Lá pela década de 50 e 60, nós ainda meio crianças viviamos uma época das miniaturizações, os japoneses estavam fabricando tudo bem minusculo, rádios, gravadores, os europeus fabricavam carros bem pequenos, economicos e nós tinhamos verdadeira aversão a tudo o que era grande. Automóveis americanos, grandões era coisa de velho e os rádios e os toca discos eram peças imensas só possiveis de serem usados nas salas das residencias. Carregar embrulho, definitivamente não era uma coisa muito aceita por nós, jovens daqueles tempos!
Mas aí existia um tipo interessante que carregava rádios portáteis, verdadeiros tijolões encostados ao ouvido e apoiados no ombro, e se achavam o máximo fazendo isso e paquerando as empregadas domésticas. Peças essas imensas, antiestéticas, desconfortáveis que os empregados domésticos das residencias, os operários da construção civil, porteiros e demais funcionários mais humildes carregavam prá todo lado.
Hoje quando vejo pessoas a carregarem smartfones, tablets e outros bichos, fico me lembrando desse tempo e acho graça de como as coisas mudam e pensando bem, a única coisa que evoluiu foi a tecnologia, não necessariamente o conteúdo.
O conteúdo, é claro, é outra história e independe de tudo isto!
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