O PANORAMA VISTO DA SERRA

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

BRASIL POLUI COMO PAÍS DESENVOLVIDO, DIZ PESQUISADOR DO IPCC

...e vive como qualquer país miserável. Basta ver nossas cidades, as suas paisagens arquiteturais urbanas para sentir isso.
Às vezes acho graça quando aparece algum imbecil montado em índices que ele nem mesmo conhece como são produzidos a repetir que "ainda temos 40% das pessoas que não são cobertas pelo saneamento básico. Temos isso sim, mas é 90%!
Oh! imbecíl, por acaso você nunca teve a oportunidade de estacionar seu carro em algumas ruas dessas nossas cidades e verificar que terá que saltar uma poça d'àgua encharcando seus pés nas sarjetas imundas? Isso também é saneamento básico, quando não pior, águas pluviais são "necessariamente misturadas ao esgoto para ajudá-las a transportar a céu aberto para os coletores mais próximos! Assim é feito o chamado saneamento básico na pocilga. O índice correto, se compararmos aos países desenvolvidos seria de 90% sem saneamento básico adequado. E tem mais por aí...que governos populistas só se encarregam das aparências, deixando o que é importante pra trás, empurrando o lixo pra debaixo do tapete!


do Ucho.Info
Sem freio – O desmatamento deixou de ser a principal causa de emissão de gases de efeito estufa no Brasil, que passou a ter como principal fonte de emissão a queima de combustível fóssil, poluindo “como um país desenvolvido”, segundo avaliação do pesquisador peruano José Marengo, representante latino-americano no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês). Ele é professor de pós-graduação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foi indicado pelo Brasil para o programa de monitoramento do clima.
De acordo com o pesquisador, o inventário de emissão de gases de efeito estufa de 2010, lançado em 2013 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mostra que houve a inversão do tipo de poluição predominante no Brasil em comparação ao relatório anterior, de 2004.
“Desde 2008, talvez um pouquinho antes, a taxa de desmatamento na Amazônia diminuiu bastante, mas a frota de veículos aumentou. A agricultura também tem melhorado um pouco, mas ainda contribui, principalmente [a cultura de arroz], para a emissão de metano, a mineração contribui, tem as termelétricas. O que basicamente coloca o Brasil como país poluidor tipo primeiro mundo é mais a queima de combustíveis fósseis, e aqui no Brasil são basicamente termelétricas, de qualquer tecnologia, e também a frota veicular”.
Para ele, apesar da diminuição no desmatamento, a situação ainda é preocupante. “Sempre criticamos os países desenvolvidos por isso [queima de combustível fóssil]. Obviamente, se nós tivéssemos um sistema de transporte massivo, confiável, confortável, as pessoas deixariam os carros em casa. Mas se vocês querem tomar o metrô em São Paulo, no Rio, em uma certa hora do dia, é uma humilhação. Se você vai de bicicleta, te atropelam. Então, isso tem que mudar, a única forma é favorecer o transporte público, decente, para que as pessoas deixem o carro em casa”.
Marengo lembra que o IPCC não trabalha com o tempo geológico, que estuda os grandes ciclos do planeta, e já provou que houve eras de aquecimento e resfriamento da Terra sem a interferência humana. As análises são de um período de 200 anos e mostram que as causas naturais do aquecimento são de longo prazo e levam a variações pequenas, enquanto a intervenção humana é de curto prazo e tem ação “superrápida”.
“A única forma [de evitar um aquecimento maior] é reduzir a emissão de gases de efeito estufa, diminuindo por exemplo a frota de veículos, [aumentar as] energias renováveis, solar, eólica, biomassa, redução no consumo de termelétricas, obviamente não podemos fechar, zerar a contribuição de gases de queima de combustíveis fósseis, o ideal é misturar um e colocar outras fontes, obviamente isso pode ter um custo elevado. Medidas de mitigação são caras”.
As projeções mais otimistas estimam que a temperatura média do planeta vai subir cerca de 1,5 grau Celsius (ºC) até 2100. No caso das emissões de gases do efeito estufa, o aumento pode chegar até a 4°C. (Agência Brasil)

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