O PANORAMA VISTO DA SERRA

domingo, 14 de julho de 2013

GOVERNO DE DILMA NÃO APOSTOU SOZINHO EM EIKE, DIZ PRESEIDENTE DO BNDES

Então eu, na minha "santa ignorância" teria tido uma previsão melhor e já posso me considerar a partir de agora como o melhor consultor do Brasil nesses assuntos. Por que ela não veio a mim? Ah, sim! eu ainda não era conhecido. Da próxima vez, não se esqueçam, por que vejo que no Brasil existem poucos ou nenhum!
j.a.mellow
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VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA
RAQUEL LANDIM
DE SÃO PAULO
Presidente do BNDES, Luciano Coutinho diz que a aposta do governo Dilma Rousseff em Eike Batista foi "uma expectativa compartilhada por todo o mercado".
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BNDES oculta reuniões de Coutinho com empresários
À frente do banco que emprestou R$ 10,4 bilhões ao empresário, Coutinho afirmou à Folha que a exposição do banco a Eike é "baixíssima" e se concentra nas empresas com ativos para equacionar financeiramente o grupo: "Quem estiver apostando no caos vai se frustrar".

Eduardo Knapp/Folhapress
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, dá entrevista em São Paulo
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, dá entrevista em São Paulo

Folha - Duas apostas do BNDES --Marfrig e grupo EBX-- estão com problemas graves. Houve equívoco nas escolhas?
Luciano Coutinho - Não posso falar de casos específicos, mas são companhias que têm ativos altamente atraentes. Tiveram problemas de gestão ou de endividamento, que naturalmente se resolvem. Não é um insucesso.
O banco divulgou que aprovou empréstimos de R$ 10,4 bilhões para Eike Batista. No pior cenário, qual o prejuízo?
Baixíssimo. Tanto do BNDES como dos bancos privados. A exposição está concentrada nos ativos de alta qualidade do grupo, principalmente na MPX, que já mudou de controlador e hoje é uma empresa sob liderança alemã. Outro ativo de maior exposição dos bancos é a MMX, que também é cobiçada publicamente. A exposição direta do BNDES ao grupo é pequena.
O governo Dilma apostou em Eike. Foi uma aposta errada?
Foi uma expectativa compartilhada por todo o mercado privado em um conjunto de projetos --a maioria, meritórios e consistentes. Houve um negócio específico que foi frustrante, e essa frustração provocou uma crise profunda de credibilidade em relação ao investidor. Mas o conjunto de ativos gerados é suficiente para equacionar financeiramente e patrimonialmente o grupo e propiciar uma saída organizada. Quem estiver apostando no caos vai se frustrar.
Os empresários estão preocupados com o ritmo da economia, sinalizando risco de redução de investimento. Esse pessimismo vem de onde?
Estamos vivendo um momento de mudança, com a perspectiva de uma política monetária americana mais apertada [juros mais altos]. Esse movimento teve efeito muito forte não só no Brasil, mas no mundo todo, e gerou ansiedade em muitos setores. Porém, esse processo tende a se ajustar em algum momento. No médio e longo prazos, teremos apenas um pequeno soluço e vamos retomar o crescimento.
O soluço não está longo?
Começou há seis semanas. Tivemos um primeiro trimestre fraco, mas o investimento foi forte. Apesar dos efeitos das manifestações, vamos ter um primeiro semestre de bons resultados. Essa mudança teve impacto, mas quero chamar a atenção para oportunidades nos investimentos em infraestrutura, energia, óleo e gás, agronegócio e manufatura. Depois desse ajuste, o quadro é benigno. Teremos um câmbio estimulante para vários setores.

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