O PANORAMA VISTO DA SERRA

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O ESTADO E A PROPRIEDADE PRIVADA

Excelente artigo de Lew Rockwell no IMB em que ele passeia por todas as questões do liberalismo e propriedade privada até à inserção cultural promovida pelos intelectuais que promovem a importância do Estado na vida das pessoas e vemos perfeitamente que a coisa se prende muito àquilo que as esquerdas chamam da acumulação primitiva como sendo um erro "que deverá ser corrigido" na visão deles e pregam como remédio o próprio mal que o causou. 
O link é

Mas quando vemos pela ótica dos liberais, isto não é mais do que um tremendo equívoco, pois o que conseguimos na melhor das hipóteses se defendessemos a tese do Estado forte é que trocariamos vários possuidores ou entregaríamos todas as conquistas a um só patrão que estaria assim representado pelo mandatário maior do Estado e demais asseclas, no controle de tudo. 
Pois seria impossível de se imaginar que um indivíduo que depois viria a se transformar num Monarca ou coisa parecida pudesse se apossar de tudo sozinho! 
Seria burro de nossa parte imaginarmos, que lá na origem, alguém se faria possuidor de um bem que não conseguisse abarcar com seus próprios braços. Simplesmente isso não ocorreu!

Ele teria sim, criado uma entidade superior em torno da sua figura, quase uma divindade, e aí, um exército de seguidores, o Estado em suma; e com todos os seus aparatos de segurança, conquistara os territórios. 
E para a sua sobrevivência, distribuira o poder por mais algumas pessoas de sua confiança. Porém, não muitas.

Voltando às origens podemos ainda ver aquele ou aqueles que primeiro se apossaram de determinados bens mas por terem colocado algo de sí junto, o trabalho, por exemplo. Aquilo da propriedade comunal do passado só teria sentido com o tipo de sociedade tribal daquela época, em que os humanos ainda não tinham idéia da sua real e eficiente utilização e que hoje não temos exemplo de sucesso de tal modêlo em nenhum local do mundo a não ser em ditaduras, pois dissocia-se completamente da forma de premiação da eficiencia e competencia e da própria essência da espécie humana.
 
O argumento das esquerdas trás sempre aquilo que ficou do passado, de que a propriedade que era quase que exclusivamente rural passou a servir de veiculo para exploração e escravidão de uns pelos outros. Mas esquecem-se, como me referí anteriormente, de que isso só veio acontecer pela interferência do Estado que assim as distribuiu para formarem os seus defensores. 

Seria como se agora quiséssemos que o erro voltasse para corrigir seu próprio erro. O Estado, agora, não distribuiria mais terras como fez no passado, mas outros tipos de propriedades modernas, porém sem nenhum critério de meritocracia, como podemos notar em todos os governos onde se propala a tal ditadura do proletariado.

Portanto não foi pela força individual que veio a criação de tamanha distorção. Seria justamente o que todos nós estaríamos condenando, e justamente por isso queremos deixar livre o homem, para livre empreender!

Não necessitaremos de um exemplo melhor disso no mundo moderno que a própria formação da Sociedade Americana, cuja validade maior é não haver até hoje no mundo algo possível de contradizê-la ou provar o contrário.

Em suma, a livre iniciativa é a única que pela pior das sua virtudes se assim podemos chamar, a da ambição, que leva o indivíduo procurando o lucro em função da promessa do mercado acabar por produzir cada vez mais, fazendo com que os preços caiam proporcionando a uma grande parcela dos outros indivíduos a posse dos bens por ele produzidos. 
j.a.mellow

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