O PANORAMA VISTO DA SERRA

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A VIDA COMO ELA FOI, É E SERÁ!

Quando olho antigas publicações, jornais, revistas, escritos, fotografias e etc etc, de coisas que se passaram há gerações e em que não resta delas mais nenhuma testemunha viva, fico imaginando o quanto que estas pessoas andaram pelos mesmos locais que nós, fizeram coisas semelhantes, amaram-se, odiaram-se, mataram-se umas às outras, usamos hoje suas casas em algumas situações, possuimos ainda objetos que lhes pertenceram e no entanto nunca as conhecemos, nunca as vimos e elas nunca nem imaginaram que um dia existiriamos, e também quantas delas não seriam exatamente iguais a nós fisica e em comportamentos psiquicos!
É impressionante ver que a vida se repete!
Então a vida é a mesma, ela sempre existiu e existirá assim como a vemos agora!?
Há alguns anos atrás olhando um curral cheio de gado de origem indiana e foi aí que me despertou esse pensamento. É, o curral de bois. Estava eu a olhar o curral com todos aqueles bois, vacas e bezerros, todos branquinhos e imaginei que alguém poderia ter estado alí a olhá-los a 70 a 80 anos atrás e quem sabe lá mais no futuro alguém também venha a ter essa mesma sensação visual!
Olhando-os, eu agora e os demais observadores do passado e do futuro os olhariam tendo aquela mesma sensação: são iguais, perfeitamente iguais! Quem dirá que não serão os mesmos? Os mesmos, as mesmas configurações genéticas apenas com algumas combinações que de tanto combinarem passarão a serem as mesmas em "outros corpos"? Que outros corpos? Não são aqueles que nós estamos vendo naquele instante?
É a constatação de que a vida é uma só, não existe a morte tal como a gente imagina, ela é uma criação intelectual só nossa, enquanto durarem a nossa contemporâneidade e os nossos sentimentos perdurarem por um certo tempo como em uma osmogenese que o isolamento define como um campo que em hipótese alguma interfere diretamente nos demais.
Compreenderia seu bisavô a sua presença no interior do seu campo restrito lá em 1880, por exemplo? Ou acharia uma coisa perfeitamente normal, o confundiria com alguma pessoa do seu conhecimento que seria a sua cara? Você estaria nessa hora representando alguém daquele tempo, igualzinho, bastando que se despojasse de todo o conhecimento intelectual. Mesmo porque isso é uma invenção do contemporâneo, desenvolvido a partir de cultura adquirida em determinadas fases da evolução. Como seres humanos que somos, bastaria uma inserção de cultura semelhante para criarmos cérebros perfeitamente clonados de outros que já existiram ou que passarão a existir em tempos posteriores.
A vida biológica não se altera, salvo algumas mutações periódicas muito lentas do processo de evolução que não pretendo contestar aqui, mas no restante ela é a mesma, são as mesmas rezes do curral de gado que olhamos em três em momentos diferentes.
Não fica dificil imaginar aquela cena de de volta para o futuro, quando o filho se encontra em um determinado espaço-tempo, mais velho que aquele que seria seu pai. Claro que que fica fácil imaginar de uma forma simplória, mas ainda teremos que compreender muitas coisas!

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