do Ucho.Info
Silêncio obsequioso – O ser humano é mutante e vez por outra surpreende, mas compreender a petista Maria do Rosário Nunes,
ainda ministra da Secretaria de Direitos Humanos, tornou-se missão das
mais impossíveis. Radical na defesa de suas crenças ideológicas, Maria
do Rosário só sabe atacar e direcionar críticas a assuntos que lhe
interessam, assim como ao partido que arruinou o Brasil em uma década,
mas seus integrantes insistem em dizer que foi a maior de todas as
conquistas.
A Caixa Econômica Federal, instituição financeira do governo federal e
responsável pelo pagamento dos benefícios do Bolsa Família, cometeu um
grave erro que levou à boataria sobre o fim da esmola social que ajuda o
PT a manter seu curral eleitoral, mas horas depois da primeira notícia
sobre o tema a ministra Maria do Rosário não economizou palavras para
colocar a culpa nos partidos de oposição. Tiro no pé, pois semanas mais
tarde o presidente da Caixa, Jorge Hereda, foi obrigado a reconhecer a
falha da instituição. A Polícia Federal, por sua vez, escalada para
investigar o caso, demorou semanas para dar uma resposta pífia e
desconexa.
Que Maria do Rosário só sabe atacar os adversários políticos e está
empenhada na operação revanchista que recobre a Comissão da Verdade (até
agora foi da Meia Verdade) todos sabem, mas é estranho o silêncio da
ministra responsável pela Secretaria de Direitos Humanos em muitas
situações. Isso se repetiu nesta semana, quando 111 trabalhadores
nordestinos foram flagrados em situação análoga à escravidão no entorno
do Aeroporto de Guarulhos, onde trabalham nas obras de ampliação e
modernização que estão a cargo da empreiteira OAS. Mas há uma situação
ainda mais grave no caso da OAS, que deveria ter despertado a conhecida
ira da ministra: a do tráfico de trabalhadores.
Por certo Maria do Rosário, que é tão covarde quanto estridente, foi
devidamente orientada pelo núcleo duro do governo da companheira Dilma
Rousseff para que acionar o seu costumeiro e vergonhoso silêncio de
ocasião, porque empreiteiras são as grandes fontes de financiamento de
campanhas eleitorais. Considerando que para esconder as muitas mentiras
contadas por Dilma será preciso dinheiro de sobra, a ordem é poupar os
donos dos milhões de reais que cairão em breve no caixa da campanha
presidencial petista.
Em relação às vítimas do petista Eduardo Gaievski, acusado de estupro
de vulneráveis, a “companheira” Maria do Rosário demorou muito para
criticar o pedófilo que, a convite de Gleisi Hoffmann, trabalhava como
assessor especial na Casa Civil. Sua única manifestação sobre o caso
aconteceu por escrito e depois de muita pressão nas redes sociais, mas
com um evidente viés de contrariedade, até porque a “companheirada” é
adepta confessa do corporativismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário