Que os Estados Unidos da América acompanham de perto o pré-sal é tema
por demais conhecido, desde que, nos idos de 2009, vazaram os telegramas
do Wikileaks. O Brasil, à época, prometeu um determinado marco
regulatório e, depois, mudou as regras no meio do jogo, o que contrariou
interesses americanos. A estratégia de postergar o projeto teria sido
comandada por Dilma Rousseff, que nem mesmo era pré-candidata, com apoio
de Marco Aurélio Garcia e Franklin Martins. Tanto é que o projeto
pré-sal, segundo declarou à imprensa a atual presidente da
Petrobras, Graça Foster, está dois anos atrasado.
Quem não lembra do escândalo do roubo de computadores e discos rígidos de contêiner da Petrobras, em 2008, contendo dados sigilosos sobre o pré-sal? De quem era o contêiner? Da gigante Halliburton, uma empresa que é praticamente gerenciada pelo Pentágono e que detinha, à época, um contrato de quatro anos com a Petrobras, no valor de U$ 270 milhões de dólares. O que previa o contrato? Realizar ensaios de pesquisas em reservatórios petrolíferos de altas pressões e temperaturas, condições semelhantes às da chamada camada pré-sal da bacia de Santos, na qual foram encontrados os campos gigantes de Tupi e Júpiter.
Espionem o que diz a Wikipédia ou teclem no Google "halliburton+espionagem":
Em 2008 a Associação dos Engenheiros da Petrobrás - AEPET - levantou suspeitas sobre a atuação da Halliburton dentro da ANP, com denúncia encaminhada ao Ministério Público Federal brasileiro. A empresa participaria da gerência das informações contidas no BDEP sem licitação, através de sua subsidiária no Brasil, Landmark Digital and Consulting Solutions. A AEPET também criticou o fato de um dos diretores da Agência, Nelson Narciso, ter sido diretor da Halliburton em Angola, gerando um possível conflito de interesses. Quando computadores contendo informações sigilosas foram roubados de um contêiner utilizado pela Petrobras, houve especulações de que a empresa também poderia estar envolvida. Ao fim das investigações a Polícia Federal concluiu que o roubo se tratou de um crime comum, descartando a hipótese de espionagem industrial. Nelson Narciso deixou a ANP em meados de 2010, quando seu mandato expirou.
Quem não lembra do escândalo do roubo de computadores e discos rígidos de contêiner da Petrobras, em 2008, contendo dados sigilosos sobre o pré-sal? De quem era o contêiner? Da gigante Halliburton, uma empresa que é praticamente gerenciada pelo Pentágono e que detinha, à época, um contrato de quatro anos com a Petrobras, no valor de U$ 270 milhões de dólares. O que previa o contrato? Realizar ensaios de pesquisas em reservatórios petrolíferos de altas pressões e temperaturas, condições semelhantes às da chamada camada pré-sal da bacia de Santos, na qual foram encontrados os campos gigantes de Tupi e Júpiter.
Espionem o que diz a Wikipédia ou teclem no Google "halliburton+espionagem":
Em 2008 a Associação dos Engenheiros da Petrobrás - AEPET - levantou suspeitas sobre a atuação da Halliburton dentro da ANP, com denúncia encaminhada ao Ministério Público Federal brasileiro. A empresa participaria da gerência das informações contidas no BDEP sem licitação, através de sua subsidiária no Brasil, Landmark Digital and Consulting Solutions. A AEPET também criticou o fato de um dos diretores da Agência, Nelson Narciso, ter sido diretor da Halliburton em Angola, gerando um possível conflito de interesses. Quando computadores contendo informações sigilosas foram roubados de um contêiner utilizado pela Petrobras, houve especulações de que a empresa também poderia estar envolvida. Ao fim das investigações a Polícia Federal concluiu que o roubo se tratou de um crime comum, descartando a hipótese de espionagem industrial. Nelson Narciso deixou a ANP em meados de 2010, quando seu mandato expirou.
Agora, às vésperas do leilão do campo de Libra, considerado o mais
promissor, surgem denúncias de espionagem dos americanos. E um
ex-diretor declara ao Fantástico que a informação privilegiada que só a
Petrobras tem sobre onde há menos ou mais petróleo daria significativa
vantagem a um competidor, que só iria "na certa". Sugere, assim, que é
esta informação que os americanos teriam buscado via espionagem.
O que não dá para entender sobre este papinho de informação
privilegiada é que a Petrobras, independente do consórcio vencedor,
participará do mesmo com 30%. E será a operadora. Faz
parte do marco. E mais: a estatal está indo atrás da chinesa Sinopec e
da norueguesa Statoil para montar um consórcio onde ela participaria com
40%, o que praticamente alijaria qualquer concorrente.
Enfim, existe muito mais do que uma matéria do Fantástico por detrás
desta história de espionagem, onde restos de apresentações de power
point perdidas na rede viram provas irrefutáveis contra um país amigo. E
o depoimento de um jornalista americano, casado com um brasileiro, que
trabalha para um jornal inglês de esquerda, vira expressão da verdade
absoluta. Vejam o conteúdo panfletário e o viés ideológico da declaração
do repórter ao Fantástico:
— Não é surpresa, já que a grande maioria da espionagem que o NSA
faz não tem nada a ver com terrorismo. Terrorismo é só a desculpa que
os Estados Unidos usam para fazer tudo que eles querem fazer. Eles usam
essa sistema para fazer espionagem contra inocentes, governos aliados, e
muitas empresas grandes.
Ao que parece, a real intenção do governo brasileiro é afastar os
americanos do pré-sal, via mídia, por meio de factóides. Para construir
um discurso e criar mais uma bandeira para as eleições de 2014. Ainda
vamos ver Dilma afirmar, nos palanques, que nós mantivemos a nossa
soberania e que vamos explorar o pré-sal sem eles, já que também somos
uma grande potência. E não se duvide de que estas matérias no Fantástico
não sejam simplesmente peças de um bem elaborado merchandising estatal.
A Globo, depois que rasgou a sua história e declarou que o seu negócio é
negócio, não jornalismo, é capaz de tudo, assim como a turma do PT que
transformou a Petrobras nesta grande caixa preta, impenetrável até mesmo
para espiões americanos.
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