Há uma vantagem imensa em sermos "escribas" nesse país, o que nos deixa completamente despreocupados quanto ao que vamos escrever, e também se isso atende ou não aos fatos do momento presente que será sempre resolvido pelo principio de tecnologia genuinamente brazuca de que "mudam-se as moscas mas a merda é a mesma".
Mas acho que todos concordamos num ponto: isso tem que acabar!
Desde muito criancinha, fomos informados dessa sempre possibilidade nacional e vimos mantendo isso ao longo dos tempos, que não deixa de ser pelo menos uma garantia de que nem tudo quanto é feito no mundo é exclusividade das nações realmente desenvolvidas. Pelo menos a merda é quase sempre uma exclusividade nossa e é por isso que quando em qualquer outro local do planeta alguém a estiver praticando temos o direito de requerer o recebimento desses direitos autorais.
Portanto, quando estivemos escrevendo algo há 10 ou 20 anos bem poderemos usá-lo agora ou deixarmos para daqui há mais vinte ou trinta. Não nos preocupa essa rigidez cronológica, pois sempre estaremos atualizados, seja sobre que assunto resolvermos nos empenhar em discorrer, desde que relacionados à politica ou à economia.
Alguns até recorrem a artificios de copiarem certos fatos ocorridos no passado, trocando apenas os nomes e as referencias geográficas não precisando para isto nem usar a propria cabeça.
Como diz o grande histroriador Marco Antoinio Villa, êste é o País da piada pronta!
Não sofremos desse "mal" aqui nesta terra que é a de que tenhamos que "pensar um país" e deve ser por isso a nossa aversão ao estudo cientifico e tecnológico pois nos acostumamos a achar que tudo navega no mesmo barco.
Precisariamos, isto sim, passar a produzir conteúdo com projeção de previsões futuras ou encaminhamento de soluções sempre desatreladas dessa chaga que nos assola, que nos faz acreditar que nossa importancia em modificar o destino é quase nula e por isso perfeitamente dispensável, levando-nos a achar que a solução virá independentemente da nossa participação.
Deveriamos isto sim, quando escrevemos ou em todas as nossas ações, projetar através disso um pensamento de futuro que queremos para os que virão depois e repudiarmos essa forma bizarra de acharmos normal repetir o passado, principalmente quando este não foi de maneira nenhuma glorioso passando a nos servir dele apenas como exemplo e como constatação da sua existencia histórica.
Vejamos quanto tempo perdemos com explicações de coisas que são claras, como foi a transposição da monarquia para a república, os periodos getulistas, a ditadura militar e o periodo recente, todos eles com um grande gráu de negatividade, entremeados apenas com pequenas virtuoses.
Portanto é um apelo que eu faço a todos nós brasileiros que passamos para o papel alguma coisa, eu na minha humilde contribuição, quando trocarem-se as moscas, tentarmos nos livrar também daquela velha merda por algo melhor e não acharmos aquilo perfeitamente normal, que é o que vem acontecendo nos últimos cento e poucos anos...
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