Publicado no Ucho.Info
Bomba-relógio
– Na terça-feira (13), horas antes de o governo ser derrotado na Câmara
dos Deputados, que em primeiro turno aprovou a PEC do Orçamento
Impositivo, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti
(PT-SC), disse aos jornalistas que a presidente Dilma Rousseff
está animada com a possibilidade de reunir-se com mais frequência com
os partidos políticos, em especial os da base aliada. Ideli chegou a
afirmar que a presidente está “Dilminha Paz e Amor”.
Na verdade, quem estava supostamente feliz era a ministra Ideli, que
reclamou do repentino aumento do número de reuniões, mas disse que dessa
forma os acordos com os partidos ficam definidos e sem direito a
surpresas. Contudo, não demorou muito para a ministra voltar para casa
com mais um problema a ser solucionado.
A afirmação da chefe da Secretaria de Relações Institucionais da
Presidência de que Dilma está vivendo um momento de tranquilidade e bom
humor é conversa fiada, parte integrante de um plano de marketing para
melhorar a imagem da presidente. Quem conhece a neopetista sabe que nem
de longe o seu comportamento cotidiano é dos mais diplomáticos. Há
relatos, não confirmados, nos corredores do Palácio do Planalto de
rompantes de fúria quase constantes da presidente da República.
Há dias, uma amiga de longa data da presidente, dos tempos em que a
neopetista ainda não era autoridade, revelou durante conversa reservada
na capital gaúcha que Dilma sempre foi mimada e acostumada a fazer o que
sempre quis. E que por conta disso até hoje não suporta ser
contrariada. Disse a amiga que se alguém ousar contrariá-la ou deixar de
fazer o que ela deseja, Dilma transforma-se em uma bomba furiosa, sem
possibilidade de se prever as consequências.
Resumindo, a “Dilminha Paz e Amor”, revelada pela ministra Ideli
Salvatti, durou algumas poucas horas, até a Câmara impor uma acachapante
derrota ao governo do PT.
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