Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
No lascivo reino da “Esbórnia”, um gigantesco país
nas margens do Ipiranga, reinava uma mandona intragável jocosamente denominada
de UPA. A razão, ninguém sabia.
Assim, dos menos ricos “esbornienses”, pois todos
eram afortunados, aos mais aquinhoados, todos reverenciavam a UPA como uma
impoluta “gerentona”.
Portanto, causava espécie para os entendidos e até
para os leigos, que apesar da economia que patinava, da inflação que aumentava,
da educação que afundava, da corrupção que assolava e a certeza de que o país
navegava à matroca, que, admiravelmente, a UPA subia no coração dos
bem-aventurados habitantes - os CUPAS, denominação genérica daquele fagueiro
povo.
Apesar dos múltiplos escândalos como:
- a amada Rose fora descoberta, mas a metamorfose,
padrinho da UPA, e guru da amantíssima Rose, seguia impoluto, e, absurdamente,
a UPA subia;
- o Dirceu, prestigiado membro da “tchurma” da UPA,
filhote moral do falacioso e melífluo guru da enganação, declarou que no
julgamento do mensalão contava com o voto benevolente de vários ministros,
inclusive nominou um, mas tudo ficou sem novidade no front, pelo contrario,
milagrosamente, a UPA subia;
- os gays e as lésbicas adquiriram foro
privilegiado, e, breve tiveram cotas nas universidades, nos empregos públicos;
mas os CUPAs, até os cheios de méritos, só levavam um belo nabo no traseiro.
No país, nada acenava para qualquer obra de monta
em prol da melhoria da infraestrutura e do futuro do reino, mas,
assombrosamente, a UPA subia.
As estradas não "pedagiadas" se
transformaram no caos da “buraqueira”, mas extraordinariamente, a UPA subia.
A gasolina subia e o tomate idem, e no furor dos
aumentos, e estrepitosamente e apesar de tudo, a UPA também subia.
Alguns chegaram à conclusão de que os CUPAs agiam
de forma inversamente proporcional, pois quanto mais os CUPAs desciam a UPA
mais subia.
O sadomasoquismo é um instrumento usado à larga por
desviados sexuais, portanto conhecendo – se o alto grau de sacanagem que
dominava a mente dos nativos da terra do Cruz Credo, a UPA subia cada vez mais,
mesmo à custa dos CUPAs que desciam
Não importavam as denúncias, nem as omissões, nada
absolutamente podia macular o “foro” que apoiava a UPA, que sempre subia no
conceito dos CUPAs.
Existia uma pletora de bondades e omissões com os
quais a UPA poderia brindar os omissos CUPAs, que beneficiados chegaram à total
servidão.
Podemos concluir nesta breve lenda, que deixando de
lado os maiores cuidados com seu solitário neurônio, liberada para enunciar em
palavras lapidares o seu destino de maior “símbolo” da nação “esborniense”, que
a UPA deve ter subido aos céus.
Mas sabemos que na vida nada se perde e que tudo se
transforma e, se a UPA subia, os CUPAs desciam.
A conclusão é lógica e repousa em dados científicos
e matemáticos, e ficou comprovado na prática, que quanto mais a UPA subia, mais
a comunidade dos CUPAs descia.
Até onde a UPA subiu e os CUPAs desceram só a
tradução de indecifráveis hieróglifos poderá dizer.
Alguns podem questionar que em remotas Eras tenha
existido na face da terra uma Nação como a “Esbórnia”, mas segundo a lenda, com
a morte da UPA, os CUPAs sucumbiram por falta de trolha. Haviam atingido o
fundo do poço.
Ainda bem que no século XXI, estórias como as
ocorridas na “Esbórnia” não florescem jamais.
Valmir
Fonseca Azevedo Pereira, General de Brigada Reformado, é Presidente do Ternuma.
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