por Jorge Serrão
Só
uma nação em decomposição moral, sem rumo político, destituída de Projeto de
Nação e cada vez mais sem soberania tem um governo com prazer mórbido de
comemorar a entrega, a partir de hoje, às 15h, de uma reserva estratégica de 12 bilhões
de barris de petróleo e outros bilhões metros cúbicos de gás – que um dia pode
fazer falta.
O capimunismo corrupto da petralhada marca
mais um gol contra o Brasil, com o leilão da complicada “partilha” do campo de
Libra, no pré-sal, que tem tudo para ser vencido pelos “chineses” (na verdade,
laranjas da Oligarquia Financeira Transnacional). Ninguém no mercado verá com
surpresa um triunfo das chinesas CNOOC e ou China National Petroleum.
A aposta maior é na CNOOC Intern. Ltd (chinesa sediada nas Ilhas Virgens
Britânicas). Mas, tanto faz quem ganhar... O Brasil é quem já perdeu...
Embora
Exxon e Chevron (dos EUA), BP e BG (do Reino Unido), não participem
diretamente da leiloagem de hoje no luxuoso Hotel Windsor, na Barra da
Tijuca
(RJ), junto com a anglo Holandesa Shell, devem ser as fornecedoras de
tecnologia para o provável esquema chinês que tem tudo para conquistar o
negócio – pela grande necessidade energética da China. E, melhor ainda, é
queimar o ouro negro brasileiro, para guardar a reserva
anglo-americana... Pouco antes do leilão, no teatro de costume, a Repsol
com a Sinopec desistiram do negócio...
A
negociata com o patrimônio energético do Brasil – que a Presidenta Dilma
Rousseff e demais petralhas amestrados têm o prazer de entregar – conta com aspectos
ironicamente hilários só proporcionados pelo nosso colonizado e corrupto modelo
capimunista tupiniquim. Dilma fez questão de escalar até seu odiado Exército
para cumprir a missão de garantir a segurança do evento entreguista – mais uma
leve avacalhada com o espírito patriótico das legiões.
Além
da piada com o EB, tem a ação capimunista sem a menor graça. Os vencedores da
negociata terão a parceria obrigatória e indesejada da Petrobrás (que já entra,
obrigatoriamente, com 30% de participação em cada poço de visconde do pré-sal).
Pior que a estatal de economia mista, que entrará com grana, aumentando sua
imensa dívida, é a recém criada PPSA. A estatal Pré-Sal Petróleo, sem nada
investir, vai controlar 50% do comitê operacional do consórcio vencedor de
Libra (o próprio nome, a moeda inglesa, já conota entreguismo).
O
resultado do leilão é mero teatrinho do João Minhoca. Quem vencer, não importa
quem seja, se associa automaticamente às gigantes do setor, por questões de
dependência tecnológica. Assim, são meramente para cumprir tabela, ou para
disfarçar o velho esquema do cartel, as participações de outras empresas, como
a Repsol (Espanha), Total (França), ONGC (Índia), Mitsui (Japão), Petronas
(Malásia), Petrogal (Portugal), Ecopetrol (Colômbia) e até da Petrobrás. No fim
das contas, Exxon e Chevron (dos EUA), BP e BG (do Reino Unido), junto
com a Shell, decidem a parada do negócio, por debaixo dos poços.
O
nome diz tudo?
Luis
Inácio Adams, Advogado Geral da União, zombou ontem que eram praticamente nulas
as chances de a Justiça conceder liminares contra o leilão de Libra com base na
questão da soberania...
O
Luis Inácio – com S – parece saber muito bem que a Justiça é frouxa no
assunto...
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