Agora, voltarmos agora e com temas complexos como são reforma política e até quem sabe outras a se utilizar dos votos da ignorantalha que recebe esmolas do governo, é carta marcada, não dará outra!
Já bastam as eleições que sabemos como são e por que assim são!
Viu que quando todos eles falam em povo, e o Joaquim Barbosa falou em povo esclarecido, mas quem vota e faz a diferença nas eleições é sempre o não esclarecido?
Abaixo o artigo de Jorge Serrão no Alerta Total:
Dilma
da Silva em nada recuou do
golpe institucional de convocar um plebiscito sobre uma constituinte
que cuidaria da “reforma política”. A Presidenta Lula Rousseff até
avisou que
mandará ao Congresso uma proposta sobre o tema. A Presidenta quer até
que
algumas mudanças (não disse quais) possam valer já em 2014 – o que
denota um
claro e desesperado oportunismo.
Assim, os editores dos principais
jornais de hoje, que mancheteiam um eventual “recuo” da brizolista-petista,
endoidaram ou querem ser mais realistas que Dilma-Lula. Quem realmente cometeu
um recuo, por puro medo dos manifestantes nas ruas, foi a Câmara dos Deputados
ao derrubar a PEC 37 pela goleada de 430 votos. Agora, a discussão efetiva
sobre o poder de investigação pelo Ministério Público será decidida no Supremo
Tribunal Federal – onde o governo tem ampla maioria...
Ontem, Brasília foi palco de um
festival de demagogias. Dilma-Lula recebeu em seu gabinete o presidente do STF.
Joaquim Barbosa aproveitou para criticar o esquema de conchavos e propor a
criação de uma espécie de recall para políticos e autoridades que não fizerem
jus aos mandatos. Quem superou o popular Barbosa foi o presidente do Senado. O
impopular Renan Calheiros prometeu votar, em 15 dias, o uso do royalty do
petróleo para bancar o transporte gratuito de estudantes.
Tirando mais demagogias de
oportunidade, o golpismo petralha continua em pleno vigor. Assim que a poeira
baixar, eles insistirão na convocação de uma assembléia constituinte. Não
apenas para fazer reforma política, mas para referendar medidas de interesse
dos esquemas da governança do crime organizado.
Na tal reforma política, as duas
principais bandeiras do PT são o tal do financiamento público de campanha e a eleição
de parlamentares obedecendo a uma lista fechada que o partido indicará. Tudo
dentro do maior capimunismo tipo soviético. Pura democradura. Tese contrária à
defendida pelo Barbosa – que prega uma redução de poder dos partidos, mas que,
em essência, defende a tal democracia direta apregoada pela petralhada...
Releia o artigo: O Brasil é a Ditadura!
Quer que mude a Constituição?
Na entrevista após encontrar com
Dilma da Silva, Joaquim Barbosa deixou no ar uma abertura para uma possível
reforma constitucional.
Duas frases dele aos jornalistas
deram a impressão de que defende quase a mesma coisa que a petralhada:
“Não se faz reforma política
consistente no Brasil sem mudar a Constituição”,
“Está descartada reforma política
consistente com lei ordinária”.
Recall
No encontro com a Presidenta, o
presidente (do STF) não falou do tal recall, mas na entrevista ao deixar o
Palácio do Planalto, Barbosa explicou:
“Não falei para a presidente, mas
sou inteiramente favorável, acho que seria medida adequada à nossa realidade,
adotar a possibilidade do recall. O que é o recall? A pessoa é eleita,
claramente identificada como eleita, havendo a possibilidade de o mandato ser
revogado por quem a elegeu, ou seja, os próprios eleitores. Medida como essa
tem o efeito muito claro de criar uma identificação entre o eleito e
eleitorado, impor ao eleito responsabilidade para com quem o elegeu. (Isso)
falta ao sistema político brasileiro, especialmente na representação dos órgãos
legislativos”.
Curiosamente, Barbosa não falou
da possibilidade de recall para o Poder Judiciário – certamente porque os
magistrados têm o dom divino e supremo da infalibilidade...
Democracia direta
No papo com Dilma da Silva, Barbosa
propagandeou a chamada “democracia direta” – tão defendida pelo romantismo da
esquerda praticante do manipulador assembleísmo:
“Disse (à presidente) que há um
sentimento difuso na sociedade brasileira, e eu como cidadão penso assim, há
uma vontade do povo brasileiro, especialmente os mais esclarecidos, de diminuir
ou de mitigar, e não de suprimir, o peso da influência dos partidos sobre a
vida política do país e sobre os cidadãos. Essa me parece ser uma questão chave
em tudo o que vem ocorrendo no Brasil hoje. Eu sei muito bem que nenhuma
democracia vive sem partidos. Mas há formas de mitigar essa influência, de
introduzir pitadas de vontade popular, de consulta direta à população".
Já
que a moda é democracia direta, Barbosa perdeu a chance de defender,
por exemplo, o voto direto popular para a escolha dos ministros do
Supremo Tribunal Federal - hoje uma imperial indicação do Poder
Executivo interferindo, politicamente, no Poder Judiciário...
Direito dos avulsos
Barbosa pregou outro mecanismo
que atropelaria o poder dos partidos políticos no Brasil:
“Eu não falei para a presidente,
mas sou inteiramente favorável às candidaturas avulsas em diversos níveis de
eleição. Por que não? Já que a nossa democracia peca pela falta de
identificação entre eleito e eleitor, porque não permitir que o povo escolha
diretamente em quem votar? Por que essa mediação por partidos políticos sem
credibilidade? Isso contribuir para a robustez da democracia. A sociedade
brasileira está ansiosa por se ver livre, pelo menos parcialmente, desses
grilhões partidários que pesam sobre o seu ombro”.
Barbosa também se declarou “inteiramente
favorável ao voto distrital, seja o voto distrital puro, em um turno, seja o
voto distrital qualificado, ou seja, se faz um primeiro turno de votação e vão
para o segundo turno apenas candidatos em cada distrito que obtiveram um
percentual, digamos, de 10%, 15%”.
Fora de Presidência...
Barbosa só faltou jurar que não
pretende entrar para a vida política:
“Eu não tenho a menor vontade de
me lançar a presidente da República. Eu tenho quase 41 anos de vida publica.
Está chegando a hora, chega”.
Falando assim, com sinceridade,
Barbosa deve ter deixado a petralhada bem mais aliviada, já que o nome dele
desponta nas pesquisas de opinião como favorito ao trono do Palácio do Planalto
em 2014...
Caserna indiscreta
Um General quatro estrelas do EB,
em conversa informal com amigos, foi indagado sobre uma eventual aventura
presidencial de Barbosa.
O militar, sem meias palavras, prontamente
descartou a “alternativa”:
“Esse aí não! Esse aí não...”
O durão Barbosa, que desde o
julgamento do Mensalão conta com um reforço de segurança feito pela
inteligência do Exército, certamente ficaria magoado se ouvisse um General
falando assim...
Pelo visto, a visão militar não
coincide com a visão popular, como a da foto publicada pelo jornal francês Le
Monde, em reportagem sobre a onda de manifestações no Brasil...
Lenda do golpe militar
Circula, a milhão por hora, nos
e-mails e redes sociais, uma informação totalmente inverídica e absolutamente
louca:
“Um whistleblower brasileiro, que
ainda não se assumiu publicamente, vazou ao Wikileaks, organização
internacional que dá publicidade a documentos extraoficiais, um arquivo de
áudio que expõe a descoberta de uma conspiração militar reacionária de Direita
que visa tomar o poder no Brasil. O áudio, ainda sendo descriptografado pela
equipe de Julian Assange, detalha passo a passo a ação”.
De repente, o tal golpe anunciado
será a entrega da Medalha do Pacificador á guerrilheira e terrorista aposentada
Dilma da Silva, no próximo Dia do Soldado...
Feíssima a coisa...
Sabedoria popular
Os gaiatos da internet não
perdoam declarações polêmicas de figuras públicas e já lançam nas redes sociais
pesadas piadas imperdoáveis, como esta abaixo:
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista,
Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total:
www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública
e Assuntos Estratégicos.
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