A ideia populista de armar um plebiscito foi sugerida por Dilma na semana passada como um dos pilares do seu pacto nacional
com governadores para aplacar a onda de protestos que tomou as ruas do
país - ainda que nenhum cartaz nas manifestações tenha reivindicado uma
reforma política. Na prática, trata-se de uma manobra do governo para
tirar o foco dos protestos e aprovar alterações no modelo eleitoral que
favoreçam os interesses do PT. O principal ponto é o financiamento
público de campanha, sonho antido do partido.
No
Congresso, o PT já trabalha em uma proposta pela qual financiadores de
campanha - pessoas físicas ou jurídicas - poderiam fazer doações para um
fundo, sem escolher destinatários. Depois, o bolo de recursos seria
repartido segundo a votação que os partidos obtivessem na eleição
anterior. Ou seja: se valer para as eleições de 2014, por exemplo, a
medida beneficia diretamente o PT, que elegeu a maior bancada de
deputados em 2010.
Resistência -
Na própria base governista, entretanto, é quase unânime a avaliação de
que o prazo é inviável. A resistência está na Câmara, já que a maioria
dos temas, como o sistema de voto em lista, distrital ou "distritão", ou
o fim das coligações proporcionais influenciaria diretamente as
eleições de deputados. "Plebiscito, nesta Casa, tem de ter um consenso
em torno de item, de subitem, da condução e da divulgação”, afirmou o
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). “Eu não sei se o
plebiscito vai avançar", completou o deputado, após anunciar um grupo
de trabalho para analisar o assunto no prazo de 90 dias.
No
Senado, o cenário é mais favorável para o Palácio do Planalto, que tem
no presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), seu principal aliado
para levar a proposta do plebiscito adiante. “É importante mobilizarmos
todas as forças para aprovar o projeto de decreto legislativo que cria o
plebiscito. Temos de compatibilizar o calendário para que isso fique
valendo para a próxima eleição”, disse.
O
presidente do Senado afirmou que mudará a tradicional agenda de votações
da Casa: as segundas e sextas-feiras, dias em que os parlamentares não
estão em Brasília, passarão a ser incorporadas na rotina de votações.
“Nos próximos quinze dias, vamos trabalhar sexta e segunda para
tentarmos resolver a nossa pauta sem que tenhamos que usar o recesso
[programado para começar no dia 17]. Mas, se não for possível, usaremos o
recesso." Leia MAIS
MEU COMENTÁRIO: Imaginem. Um dos maiores entusiastas da farsa bolivariana é o presidente do Senado, Renan Calheiros.
Em
todos os golpes que ocorreram na Venezuela, Bolívia e Equador, sempre
apareceram os oportunistas. Na Venezuela são denominados
'boliburgueses", ou seja, "burgueses bolivarianos'.
No
Brasil já há centenas desses crápulas, dentre eles empresários como
Odebrecht, Gerdau, Eike Batista e todos os banqueiros, dentre outros
endinheirados que vêem num regime comunista a possibilidade infinita de
promover negociatas bilionárias.
É que
nessas ditaduras bolivarianas, logo que são instaladas, a primeira coisa
que fazem é instituir a censura à imprensa, que aqui no Brasil os
golpistas do PT denominam de 'controle social da mídia'. Ao amordaçar a
imprensa, ninguém poderá mais controlar a corrupção. Foi isso que
aconteceu na Venezuela, no Equador e na Bolívia.
O que
se vê é que todo esse movimento de "indignados" é na verdade a massa de
manobra que o PT desejava para lograr o golpe de estado bolivariano.
Enquanto
isso, a Oposição se cala, traindo seu eleitorado de forma vergonhosa e
ajudando o PT a golpear as instituições democráticas.
Aliás,
como postei aqui no blog mais abaixo, o PT já tem inclusive toda a
campanha de marketing pronta para a tal "reforma política", que não
passa de um ardil para jogar a pá de cal sobre a democracia e as
liberdades civis.
Esta é a verdade absoluta do que está em curso.
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