O PANORAMA VISTO DA SERRA

domingo, 25 de agosto de 2013

OS E.U.A. TÊM QUE CONTINUAR EXISTINDO PARA QUE OS INCOMPETENTES O USEM COMO DESCULPA PARA OS SEUS FRACASSOS

Aliás, o nosso caro Veríssimo está careca de saber que é a lógica do Comunismo deixar que existam seus antagonistas para provocar nas pessoas comuns, não nele provavelmente, aquela coisa de militância intermitente, aquela necessidade de estar sempre combatendo um mal, ao invés de juntarem esforços para provocarem seu próprio desenvolvimento. 

Ele é inteligente, mas  o povo é burro!

j.a.mellow 

A HIPOCRISIA DE VERÍSSIMO

O simpático cronista gaúcho ataca novamente. Em sua coluna de hoje, “aprendemos” que tudo de ruim no Oriente Médio é culpa dos imperialistas americanos e britânicos.
Sério! Verissimo mais parece escritor de autoajuda para antiamericanos invejosos, em busca de canalizar todo o ódio de suas frustrações contra o sucesso dos ianques.

Nenhuma palavra do autor sobre a “democracia” da Irmandade Muçulmana, que queria impor a sharia aos demais. Democracia não pode ser apenas uma ditadura da maioria dos eleitores. É muito mais que isso! Mas não vem ao caso.
Verissimo resume tudo ao seguinte: os americanos apóiam a democracia, desde que seu resultado seja o desejável.

Não é bem isso. A democracia deve ser apoiada desde que seja democracia de fato, não um engodo para uma ditadura islâmica com verniz democrático! Ele diz:

Essa meleca — e a meleca maior que é toda a situação no Oriente Médio, incluindo a questão Israel/palestinos — é fruto de muitos anos de hipocrisia, começando com a hipocrisia das potências imperialistas, que pilharam meio mundo disfarçadas de evangelizadoras e civilizadoras, e, no caso do Oriente Médio, chegaram a impor fronteiras e inventar países. 

Países foram “inventados” aos montes por decisões arbitrárias dos “imperialistas”. A Austrália é um bom exemplo. Por que será que não vive um caos como ocorre no Oriente Médio? Verissimo não vai responder. E por falar em hipocrisia:

Mas tanto os países artificiais quanto os históricos, como o Egito, tiveram culpa pela sua desgraça atual. Nos anos 60 e 70 ensaiou-se a criação de uma nova ordem econômica mundial, independente da ordem sacramentada pelo neoimperialismo anglo-americano. Os dólares do petróleo financiariam essa tentativa de emancipação dos pobres. Mas não aproveitaram a abertura. Os emires apoiavam a ideia da revolta em tese, mas continuaram aplicando seus lucros no sistema bancário dominante. E o neoimperialismo, enquanto exaltava a democracia liberal, se encarregava de impedir qualquer alternativa para o seu domínio.

Que alternativa fantástica era essa? O comunismo? A ordem econômica mundial, “sacramentada pelo neoimperialismo anglo-americano”, foi aquela que permitiu centenas de milhões de pessoas saírem da miséria na Ásia? Não fica claro que modelo Verissimo defende como opção, mas sabendo que ele é admirador até do regime cubano, podemos ter uma ideia.

Mas vejam que coisa: os pobres não deixaram de ser pobres, apesar dos petrodólares (que entravam nos países graças ao  ”neoimperialismo” anglo-americano), por culpa do próprio “neoimperialismo”. Como são malvados os americanos! Não deixaram o Oriente Médio florescer, pois preferem negociar com ditaduras instáveis, sabe?

Os americanos preferem fazer negócios com um ditador em vez de negociar com uma democracia liberal e próspera, sem dúvida! Não faz sentido? O que é melhor para os americanos: negociar com a Nova Zelândia e a Coreia do Sul, ou com a Síria e o Irã?

Quem diria que toda a história recente do mundo caberia numa letra de bolero?
Quem diria que toda a história recente das crônicas de Verissimo caberia numa letra de bolero?

PS: Não esperem da esquerda caviar revolta, artigos, protestos ou campanhas contra isso aqui. Irmandade Muçulmana perseguindo, matando e aterrorizando minorias cristãs? Isso não interessa, não vende bem, não dá para culpar os imperialistas americanos, o capitalismo, nada disso.
A esquerda só entra em campo quando é para defender o que há de pior, e para atacar o que há de melhor.

25 de agosto de 2013
Rodrigo Constantino

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