia sobre a intenção dos regimes socialistas, comunistas, em destruir o capital, pois o capital é a sua própria razão de existir e de poder comparativo, pois senão deixariam de existir os preços de mercado. Os representantes dos grandes capitais no mundo estão muito mais interessados no socialismo do que em regimes de liberdade - eles são os maiores interessados em, usando de um poder total, manipularem mais facilmente todo o sistema produtivo no mundo. Portanto quem mais sofreria num mundo socialista de hoje seriam os que realmente esperam de um mundo que premie sem nenhuma distinção a produtividade, a eficiência, o crescimento cientifico, cultural, em suma, a classe média.
No Brasil atual existe um exemplo clássico de como aquilo funciona: a gorda Petrobrás, com seu cabide de empregos a sugar mais da nação do que poderia estar promovendo em beneficio do povo (já que alardeiam tanto do beneficio de ser uma empresa estatal), e o crescimento empresarial do Sr. Eike Batista, que escancaradamente vai para a televisão falar em números que só estão na cabeça dele, mas fazendo quase que uma “premonição” do que deverá realmente acontecer, tudo isso sendo possível graças à sua parceria com esse estado nefasto. E já está se falando na Vale...
Mas isso tudo passa ao largo das cabeças desses nossos políticos que agora são de centro, por vergonha de parecerem honestos consigo mesmos, por que deveriam realmente se endireitar e mostrar a sua verdadeira cara e a cara da esquerda, esta última como algo impensável no mundo moderno, representante do atraso em todos os países em que se implantou o comunismo e o sistema de socialização dos meios de produção.
Mostrar esse exemplo que temos de estatização aqui representado pela Petrobrás, com o combustível a nível de consumidor, mais caro do mundo e ainda fazendo esse povo pensar que a Petrobrás é do povo brasileiro. Tenha paciência!
E do outro lado, tudo o que as direitas tem proporcionado de bom para os povos que vivem sob os regimes que adotam as verdadeiras democracias com liberalismo econômico e social.
Há uma coisa aqui neste país que precisamos retirar do imaginário da população mais humilde que é essa coisa herdada da nossa história de que não somos cidadãos, somos súditos. Achamos sempre que alguém nos dará alguma coisa e nos contentamos com ela porque não sabemos realmente o quanto valemos.
Quem mais gosta de dinheiro é comunista e socialista, e dinheiro fácil por que é tomado do povo inocente que não sabe o que realmente lhes pertence. Escondem-se atrás dessa tal figura de Estado para se manterem no poder, capitalizando lucros e socializando prejuízos, pois empresa estatal quase nunca entra em falência e se por acaso vier a falir é o povo que paga a conta. Agem, aqueles que se dizem socialistas, como se estivessem num capitalismo sem riscos!
Mas acho que nem tudo está perdido, porque apesar do nosso passado histórico não ser dos melhores em termos de tendência à democracia, como, aliás em toda a América Latina, com governos populistas e essa idéia conspiratória reinante que formou algumas gerações em “antiamericanistas”, nós somos um povo essencialmente conservador, acreditamos na liberdade do comercio, na propriedade privada, família etc. E é aí onde deveremos entrar pesado na conceituação que se dá a conservadores e progressistas: o conservador não quer o rompimento com os valores éticos e morais e quer o progresso e não há nenhuma incompatibilidade nisso. Agora o chamado progressista ainda se atém a um tempo anterior ao mundo moderno atual e que ninguém aqui quer seu retorno, para se definir como quem teria mudado aquela ordem de coisas, sendo que, quem realmente promoveu aquelas mudanças não foram eles e sim nós, os LIBERAIS.
Então, quem fez a travessia do capitalismo selvagem para o que hoje vigora foram as próprias democracias. Se ainda não são perfeitas, paciência. Eles, sim, são a representação do atraso: URSS, Corea do Norte, China (por favor, não leiam desenvolvimento), Venezuela, Cuba e por aí vai.
E o mais engraçado se não fosse toda essa tragédia é que ao lado do medo que os partidos de direita têm de tocar nos nomes do conservadorismo e liberalismo, vem lá um politicozinho de merda de um PCdo B a falar em nome da democracia e ninguém manda ele engolir as palavras! O entrevistador ou sei lá que quem esteja ouvindo aquilo, deveria dizer: espera aí, eu estou falando com outra pessoa, não é? O Sr. não é um Comunista? Explique-se, por favor.
Chego a ter maus presságios de que esses partidos que carregam em seus programas retalhos de pensamentos liberais democráticos ficarão apenas como anjo da guarda aqui e acolá, vigilantes em algumas ações desses governos de esquerda para o cumprimento da Constituição, e mais nada; dando cunho de democracia, uma democracia pela metade, se assim podemos chamar, e continuarmos atrasando esse país por mais ninguém sabe quanto tempo.

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