O PANORAMA VISTO DA SERRA

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

SAUDADES DE QUALQUER HELENA!

A primeira vez que ouví essa música tinha eu uns 18 ou 19 anos e havia uma Helena lá na rua, um pouco mais velha com aquela sensualidade natural das mulheres um pouquinho mais velhas que nós nessa idade.
E eu vivia a ouvir a música e a imaginar a Helena e até a me enciumar se passava alguém para pegá-la de carro e sair e eu a imaguinar coisas...era um tempo bom!
A Helena não sei prá onde foi, mas sigo lembrando da outra Helena, de Lucio Alves e que depois foi cantada por Taiguara. O Lucio Alves foi aquele que já não tinha pegado a Tereza da praia com o Dick Farney em Copacabana no início da Bossa Nova e depois disse que acabou pegando a Helena, a dele lá...
Mas o importante de tudo isso agora não é mais a Helena, não é mais nada, é a forma que era usada para contar como se davam as tramas dos amores e o sexo naqueles tempos e se fosse agora como seria contada essa mesma história! Havia um romantismo no cantar o sexo! Hoje, a vulgaridade!
Claro que mudanças sempre haverão, mas não terão ou não já estão tendo um limite? Será que teremos mais o que inventar?
Hoje sinto saudades de qualquer Helena, não sei onde está, deve ser qualquer uma, não será necessariamente Helena, deve estar escondida num recondito do passado.
Mas se a Helena hoje ou outra mulher qualquer, fosse cantada por um breganejo ou pagodeiro ou um funckeiro ou outra merda dessas, como isto seria dito? Estou procurando um video...e certamente não seria a mulher dos meus sonhos nem de ninguém!
Estou achando vários, mas não um que represente mais ou menos a mesma história, e que hoje é utilizada como representativa de um gênero único de música, independente de se queiramos ou não chamá-la de brega! E acho que não vou encontrá-lo.
Ouçam a Helena Helena Helena com Lucio Alves e se achar depois mando a outra, que já estou conformado que não irei encontrar, pouco importa. O que importa mesmo agora é a incerteza se conseguiremos ainda fazer poesia com um tema assim tão banal e corriqueiro!


                                  


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