Publicado no Ucho.Info
Triste
espetáculo – O Brasil foi palco de uma tragédia jurídica na tarde desta
quarta-feira, 11 de setembro, possivelmente muito maior do que atentado
às Torres Gêmeas, em Nova York, sem desdenhar em momento algum das
vidas que foram ceifadas no ataque patrocinado pela rede terrorista Al
Qaeda.
Na sessão do Supremo Tribunal Federal dedicada à análise da
admissibilidade de embargos infringentes na Ação Penal 470 (Mensalão do
PT), por enquanto quatro ministros votaram a favor da tese: Luís Roberto
Barroso, Teori Zavascki, Rosa Maria Weber e José Antonio Dias Toffoli.
Com o voto do ministro Ricardo Lewandowski, que não esconde sua
disposição de absolver os integrantes do núcleo político do Mensalão,
faltará apenas um parecer a favor da admissibilidade dos embargos
infringentes para que o banditismo político seja oficializado.
Contra a aceitação por parte do Supremo dos embargos infringentes
votaram, até então, os ministros Joaquim Barbosa e Luiz Fux. Com o voto
Durante a sessão, o ministro Fux proferiu uma aula magna de Direito
ao esmiuçar o seu voto, mostrando aos dissidentes que a Corte, defensora
una e inviolável da Constituição Federal, não pode estar dividida em
relação à interpretação da lei.
Já o ministro Dias Toffoli mostrou que a máxima instância do
Judiciário brasileiro transformou-se, nesse caso específico, em uma
disputa entre a turma que defende o bem e a que defende o mal. Pífio
como advogado e ainda pior como ministro, Dias Toffoli revelou aos
brasileiros, de forma inconteste, as razões que o fizeram ministro do
Supremo Tribunal Federal. Incompetente até mesmo para ser juiz de
primeiro grau, afinal foi reprovado em concurso para tal fim, Dias
Toffoli, com o sorriso entre os lábios desdenhou os colegas de Corte e
passou a ler a lei, como se seus pares desconhecessem a matéria.
No dia de hoje ficou claro que, com a atual composição, parte do STF
adota uma linha de julgamento dependendo do cliente. Pode parecer
ousadia nossa afirmação, mas essa é a leitura que se faz de um
julgamento em que a Carta Magna foi violentada do começo ao fim.
Distorceu-se a interpretação da balizas constitucionais apenas porque o
PT e o Palácio do Planalto determinaram que assim fosse.
O Brasil já vive em um regime de exceção e o primeiro capítulo do golpe foi consumado nesta tarde, provando que nós, do ucho.info,
estávamos certos quando em janeiro de 2003 o Brasil caminhava na
direção da cubanização. Diz a lenda que a esperança é a última que
morre, mas para que isso ocorra é preciso uma reação imediata, nas
próximas horas da parcela de bem da sociedade.
Aceitar a chicana que alguns ministros estão adotando para livrar da
prisão políticos criminosos, que creem que a corrupção faz parte do
exercício do mandato, é concordar com o golpe que está em marcha. Se
nada for feito, muitos dos que lutaram contra essa horda de bandoleiros
terão de buscar alternativas, pois será impossível viver sob o manto da
impunidade que dá guarida a um governo totalitarista no comando do País.
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