Publicado no Coronel Leaks
O resultado de uma licitação do governo do Rio para recuperação das lagoas da
Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, zona oeste da cidade, teria sido conhecido
antes da conclusão do processo, segundo reportagem da revista "Época" que chegou
às bancas neste sábado (13).
O consórcio vencedor é formado pelas construtoras Queiroz Galvão, OAS e
Andrade Gutierrez. A revista, que diz ter sido informada previamente sobre o
desfecho do processo licitatório, publicou em 11 de junho um anúncio cifrado nos
classificados de um jornal fluminense, antecipando o resultado.
O texto dizia: "Vendo Empreendimento Lagoas da Barra, no Rio, com obras de
recuperação ambiental realizadas pelo consórcio vencedor Queiroz Galvão, Andrade
Gutierrez e OAS". As propostas foram entregues pelos concorrentes à Secretaria Estadual do
Ambiente somente em 14 de junho, acrescenta a reportagem. A obra está orçada em
R$ 673 milhões.A vitória do consórcio Complexo Lagunar, composto por Queiroz Galvão, Andrade
Gutierrez e OAS, foi anunciada em 17 de junho. Segundo a "Época", a oferta
vencedora era apenas 0,07% mais barata do que o valor máximo estipulado pelo
governo.
A Folha procurou as empresas do consórcio vencedor, a Odebrecht
(perdedora da concorrência nas Lagoas) e o governo do Rio, mas não obteve
retorno até as 12h45 deste sábado.
No mesmo período da licitação das Lagoas, segundo a "Época", a Odebrecht,
junto com a construtora Carioca Christiani-Nielsen, venceu outra licitação, de
R$ 600 milhões, para prevenção de enchentes no noroeste do Rio, obra que também
é ligada à Secretaria de Estado do Ambiente. Segundo a revista, auditores do TCU
teriam encontrado indícios de sobrepreço nesta obra.
OUTRO LADO
A Odebrecht esclarece que participou da licitação para a recuperação
ambiental das lagoas da Barra da Tijuca com proposta econômica compatível à
execução do projeto.
A empresa reforça que desconhece a informação de que o vencedor já teria sido
conhecido antes da conclusão do processo, conforme noticiado pela revista
"Época". A Odebrecht ressalta que não identificou razões para contestar o
resultado da licitação. (Folha Poder)
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