O embargo brasileiro ao Brasil
por Roberto Rachewsky
Todos os que discutem economia e política internacional conhecem as
acusações que os defensores do regime cubano fazem ao bloqueio comercial
americano à Cuba.
De fato, tal bloqueio, do ponto de vista de quem defende a liberdade como valor absoluto, é uma atitude questionável.
Só não supera em desumanidade a supressão de liberdade que o próprio governo cubano impõe aos habitantes da ilha caribenha, onde impede que os cubanos se associem, contratem, transacionem, se expressem ou viajem livremente.
Ao reclamarem o fim do embargo americano à Cuba, contraditoriamente, os socialistas estão defendendo o livre-comércio entre os países. E não menos contraditoriamente, ao defenderem o socialismo, se mostram contrários ao livre-comércio entre as pessoas.
Imaginar que o comércio internacional é feito entre os governos, é desconhecer a realidade, as trocas de mercadorias e serviços são feitas globalmente, por empresas privadas ou pessoas físicas, e apenas limitadamente por governos, quando estes adquirem aquilo que necessitam para seu próprio uso.
Governos, de maneira geral, quando participam ativamente do comércio internacional, o fazem apenas para coibi-lo.
As empresas privadas e as pessoas físicas não precisariam dos governos para transacionar. Para poderem pagar menos e obter o melhor resultado nas transações que fizerem, necessitam que os governos não atrapalhem com suas regras, burocracias e impostos.
Números divulgados pelo Banco Mundial, mostram que Cuba, mesmo sofrendo com o bloqueio americano, consegue que suas importações e exportações comparadas com o seu Produto Interno Bruto cheguem a valores superiores a 30%, como mostra a tabela abaixo:
De fato, tal bloqueio, do ponto de vista de quem defende a liberdade como valor absoluto, é uma atitude questionável.
Só não supera em desumanidade a supressão de liberdade que o próprio governo cubano impõe aos habitantes da ilha caribenha, onde impede que os cubanos se associem, contratem, transacionem, se expressem ou viajem livremente.
Ao reclamarem o fim do embargo americano à Cuba, contraditoriamente, os socialistas estão defendendo o livre-comércio entre os países. E não menos contraditoriamente, ao defenderem o socialismo, se mostram contrários ao livre-comércio entre as pessoas.
Imaginar que o comércio internacional é feito entre os governos, é desconhecer a realidade, as trocas de mercadorias e serviços são feitas globalmente, por empresas privadas ou pessoas físicas, e apenas limitadamente por governos, quando estes adquirem aquilo que necessitam para seu próprio uso.
Governos, de maneira geral, quando participam ativamente do comércio internacional, o fazem apenas para coibi-lo.
As empresas privadas e as pessoas físicas não precisariam dos governos para transacionar. Para poderem pagar menos e obter o melhor resultado nas transações que fizerem, necessitam que os governos não atrapalhem com suas regras, burocracias e impostos.
Números divulgados pelo Banco Mundial, mostram que Cuba, mesmo sofrendo com o bloqueio americano, consegue que suas importações e exportações comparadas com o seu Produto Interno Bruto cheguem a valores superiores a 30%, como mostra a tabela abaixo:
Comércio
Internacional em relação ao PIB (%)
|
||||
CUBA
|
2008
|
2009
|
2010
|
2011
|
Importações
|
24
|
15
|
19
|
ND
|
Exportações
|
21
|
18
|
20
|
ND
|
TOTAL
|
45
|
33
|
39
|
ND
|
Já o Brasil, sem que haja qualquer tipo de bloqueio comercial por parte de qualquer país, apresenta os seguintes números quando comparamos nossas importações e exportações com o nosso Produto Interno Bruto, segundo a mesma fonte:
Comércio
Internacional em relação ao PIB (%)
|
||||
BRASIL
|
2008
|
2009
|
2010
|
2011
|
Importações
|
13
|
11
|
12
|
13
|
Exportações
|
14
|
11
|
11
|
12
|
TOTAL
|
27
|
22
|
23
|
25
|
Apenas para ilustrar, transcrevo também os dados do Chile, sabidamente o mais desenvolvido dos países latino-americanos:
Comércio
Internacional em relação ao PIB (%)
|
||||
CHILE
|
2008
|
2009
|
2010
|
2011
|
Importações
|
40
|
29
|
32
|
35
|
Exportações
|
42
|
37
|
38
|
38
|
TOTAL
|
82
|
66
|
70
|
73
|
Essa análise nos remete a seguinte pergunta: Quem está impondo o embargo comercial ao Brasil?
A resposta é tão simples quanto a regra de três que utilizamos para calcular uma porcentagem. O culpado é o governo brasileiro.
Quando afirmamos que o comércio internacional é feito por empresas privadas e pessoas físicas, e que os governos atrapalham com suas aduanas, regras, burocracias e impostos, estamos dizendo que, quem sofre com o embargo ao comércio internacional imposto ao Brasil, somos todos nós brasileiros. Salvo, é claro, aqueles que se beneficiam ilegitimamente, com salvo-condutos para passar por cima das barreiras impostas, ou os que acabam protegidos da concorrência externa, por essas mesmas barreiras.
A lógica nos leva a deduzir que, tanto os cubanos como os brasileiros sofrem do mesmo mal. Estão limitados por seus próprios governos de forma bastante similar. Não podem promover o intercâmbio comercial no mercado interno e externo sem duras restrições, o que obviamente impede a população dos dois países de elevar seu padrão de vida ao nível daqueles que mantém suas fronteiras mais abertas e seus cidadãos mais livres.
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