O PANORAMA VISTO DA SERRA

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A ADOÇÃO DA DEMOCRACIA

Enquanto o povão não adotar realmente a democracia nada terá solução nesse País. Essa compreensão ainda não existe, o que deveria ser formada numa maioria de pessoas, e esse negócio de ficar o tempo inteiro e já de há muito a dizer que estamos sempre engatinhando nessas matérias não vai resolver nada. Senão, ficamos até como pessoas de nivel intelectual elevado a dizer besteiras a respeito de governados e governantes. Agora mesmo ví um óbvio besteirol dito por João Ubaldo Ribeiro, homem culto e inteligente mas que é claro, tem por isso obrigação de ser mais didático e menos agressivo com relação aos comportamentos normais de indole da espécie humana, que não é exclusividade de nenhum povo ou nação, ele é igual em todos e pois, então, não está aí o verdadeiro cerne do problema.
Devemos sim, bater sempre na tecla da necessidade do fortalecimento e da confiança nas instituições da democracia, pois são estas que fazem toda a diferença entre o poder e o estar a poder, entre o que é liberdade  individual e o ser possivel, entre a forma do desejo e o desenho da forma, pois foi esse desenho que lá atrás, quando homens de muitas luzes num determinado momento histórico emolduraram justamente tendo como parametros as nossas fraquezas, e que terão que ser permanentemente adaptadas, pois até hoje não foi descoberto um substitutivo à altura.
Sempre foi um pensamento presente em mim que, quanto mais tivermos em nosso imaginário a presença importante e necessária de figuras que nos represente, tão afastados estaremos de uma perfeição, que claro, não será alcançada dentro do processo democrático! E é claro também que não estaria eu a propor que acabassemos de vez com isso, mas deveriamos ter sempre em mente a sua dizimação ao longo dos tempos, uma certa utopia a perseguir.
Mas o que é a utopia senão algo a ser perseguido e nunca alcançado? Não estou fora do caminho, estou na trilha certa, só não posso nem tenho o direito de confundir os obstáculos como coisas que alguém os possa removê-los milagrosamente!
Não poderemos compreender o processo democrático tendo como idéia central aquilo de que alguém irá fazer algo por nós, mas sim, que nós mesmos criamos essas regras por termos consciencia das necessidades de que elas devam ser cumpridas, pois cada um de nós individualmente não cumpririamos se nos fosse dado esse poder!
Então, não é daí a grande preocupação dos regimes democráticos com as liberdades individuais? 
É talvez, e tenho quase certeza, a mais importante das instituições, pois ela existe para que não façamos a grande confusão e venhamos despencar para o totalitarismo e o coletivismo, como meio, como proposição.
O outro, será uma mais que possivel perfeição de separação entre os poderes, pois é onde reside toda a possibilidade de que tenhamos a quem recorrer quando direitos individuais e coletivos estejam em risco, além de que não seja permitido o tanto quanto possivel a confusão entre o público e o privado!
Infelizmente, é onde temos mais falhado e onde menos compreensão existe por parte do povo, da necessidade de mantermos sempre vivas essas instituições, de nada adiantando as mobilizações da sociedade civil organizada, se não se pautarem ou não tiverem uma perfeita consciencia disso.
Se o coletivismo, a distribuição perfeita dos meios e produtos dos meios por todos os homens um dia fôr alcançado na terra, certamente o caminho a seguir ainda terá que ser este, não outro, que ainda não conhecemos e não temos o direito de propor que os fins sejam alcançados antes dos meios, sem que seja muito bem provado e aprovado, o que não tem sido até agora.

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