Entre os dias 24 e 26 de maio, a
Câmara de Vereadores de Porto Alegre-RS serviu de palco para mais uma
manifestação pró-FARC no “Foro pela paz na Colômbia”, promovido pela
“Marcha Patriótica-Capítulo Brasil”, uma ONG das FARC que realiza o
trabalho de massas. Enquanto isso, no mesmo período o presidente
colombiano Juan Manuel Santos reunia-se na cidade de Cali com os
presidentes do México, Peru e Chile, no encontro da “Aliança do
Pacífico”, mais um desses organismos inúteis que só servem para seus
membros fazerem turismo às custas do contribuinte, e estabelecer
projetos que jamais serão cumpridos e menos ainda cobrados por quem quer
que seja.
No evento em Cali houve festa e
apresentações culturais, nos quais o irresponsável presidente ria,
dançava e festejava, enquanto nesse mesmo dia - e em dias anteriores -
as FARC, que estão em “negociações de paz” com o governo colombiano em
Havana, assassinavam 10 soldados e o ELN, que pretende participar desta
farsa, assassinava 13 policiais.
Há tempo eu tenho conhecimento de
membros das FARC no Brasil, inclusive com status de “exilados”, como é o
caso de Francisco Cadena Collazos, cognome “Oliverio Medina”, mas com
esse evento em Porto Alegre tomei conhecimento de que há mais um exilado
e é evidente que se trata de um membro das FARC. Pesquisando, encontrei
que Mauricio Avilez, de 30 anos, refugiado há seis anos e vivendo há
quatro no Brasil, diz que foi “preso e torturado em seus país”.
O guerrilheiro Avilez, da Comunidade de Paz do padre Giraldo, acusado de planejar o assassinato do presidente Álvaro Uribe Vélez. Aqui junto a uma “mãe da Praça de Maio” (Foto do Foro de Sao Paulo) |
Ocorre que este elemento foi preso
em 10 de junho de 2004, em Barranquilla, junto com mais 9 elementos das
FARC pela tentativa de assassinato do então candidato presidencial
Álvaro Uribe Vélez. Avilez pertencia à organização comunista “Comissão
Eclesial de Paz” (formada por adeptos da teologia da libertação), e foi
defendido pela banca de advogados “José Alvear Restrepo”, a mesma que
denunciou o Coronel Plazas Vega e tantos outros militares inoncentes,
cujos advogados são conhecidos por serem “ex” terroristas aos quais
defendem com testemunhas e testemunhos falsos. Se Avilez não pertencesse
às FARC não estaria hoje como “porta-voz” da sucursal brasileira da
“Marcha Patriótica” e da “Agenda Colômbia-Brasil”, uma vez que esta ONG,
que pertence oficialmente ao Foro de São Paulo, foi criada e é mantida
pelas FARC, fato há tempo denunciado pelas Forças Militares da Colômbia.
No começo do mês de abril o Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo reuniu-se em Bogotá em reunião extraordinária,
para estabelecer metas para o Encontro anual e atividades paralelas
visando a, sobretudo, apoiar a farsa mantida entre o Governo Santos e as
FARC em Havana. No dia 9 de abril houve uma passeata em apoio a estas
conversações, cujo organizador foi a “Marcha Patriótica”. Já ocorreram
eventos similares na Argentina e Uruguai, e agora ocorreu no Brasil. No próximo encontro,
que será entre os dias 31 de julho e 4 de agosto em São Paulo, os
brasileiros verão dentre seus participantes membros das FARC que agora,
mediante essas “negociações de paz”, já não têm motivos para negar que
são fundadores da criminosa organização criada por Lula e Fidel Castro, e
que nunca deixaram de pertencer como membros efetivos com direito a voz
e voto. Também não será mais possível ao governo brasileiro negar que
conspira contra as liberdades e democracia no continente, sobretudo na
Colômbia e Venezuela, e que apóia terroristas recebendo-os no país como
pessoas de bem, como o terrorista das FARC Mauricio Avilez, que preside
foros em território nacional com a conivência dos vereadores gaúchos.
Na tarde do dia 25 estava
programada uma vídeo-conferência entre os participantes do evento e os
“negociadores da paz em Havana”. Entretanto, os “negociadores” ouvidos
foram apenas os das FARC, evidenciando que não há interesse real na paz
da Colômbia, e sim respaldar e fortalecer politicamente o bando
terrorista.
Nos vídeos abaixo pode-se ouvir as
mesmas mentiras velhas e carcomidas de que essa guerra insana é por
culpa da “oligarquia”, de “problemas sociais” e que eles são as grandes e
injustiçadas vítimas. O que os representantes da mesa de negociações
por parte do Governo pensam ou tinham a dizer, não importa, niguém sabe
ou lhes deu o direito à palavra.
Saludo del camarada Rodrigo Granda de las FARC
Saludo del camarada Nicolás Rodríguez Bautista del ELN
Pode-se ler o documento final desse encontro,
onde as palavras mais usadas são “amor” e “paz”, “igualdade” e “justiça
social”, palavras completamente vazias de sentido quando se as
pronuncia ao mesmo tempo que bombas e minas terrestres explodem pessoas
inocentes, e soldados são assassinados com tamanha selvageria que ficam
quase irreconhecíveis. Também é importante notar que esse encontro
contou com a presença de uma deputada do Euskal Erría, o partido
político do bando terrorista ETA basco e que essa paz alucinógena teve,
como não podia faltar, defensores de um Estado palestino.
O discurso versou sobre os mesmos
temas repetidos por Santos à exaustão, de rotular de “inimigos da paz”
àqueles que se opõem a esse circo macabro disfarçado de “mesa de
negociações”, dos delírios em afirmar que o “imperialismo estadunidense”
é quem comanda as reações militares porque quer “roubar” os recursos
naturais do continente e para isso pedem o fim do “militarismo”, um dos
pontos-chave defendidos pelas FARC para finalmente assinar o acordo de
paz. E as ações seguem durante o ano inteiro num foro permanente, como
forma de pressão aos seus desejos de transformar o continente
Sul-Americano em uma republiqueta comunista, comandada desde Havana
pelos decrépitos ditadores Castro.
O mundo inteiro ficou chocado e
estarrecido com o assassinato brutal de um soldado inglês por um
psicopata muçulmano na semana passada. Uno-me à repulsa mundial e
lamento a morte deste jovem soldado. Entretanto, na mesma semana 23
jovens soldados colombianos, alguns ainda imberbes, foram igualmente
assassinados pelas FARC e o ELN com requintes de crueldade, e não se
ouviu uma palavra - ao menos informando o fato - da mídia brasileira.
Como dar a notícia a essas famílias? Como dizer que seus filhos, irmãos,
pais tiveram suas cabeças perfuradas por um projétil que lhes arrancou
metade do crânio? Como perdoar monstros que praticam essas barbaridades
em nome de uma paz utópica e mentirosa, e depois vê-los sentados no
Parlamento legislando, criando leis para que suas vítimas as cumpram?
A mídia brasileira não deu um pio
acerca deste famigerado encontro em Porto Alegre que, enquanto os
guerrilheiros assassinavam soldados e policiais que cumpriam com o seu
dever de defender a pátria, uma horda de comunistas insanos aplaudia e
incentivava as FARC a continuar ensangüentando o país com suas ações
terroristas, enquanto eles cinicamente falavam de “paz” num vídeo
gravado sabendo que mentiam descaradamente pois o que desejam é a tomada
do poder absoluto. Quando uma mídia chega a esse ponto de
insensibilidade e conivência, já não é mais digna de merecer o respeito
como “fonte de informação” e sim o escárnio e o repúdio como convém aos
cúmplices de tanta desgraça.
Artigo escrito com exclusividade para o Jornal Inconfidência de Minas Gerais, versão ampliada.
Comentário: G. Salgueiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário