O PANORAMA VISTO DA SERRA

domingo, 6 de outubro de 2013

APÓS COLIGAÇÃO, PT JÁ ADMITE HIPÓTESE DE HAVER SEGUNDO TURNO

Como podemos imaginar estar vivendo em um país que só porque a opção de merda com coisa nenhuma pode definir ou deixar de definir alguma coisa?
Eu não acreditaria, a não ser que estivesse sonhando!
Quem é esse povo, que não me reconheço entre ele, e onde estará aquele outro que por mais que se esforce não consegue romper a barreira imensa que existe entre a realidade e o possível.
A esperança está perdida, pois todas as intenções de voto que existiram na candidatura Marina Silva, se eram de repulsa ao governo existente, hoje já significam uma capitalização disso aí, infelizmente.  
j.a.mellow


Gustavo Uribe em O Globo
Aécio Neves, pré-candidato do PSDB, diz aprovar decisão de Marina


BRASÍLIA e SÃO PAULO — Para os dirigentes do PT, o acordo entre a ex-senadora Marina Silva e o governador Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à presidência, tem o potencial de criar um fenômeno eleitoral para a disputa de 2014, o que pode, inclusive, levar a sucessão presidencial para o segundo turno. Eles consideram, contudo, que o principal prejudicado com o acordo não é a presidente Dilma, mas sim o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, que terá mais dificuldade de garantir espaço no segundo turno.
O líder do PT na Câmara, José Nobre Guimarães, criticou o acordo entre Marina e Campos. Ele considerou que o principal prejudicado com o acordo é o PSDB e avaliou que faltou critério na opção de Marina.
— Eu acho muito difícil ela aceitar ser vice do Eduardo Campos pelo que ela fez, pelo que ela diz e pelo que a conjuntura apresenta. E quem está muito preocupado com isso é o PSDB — afirmou o petista. — É igual a misturar óleo com água. Faltou critério nisso, é uma aliança que não tem liga.
Também nas redes sociais, os aliados da presidente Dilma, não pouparam críticas à aliança. O vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), usou o Twitter para criticar o acordo. “Vamos ver se o eleitorado não percebe o cheiro de oportunismo”, escreveu.
Para o deputado, a união dos dois adversários da presidente Dilma teve a “influência da Natura e do Itaú para tentar nos derrotar”.
O ex-presidente do PT José Eduardo Dutra disse no Twitter que a filiação de Marina ao PSB foi uma “grande jogada de Eduardo Campos”, mas uma “pixotada da Marina”.
Apesar das avaliações, a cúpula do PT ainda acredita, assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o governador de Pernambuco ainda pode desistir da disputa presidencial, embora reconheça que a coligação anunciada neste sábado tenha diminuído bastante as chances de isso ocorrer.
— Marina Silva está desdizendo e desfazendo o que ela dizia. Ela criou uma organização porque achava que havia a necessidade de uma alternativa diferente dos partidos atuais. Ao entrar no PSB, está negando o que falou até agora — destacou o deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP), um dos fundadores do PT, para quem o enlace PSB-Rede “vai tirar votos de Aécio Neves”.
O secretário nacional do PT, Paulo Teixeira, afirmou, por usa vez, que espera que a aliança Campos-Marina possa contribuir para elevar o debate eleitoral e para apresentar soluções para os problemas enfrentados hoje no país.
Já o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), candidato a presidente, se disse surpreso com o anúncio da aliança entre Campos e Marina .
— Papo reto? Nem eu nem ninguém esperava essa reviravolta — disse ao GLOBO de Nova York, onde participa de um seminário com investidores estrangeiros.
Oposição deve se unir, diz Aécio
Aécio disse estar “gostando do jogo” e que, apesar de achar que o PSDB tem as melhores propostas e melhores palanques, tem que torcer para fortalecer a oposição.
— Acho a novidade extremamente positiva. Quem comemorou a derrota da não criação da Rede é que tem que se preocupar. Cada vez mais as oposições colocam como objetivo maior se unir para encerrar o ciclo perverso do PT no governo. Nós nos aproximamos nesse propósito do antagonismo a esse modelo que está aí — comentou.
O PSDB divulgou nota para dizer que a aliança “é também uma reposta às ações autoritárias do PT, especialmente aos membros do partido que chegaram a comemorar antecipadamente a exclusão da ex-senadora do quadro eleitoral do próximo ano, com a impossibilidade de criação da Rede”.
No PSDB, a avaliação é que, com a nova chapa, os quase 20 milhões de votos do capital eleitoral de Marina ficam na oposição e não vão se dividir, como aconteceu em 2010, no segundo turno das eleições presidenciais, quando seus votos foram para Dilma Rousseff e José Serra.
— Marina não sair candidata e os votos de Marina migrarem para Dilma seria o pior dos mundos — disse um tucano próximo a Aécio. — Na avaliação do próprio Aécio, com essa coligação, os votos ficam do lado de cá (com a oposição).
Outra avaliação é que, frustrado, o presidente do PPS, Roberto Freire, poderá voltar a se aproximar do PSDB, com quem tem coligações em vários estados, para a eleição proporcional. Aécio vai procurar Freire assim que retornar ao Brasil. Os tucanos consideram que, num primeiro momento, Campos vai faturar com a aliança com Marina, mas a médio prazo, será muito pressionado se não crescer nas pesquisas de intenção de votos e Marina continuar num patamar muito alto. Neste caso, avaliam, as cobranças serão fortes para que Marina seja a candidata.
O senador Cássio Cunha Lima (PB), presidente em exercício do PSDB, também celebrou a ida de Marina Silva para o PSB. Cunha Lima disse que a movimentação reforça a oposição:
— Temos a preocupação de ter projetos alternativos nas oposições, e a Marina contribui para que isso aconteça. Nós do PSDB celebramos esta decisão. Isso contribui para o debate democrático de ideia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário