O PANORAMA VISTO DA SERRA

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

DEMOCRACIA NUMA HISTORINHA SIMPLES

Uma historinha para forçar a compreensão pelas cabecinhas inocentes, puras e que, não por sua própria escolha mas por que nada lhes foi dito sobre certas coisas e como as mesmas funcionam:

Costumamos criticar e isso é amplamente divulgado através de romances antigos, telenovelas e etc, a figura do senhor da casa grande, do senhor de engenho, do coronel, que é o nosso correspondente ao senhor feudal também nos regimes monárquicos antes vigentes na Europa e que aqui ainda permaneceu até o século XIX.

Até aí não deve ser dificil de entender e também como toda a sociedade moderna mesmo os mais humildes, percebem hoje a magnitude das muitas daquelas populações que se desenvolviam no entorno desses feudos, que não obstante toda a carga negativa que eles representavam e representam, eram em grande número e portanto concessionários do poder político do Estado daquela maneira estruturado.
É preciso entender que eles eram o Estado!
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Vocês ficam bastante indignados ao assistirem como aqueles senhores eram donos até da vida dos seus subordinados, não é? Chegam a ter raiva dêles, não é mesmo? Todos têm!
Mas lembrem-se também de uma coisa que é a de que a nos atermos pelos anseios dos povos do século XIX, todas aquelas necessidades hoje, já teriam sido atendidas.

Mas agora o tempo é outro e as espectativas das populações também mudaram. É só lembrarmos que lá não tinhamos sanitários nas residencias. Só uma pequena lembrança!
Não se deixem enganar pelo tempo, pois já se dizia que o tempo é o senhor da razão.

O que significava propriedade naqueles tempos, que era um mundo totalmente rural e baseado nesse tipo de propriedade, não tem nada com a relação de propriedade do mundo moderno atual. Não é a mesma agora.
Agora temos um tipo de propriedade que se chama intangível, não necesariamente correspondendo a um bem fisico, um imóvel, ou até uma fábrica e muito menos uma fazenda!

Pois bem, era uma forma equivocada? Sim, tanto que para isto surgiu da cabeça de certos "iluminados", a figura do Estado moderno, fincado na Democracia. Se, e é obvio que não admitimos mais isso, como querer que venhamos a repetir isso nos nossos dias, consentidamente?

Como, vocês que se acostumaram a ver nos romances como eram tratadas as pessoas que não pertenciam à sala de jantar e em que os senhores eram os mesmos que criavam as leis, executavam-nas e julgavam segundo as mesmas, vão querer agora depois de adquiridos todos os direitos que lhes proporcionou a criação do estado moderno, deixar que governantes eleitos com vosso voto promovam toda a sorte de desmandos?

Como aceitam que mesmo com todos aqueles direitos constituidos e no entanto seja permitido a eles poderem usar do arbítrio e retirar em nome de uma representação do povo seus próprios ganhos e de seus familiares, com gastos os mais estapafúrdios, usando como bem entenderem os recursos que são do Estado e por isso são seus, reproduzindo por outros meios as ações dos velhos coronéis, muito pior do que faziam os antigos senhores feudais?

Os mesmos que eram tão criticados por todos e que no entanto vocês não conseguem enxergá-los agora, mesmo estando a ferir na sua própria carne...!?

Pois, lembrem-se de uma coisa que é de que pelo menos aqueles e naqueles tempos, não estavam enganando ninguém quando diziam que a propriedade e o poder, ou seja, o Estado daquela época era ele próprio, mas os de agora mentem quando se imiscuem da representatividade que vocês lhes dão e fazem coisas até muito piores!
                                                                                                                                         J.A.MELLOW

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