O PANORAMA VISTO DA SERRA

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O DICIONÁRIO INFORMA QUE É LEWANDOWSKI QUEM DEVE PEDIR DESCULPAS PELA CHICANA

Muito bem lembrado agora por Augusto Nunes e que me fez lembrar também e muito bem o termo muito usado em Arquitetura para significar justamente isso: voltas desnecessárias para se chegar a um mesmo objetivo em termos de tempo/espaço = chicana, não igual mas muito parecido com o termo usado juridicamente e portanto nada tendo a ver com o termo chulo imaginado por todos aqueles que ouviram a interlocução entre os dois ministros!
Mas vocês puderam muito ver com isso o que faz a diferença entre o inteligente e o esperto. Lewandowski foi apenas o mais esperto quando se vez de vítima, estupefaciando-se com a classificação feita pelo Presidente, da sua atuação, aproveitando-se do som produzido quando a vernácula estava correta!
j.a.mellow 
Augusto nunes do Direto ao Ponto
A
Ricardo Lewandowski:  “Presidente, nós estamos com pressa do quê? Nós queremos fazer justiça”.
Joaquim Barbosa: “Nós queremos fazer nosso trabalho. Não chicana, ministro”.
Ricardo Lewandowski: “Vossa Excelência está dizendo que estou fazendo chicana? Eu peço que Vossa Excelência se retrate imediatamente”.
Joaquim Barbosa: “Não vou me retratar, ministro”.
Nem há motivos para retratações, informa o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa editado pela Academia Brasileira de Letras. No verbete reservado ao substantivo feminino que, nesta quinta-feira, azedou de vez a discussão entre os dois ministros e provocou o abrupto encerramento da sessão do Supremo Tribunal Federal, chicana aparece com duas acepções: 1. Sutilezas capciosas da interpretação da lei nos processos judiciários. 2: Tramoia, trapaça, sofisma, ardil.
Para dispensar-se de desculpas, basta a Joaquim Barbosa avisar que usou a primeira acepção: desde o início do processo, Lewandowski não tem feito outra coisa além de valer-se de filigranas legais para interpretar a lei em favor dos réus. Para insistir na retratação, ele teria de invocar a segunda acepção. Nessa hipótese, correria o risco de ouvir de volta que quem interpreta textos legais capciosamente acaba percorrendo trilhas desmatadas por tramoias, trapaças, sofismas e ardis.
O revisor do mensalão  perdeu há muito tempo o direito de considerar intoleravelmente ofensiva a palavra usada por Joaquim Barbosa. Como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, ofensiva é a procissão de manobras destinados a adiar para o próximo ano, ou para o próximo século, o desfecho do processo aberto em agosto de 2007. Intolerável é ver um juiz do STF no papel de advogado de defesa em combate permanente pela revogação do castigo merecidamente imposto aos culpados.
Lewandowski não pode exigir retratação de ninguém. É ele quem deveria desculpar-se com os milhões de brasileiros que só exigem justiça.

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