O PANORAMA VISTO DA SERRA

domingo, 23 de dezembro de 2012

COSTUMES É DIFERENTE DE ACOSTUMAR-SE A!

O que há realmente é uma questão básica de costumes aqui nesta cloaca que até já se intitula de Nação. É uma questão de estarmos ou não acostumados com as regras da democracia, da ética e da moral, etc. É uma regra geral e teremos sempre que levar em consideração quando são produzidas as leis pois estas têm por norma observar também aquilo que chamamos de costumes, mas não significa o "acostumar-se a tudo" que é o que normalmente acaba achando a ignorantalha ou os espertos de plantão, o que é totalmente diferente.
Costumes são coisas próprias de uma nação e de um povo quando já existe um consenso de que aquilo é perfeitamente aceitável sem prejuizo de todas as partes envolvidas, e é preciso muito cuidado para que não venhamos justamente criar o "acostumar-se a".
Mas o fato, o que é o pior de tudo é que não conseguimos nos acostumar nem mesmo com aquelas leis que colocamos no papel, não se tratando nem ainda das que por comparação com as das sociedades mais desenvolvidas, e cujas lá, são colocadas e obedecidas!
Há um estranhamento geral até quando se cumpre regularmente e dentro dos parâmetros próprios, essas ainda muito brandas leis que regem nossos comportamentos sociais aqui, observando regras da moral e da ética em geral.
Vejo um estranhamento muito grande por quem tem maior poder economico, e principalmente por parte da classe politica quando isto é observado, pelo tanto "acostumar-se a ver" que quem tem dinheiro nunca terá problemas com a justiça.
Isso está por todo lado na história do banditismo no mundo até quando vemos no filme O Poderoso Chefão, o Godfather da máfia fazer de tudo para que seu filho se tornasse um integrante do Judiciário Americano. Mas a arte nem tanto imita a vida que o rapaz tinha uma boa índole, tinha caráter e passou a não acobertar os crimes do pai.
Há como que uma confiança global de que tudo deságua na justiça e é através dela ou nela onde reside a importancia maior para quem pretende trilhar por caminhos pouco ortodoxos, para não dizer criminosos mesmo!
Então, como não possuimos ainda uma cultura sedimentada de democracia e conhecendo as facilidades que existem nos conluios entre os dois primeiros poderes, resta o Judiciário como o estranho do ninho.
Basta lembrar o esperneio recente no caso do julgamento dos réus do Mensalão com participação de vários setores da sociedade inclusive de jornalistas da nossa grande mídia, a chamada de midia alugada, chapa branca e por aí vai, a querer incutir nos mais desinformados a idéia de que tudo aquilo fosse um golpe como se tudo o que ocorreu pudesse sequer asssemelhar-se a coisas praticadas em regimes de excessão.
Daqui prá frente o que esperamos é que não venhamos a nos acostumar com nada a não ser com as coisas que nós mesmos colocamos como normas por sabermos de antemão que a depender de circunstancias próprias nós mesmos até nos absteriamos de cumprí-las.
Por isso é que têm que estar lá!

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