O PANORAMA VISTO DA SERRA

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

REFORMA DEIXA CASA ANTIGA ILUMINADA E MODERNA EM LONDRES

O exemplo na reportagem abaixo é a que humildemente deveríamos ter seguido para não termos transformado nossas cidades nos monstrengos atuais. 
Mais abaixo, coloco a imagem de uma paisagem urbana típica dos anos 40 no bairro dos Barris em Salvador, em que as casas, uns chalézinhos formavam um conjunto arquitetônico bem interessante em que pesem a ausência de afastamentos laterais e recuos. 
Façam um teste numa visita hoje a este local para ver no que eles, digo Estado e populações em pânico pela ausência total de infraestrutura urbana, fizeram desse local!
j.a.mellow

Da Folha de São Paulo

STEVEN KURUTZ
DO "NEW YORK TIMES"
Daniel Harris e sua mulher, Gaynor, queriam uma casa com algo mais, em Londres. O preço não era obstáculo, já que Harris, 53, é presidente-executivo da companhia da família. Mas as primeiras buscas foram infrutíferas.
"A maioria dos lugares carecia de personalidade, aquele 'uau!', que leva uma pessoa a pensar que é ali que gostaria de morar", diz Harris. O casal viveu 20 anos em uma casa moderna em Radlett, uma aldeia próxima a Londres, onde criaram suas duas filhas. Com elas já adultas, eles desejavam voltar a viver na cidade, em um espaço menor.
Por fim, encontraram esse apelo indescritível na "Klippan House", uma imensa casa de tijolos vermelhos em Hampstead, que compraram três anos atrás por US$ 17 milhões -cerca de R$ 38 milhões. (Uau!).
A mansão foi construída na década de 1880 como residência familiar, com projeto de Ewan Christian, arquiteto que criou a National Portrait Gallery, em Londres. Com a "Klippan House", que fica diante do Hampstead Heath, um dos grandes parques de Londres, eles realizaram metade de seu objetivo.




MONUMENTAL
A despeito da aparência monumental e dos 880 metros quadrados da casa de quatro andares, o casal se apaixonou pelos detalhes arquitetônicos e pelo terreno. Segundo Harris, o jardim generoso dá um pouco da privacidade à qual tinham se acostumado no campo.
E com a ajuda do arquiteto Shariar Nasser (e mais US$ 4,5 milhões -aproximadamente R$ 10 milhões), a família fez uma extensa reforma. O espaço interno vitoriano e cheio de subdivisões foi transformado em uma área moderna, aberta e repleta de luz.
Os detalhes preservados ajudam a manter o senso de história. Os aparelhos e armários de cozinha ficam escondidos em uma unidade modular, mas os painéis de madeira que revestem o teto foram reaproveitados para criar mais calor.
O espaço favorito de Daniel Harris é a biblioteca, que incorpora a parede de tijolos externa original da casa a uma grande sala, com pisos de pedra e janelas posicionadas no teto que dão vista para as árvores vizinhas.
"Vindo de uma aldeia, eu queria algo que me fizesse sentir que não tenho vizinhos", diz Harris. "Como as janelas ficam voltadas para cima, há essa sensação de silêncio e isolamento."
A mobília de madeira em estilo campestre e as obras de arte impressionistas deram lugar a arte moderna, grandes sofás de couro e cadeiras coloridas da marca B&B Italia, que contrastam com os ambientes brancos.
Uma consequência de ter uma casa tão deslumbrante é os filhos não quererem sair de casa. O casal converteu o andar superior em um apartamento para uma das filhas, que está estudando medicina. A outra também continua vivendo com eles.
Harris aponta, com ironia, para a diferença entre filhos adolescentes e adultos: "Elas não ficam mais sentadas no chão do quarto. Agora, querem usar a biblioteca e a sala de cinema tanto quanto nós."
Tradução de PAULO MIGLIACCI.



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