PRÉDIOS PÚBLICOS VOLTAM A SER ALVO E PALCO DE PROTESTOS EM CAPITAIS

Tenham cuidado que isso de vandalismo pode ser o BICHO do Gilberto Carvalho que estar a pegar! Vamos botar a cara do bicho na tela!

Da folha de são paulo

Prédios públicos estaduais e municipais foram alvo e também palco dos principais protestos realizados nesta terça-feira (25) em vários pontos do país.
Em torno de 20 mil pessoas, ao todo, participaram de manifestações em nove capitais: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Aracaju (SE) Florianópolis (SC), Campo Grande (MS), Boa Vista (RR), São Luís (MA), Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG). Os atos foram, em maioria, pacíficos.
Houve vandalismo apenas em Aracaju, onde a fachada da prefeitura e um ônibus do sistema de transporte público foram depredados.
Cerca de 20 pessoas quebraram os vidros de uma guarita e derrubaram os portões do prédio principal no início da noite. Na parede, foi pichada a inscrição "bando de ladrões". Ninguém foi preso.
O grupo se desprendeu de uma manifestação que havia reunido à tarde cerca de 10 mil pessoas no centro da capital sergipana. Eles pediam, principalmente, a suspensão do aumento da passagem de ônibus. À noite, parte dos manifestantes quebraram os vidros de um ônibus e picharam a lataria.

Protesto em Niterói

Policiais entram em confronto com manifestantes em frente à Câmara Municipal de Niterói, no Rio de Janeiro

Em Boa Vista, um protesto acabou em confusão na Assembleia Legislativa de Roraima. Membros do movimento "Vem pra rua Roraima" e partidários do governador do Estado, José de Anchieta Junior (PSDB), trocaram empurrões nas galerias. Seguranças da assembleia e policiais tiveram de intervir.
Em Florianópolis, cerca 2.700 estudantes se reuniram à tarde, ao lado da prefeitura, para um protesto chamado de "bonde da redução", em referência ao pleito pela baixa na tarifa do transporte.
Um segundo grupo, de 300 pessoas permaneceu por cerca de 40 minutos em frente à residência oficial do governador, Raimundo Colombo (PSD), entoando gritos de protesto contra corrupção, gastos com a Copa e PEC 37 (que limita o poder de investigação do Ministério Público).
Em Campo Grande, cerca de cem pessoas entraram na Câmara Municipal para protestar pacificamente. Eles conseguiram agendar uma audiência pública para debater a mobilidade urbana.
Em Goiânia, 600 pessoas realizaram uma manifestação pacífica pela manhã contra a PEC 37. O grupo fez uma caminhada até em frente à sede do governo estadual entoando o hino nacional.
Em São Luís, houve marcha que bloqueou duas avenidas da capital maranhense por alguns minutos.

 

Manifestantes durante passeata no Campo Limpo; três protestos acontecem hoje, 27, na periferia de São Paulo, com as mesmas reivindicações, organizados por entidades como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e Periferia Ativa, com o apoio do Passe Livre e de partidos políticos de esquerda Leia mais

Já na capital paulista, um pequeno grupo de pessoas fechou parcialmente a avenida Paulista, uma das mais importantes, também em protesto contra a PEC 37. Mais cedo, a periferia da cidade teve outras manifestações com reivindicações relacionadas a transporte, moradia e saúde.
No Rio, um grupo de cerca de 2.000 pessoas, em sua maioria moradores da favela da Rocinha, em São Conrado (zona sul do Rio), fizeram uma passeata até o prédio do governador Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon. Em Niterói (RJ), porém, houve o maior ato do Estado, com 4.000 pessoas. Houve inclusive confusão.
BLOQUEIOS
Os bloqueios de rodovias, disseminados nesta segunda-feira (24), voltaram a ocorrer, mas em menor proporção.
Na Dutra, ocorreram três bloqueios em São Paulo e no Rio de Janeiro no início da noite desta terça-feira. Na Castello Branco, o bloqueio ocorreu no km 32, na Grande São Paulo, e durou cerca de 1 hora e 20 minutos. Já a Raposo Tavares, ficou fechada por cerca de 3 horas, mas também já estava liberada por volta das 21h50.
A rodovia Rio-Teresópolis (BR-116), também foi fechada na altura de Guapimirim, no dois sentidos, e já estava liberada por volta das 21h50. O tempo que durou a interdição, porém, não foi informado.
Em Goiás, cerca de 200 pessoas interditaram novamente pela manhã a BR-251, em Cristalina, onde duas mulheres morreram atropeladas na segunda-feira. Eles pedem a emancipação do distrito onde vivem.
Em Minas, um bloqueio no anel rodoviário, em Belo Horizonte, causou engarrafamentos superiores a dez km pela manhã e voltaram a ocorrer à noite em outros pontos da via. Houve bloqueio no entroncamento da BR-356 com a BR-040, também na capital, e em dois pontos da BR-381, na região metropolitana.
Nessa última, a interdição chegou a durar mais de 12 horas, no km 502, na região de Betim (MG).