por Augusto Nunes
Se quiser vingar-se do caso Battisti, a Itália deve apressar a extradição de Pizzolato
Em dezembro de 2010, ao premiar Cesare Battisti com o status de asilado político, Lula fez mais que absolver simbolicamente um assassino condenado à prisão perpétua pela Justiça do seu país: também jogou no lixo o tratado de extradição subscrito por duas nações amigas. Neste fevereiro, a captura de Henrique Pizzolato depositou no colo do governo italiano a chance de vingar-se exemplarmente da afronta. Basta devolver ao Brasil o mensaleiro que fugiu.
Obrigada pelas circunstâncias a pedir a extradição do quadrilheiro escalado para agir no Banco do Brasil, a companheirada no poder pede a Deus e implora aos demônios que a Itália segure Pizzolato por lá. Ele sabe muito, sente-se abandonado pelo PT e tem entaladas na garganta revelações que podem piorar o que já está ruim. Nem nos sonhos dos inquilinos da Papuda (ou dos figurões em liberdade) Pizzolato dá as caras erguendo o punho cerrado enquanto desce a escada do avião.
Ele só aparece nos pesadelos da turma ─ sempre com o indicador apontado para alguém.
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