Já começaram os pedidos para abrir caminho a uma bolivarização do Brasil.
Em todas as vezes que esses “movimentos sociais” foram ouvidos, só
surgiram aberrações como o controle da imprensa e limitações as
liberdades de expressão e pensamento. Será mesmo que queremos mais um
PNDH patrocinado por loucos totalitários?
Segue a nota da Plataforma:
O plebiscito precisa ir além de questões eleitorais.
Recebemos com
cautela a mensagem encaminhada ao Congresso Nacional pela Presidenta
Dilma sobre o plebiscito da reforma política.
O povo tomou as
ruas para demonstrar o seu descontentamento com a forma que se faz
política no Brasil. As manifestações colocaram em xeque o nosso sistema
político que é todo centrado no poder da representação. Precisamos
deslocar o eixo do poder, portanto o plebiscito não pode ficar restrito a
questões eleitorais, conforme proposto pela Presidenta em sua mensagem
ao Congresso. Resumir o plebiscito a questões eleitorais é no mínimo
não entender o que esta sendo questionado nas ruas.
Nós da
Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político
sempre defendemos a reforma do sistema político de forma mais ampla,
incluindo fortalecimento da democracia direta. Defendemos a necessidade
de ter equilíbrio entre o exercício do poder pela democracia
representativa e pela democracia direta.
O poder
absoluto à representação afasta o povo das decisões políticas criando
um enorme abismo entre a vida concreta da população e as decisões
políticas. O grande desafio de uma verdadeira reforma política é o de
aproximar a população das decisões políticas e não apenas “arrumar a
casa” da representação.
Reafirmamos
que, para nós que integramos a Plataforma, só faz sentido uma reforma
política que resgate a soberania popular através do fortalecimento dos
instrumentos da democracia direta. Queremos e defendemos que o povo
tenha o direito de participar diretamente das grandes decisões e não
apenas dos momentos eleitorais.
O poder é da
cidadania e não pode ser inteiramente delegado a representantes, tem
que ser exercido diretamente por cada um/a de nós também. Para isso
vamos mobilizar a sociedade para que sejam incluídas, outras questões
como, por exemplo, uma referente ao poder de convocação de plebiscitos e
referendos pela própria população e não apenas pelo Congresso (como é
hoje), outra que define os temas que só podem ser decididos pelos
instrumentos da democracia direta; e outra relativa a participação
paritária de homens e mulheres nos espaços de poder e representação
política
*A Plataforma
dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema político articula 39
redes da sociedade civil desde 2004. Estas redes congregam mais de 900
grupos/organizações em todo o Brasil. Este conjunto de movimentos
sociais e organizações reafirmam a sua convicção da necessidade da
radicalização da democracia, uma democracia onde todos/as se sintam
representadas e possuam todos os instrumentos para exercer o poder.
Brasília, 02 de julho de 2013.
PLATAFORMA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS PELA REFORMA DO SISTEMA POLÍTICO
30 de julho de 2013
Arthurius Maximus
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