Graça Foster admite novos reajustes da gasolina em 2014
Em entrevista, presidente da Petrobras negou ideia de reajuste automático e disse que não vai sair da empresa
Graça Foster: nova fórmula pode resultar em novos reajustes da gasolina em 2014
( Antonio Scorza/AFP)
Os
preços da gasolina poderão subir em 2014 com a aplicação da metodologia
elaborada pela Petrobras para os reajustes de preços de combustíveis no
país, disse a presidente da estatal Maria das Graças Foster em
entrevista publicada neste domingo pelo jornal Folha de S. Paulo. "É possível, pela metodologia, que nós possamos praticar novos aumentos", disse Graça ao jornal.
Contrariando declarações feitas em outubro pelo diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, a presidente afirmou que nunca houve planos para reajustes automáticos nos preços dos combustíveis.
A Petrobras reajustou os preços da gasolina em 4% e do diesel em 8% no final de novembro, já em linha com os princípios de uma nova política. A
nova metodologia é mantida em sigilo por decisão da companhia. O
argumento, segundo Graça, é de que as empresas do setor não costumam
divulgar suas fórmulas de precificação. Já o mercado entendeu a mensagem
como falta de transparência. "Não havia de fato a previsão de levar detalhes da metodologia, nem na sua versão inicial", disse, em entrevista.
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No primeiro dia útil após o anúncio do reajuste, as ações da Petrobras despencaram 10%, pressionando o principal índice da Bovespa, o Ibovespa. Graça
Foster reconheceu que a forte queda das ações foi muito ruim para a
companhia, e acrescentou que "é preciso tempo para explicar e
quantificar os efeitos da metodologia".
A executiva disse que houve "intensa discussão" para a definição do reajuste — e negou notícias sobre brigas ou embates entre ela e o ministro da Fazenda e presidente do Conselho da estatal, Guido Mantega, sobre a questão. "Briga,
embate, eu não confirmo de forma alguma", disse. "Não é uma discussão
trivial. Mas queda de braço não houve." A presidente também negou sua
possível saída da empresa. "Definitivamente, não. Os
dias aqui são extremamente longos. Você tem problemas de toda sorte e
notícias boas de toda sorte", afirmou.
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