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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

VINDA DE MÉDICOS PARA O BRASIL PREOCUPA URUGUAI

É só ele pedir pra Dona Dilma fazer o mesmo que ela fez com o Fidel, que com o troco ele contrata do estoque cubano que pelo visto não acaba nunca!

Para o presidente José Mujica, participação de uruguaios no programa Mais Médicos pode afetar o serviço de saúde do país

Dilma Rousseff cumprimenta o uruguaio José Mujica no início da cúpula do Mercosul em 12 de julho de 2013
Dilma Rousseff cumprimenta o uruguaio José Mujica no início da cúpula do Mercosul em 12 de julho de 2013 (Pablo Porciuncula/AFP)
O governo uruguaio está preocupado com o impacto do programa brasileiro Mais Médicos em seu serviço de saúde. Segundo o presidente José Mujica, ele teria até mesmo conversado com Dilma Rousseff sobre o problema, que não seria a política adotada pelo Brasil, mas "uma decisão individual dos médicos uruguaios". "Todo mundo quer mais dinheiro. Os senhores médicos vão com liberdade de trabalho porque (no Brasil) pagam melhor", disse Mujica.
De acordo com o jornal El Observador, Mujica pediu a Dilma que não faça uma campanha de recrutamento no Uruguai, preocupado com o impacto que a oferta financeira pode ter sobre os médicos uruguaios. O Brasil já recrutou 16 médicos uruguaios e, na segunda chamada, 20 uruguaios pediram adequação de seus títulos para se apresentar e migrar.

O vice-diretor de Assuntos Fronteiriços da Chancelaria, Javier Vidal, disse ao jornal que o Uruguai não queria "ser excluído" do programa, nem proibir a emigração de médicos. Mas tanto a Chancelaria como o Ministério de Saúde Pública (MSP) ficarão "atentos" à possibilidade de o Brasil realizar uma nova convocação de médicos estrangeiros. Eles farão ainda um "acompanhamento" de todos os profissionais que pedirem adequação de seus títulos para emigrar.
Na semana passada, a ministra de Saúde Pública do Uruguai, Susana Muñiz, reconheceu a preocupação e criticou os profissionais que dizem deixar o Uruguai "por 1.000 dólares a mais" do que recebem em seu país. O Colégio Médico do Uruguai, por sua vez, criou uma comissão formada por conselheiros regionais dos departamentos (estados) fronteiriços com o Brasil para analisar o impacto do programa nestas regiões.
Migração — O presidente do Colégio, Jorge Torres, disse à rádio El Espectador que o tema da migração médica para diferentes países vem se impondo com força nos últimos anos. "A migração preocupa muito porque há países muito poderosos que sabem que não poderão formar determinados números de médicos nos próximos anos. Todos têm a convicção de que vão contratar médicos em outros países. O tema agora se aprofundou e requer uma revisão", disse Torres.
O Sindicato Médico do Uruguai (SMU) ainda não adotou uma posição oficial sobre o tema, mas seu vice-presidente, Gerardo Eguren, disse ao El Observador que é preciso respeitar "a liberdade individual de cada médico". Ele considerou que para deter a emigração é "mais eficaz aumentar a remuneração e dar melhores oportunidades de trabalho" no país.
Brasil — Com um déficit de 54.000 médicos, o governo brasileiro lançou o programa Mais Médicos para preencher 15.000 novos postos. O governo brasileiro oferece a cada médico estrangeiro um salário de 10.000 reais mensais, por meio de uma "bolsa de formação".

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