Sinto uma passividade muito grande com que a maioria de nós recebe esssa noticia do Paraguai, são se tocando para o mais importante de tudo que é a manutenção do rito democrático que me pareceu bastante sincero pela recepção que teve pelo próprio povo paraguaio.
Acho que talvez pela falta de consciencia da real existencia de governos autoritários e ditatoriais no restante da América Latina e quando não muito, simpatizantes do bolivarianismo.
Fico triste não vendo ninguém se manifestar com a mesma alegria com que se manifestaram nos eventos ocorridos com a primavera Árabe, claro que guardando as devidas proporções, mas mesmo assim, sabendo como deveriamos todos saber, do viés revolucionário que campeia toda a ideologia latinoamericana e que por isso mesmo já está passando do tempo de isso ter um fim.
Isso não poderia acabar numa primavera Latinoamericana? Bem que poderia, não é?
Todo o processo revolucionário tem que ter um fim, se não seria um fim em si mesmo e teriamos a eterna revolução!
O que é isso?
Isso é conversa prá muito boi gordo, e o que me interessaria agora seria afirmarmos essa consciencia de que deveriamos nos apegar a esse estofo de democracia que parece emergir nesse momento e que não deveria ser deixado passar em branco. Não se trata de nenhuma mudança radical, somente cumprir a democracia, e não deixando perder o que já foi conquistado.
Além do mais isso foi como que um chute nos culhões desses movimentos revolucionários travestidos de movimentos sociais e ONG's que abundam aqui no Brasil, tipo MST e cia. que tentam, aí sim, rasgar a Constituição em cada esquina e atentam contra a própria democracia como quiseram fazer no Paraguai.
É claro que temos aqui no Brasil coisas muito mais graves que nos entravam que é o nível de corrupção absolutamente desmedida em relação aos padrões dos Países que se desenvolveram.
Mas o fato é que o nosso povinho parece não se tocar com essas coisas até por que viemos tendo a pior educação entre os países latinos há muitas décadas e realmente e por isso corremos sempre mais risco do que todos êles, só perdendo para os Argentinos que são um povo atípico, que mesmo mais educado são fissurados por ditadores.
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