O PANORAMA VISTO DA SERRA

segunda-feira, 22 de abril de 2013

UPA e os CUPAs por Valmir F. A. Pereira

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

 
No lascivo reino da “Esbórnia”, um gigantesco país nas margens do Ipiranga, reinava uma mandona intragável jocosamente denominada de UPA. A razão, ninguém sabia.
Assim, dos menos ricos “esbornienses”, pois todos eram afortunados, aos mais aquinhoados, todos reverenciavam a UPA como uma impoluta “gerentona”.
Portanto, causava espécie para os entendidos e até para os leigos, que apesar da economia que patinava, da inflação que aumentava, da educação que afundava, da corrupção que assolava e a certeza de que o país navegava à matroca, que, admiravelmente, a UPA subia no coração dos bem-aventurados habitantes - os CUPAS, denominação genérica daquele fagueiro povo.
Apesar dos múltiplos escândalos como:
- a amada Rose fora descoberta, mas a metamorfose, padrinho da UPA, e guru da amantíssima Rose, seguia impoluto, e, absurdamente, a UPA subia;
- o Dirceu, prestigiado membro da “tchurma” da UPA, filhote moral do falacioso e melífluo guru da enganação, declarou que no julgamento do mensalão contava com o voto benevolente de vários ministros, inclusive nominou um, mas tudo ficou sem novidade no front, pelo contrario, milagrosamente, a UPA subia;
- os gays e as lésbicas adquiriram foro privilegiado, e, breve tiveram cotas nas universidades, nos empregos públicos; mas os CUPAs, até os cheios de méritos, só levavam um belo nabo no traseiro.
No país, nada acenava para qualquer obra de monta em prol da melhoria da infraestrutura e do futuro do reino, mas, assombrosamente, a UPA subia.
As estradas não "pedagiadas" se transformaram no caos da “buraqueira”, mas extraordinariamente, a UPA subia.
A gasolina subia e o tomate idem, e no furor dos aumentos, e estrepitosamente e apesar de tudo, a UPA também subia.
Alguns chegaram à conclusão de que os CUPAs agiam de forma inversamente proporcional, pois quanto mais os CUPAs desciam a UPA mais subia.
O sadomasoquismo é um instrumento usado à larga por desviados sexuais, portanto conhecendo – se o alto grau de sacanagem que dominava a mente dos nativos da terra do Cruz Credo, a UPA subia cada vez mais, mesmo à custa dos CUPAs que desciam
Não importavam as denúncias, nem as omissões, nada absolutamente podia macular o “foro” que apoiava a UPA, que sempre subia no conceito dos CUPAs.
Existia uma pletora de bondades e omissões com os quais a UPA poderia brindar os omissos CUPAs, que beneficiados chegaram à total servidão.
Podemos concluir nesta breve lenda, que deixando de lado os maiores cuidados com seu solitário neurônio, liberada para enunciar em palavras lapidares o seu destino de maior “símbolo” da nação “esborniense”, que a UPA deve ter subido aos céus.
Mas sabemos que na vida nada se perde e que tudo se transforma e, se a UPA subia, os CUPAs desciam.
A conclusão é lógica e repousa em dados científicos e matemáticos, e ficou comprovado na prática, que quanto mais a UPA subia, mais a comunidade dos CUPAs descia.
Até onde a UPA subiu e os CUPAs desceram só a tradução de indecifráveis hieróglifos poderá dizer.
Alguns podem questionar que em remotas Eras tenha existido na face da terra uma Nação como a “Esbórnia”, mas segundo a lenda, com a morte da UPA, os CUPAs sucumbiram por falta de trolha. Haviam atingido o fundo do poço.
Ainda bem que no século XXI, estórias como as ocorridas na “Esbórnia” não florescem jamais.
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, General de Brigada Reformado, é Presidente do Ternuma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário