segunda-feira, 1 de abril de 2013
A HISTÓRIA, APESAR DAS TENTATIVAS DE REESCREVÊ-LA, TERÁ SEMPRE A VERDADE AO SEU LADO
Passou
praticamente despercebido do noticiário da semana passada a decisão da
direção da Câmara Federal de revogar uma resolução dela própria, de
1948, em que cassou o mandato de 14 deputados do Partido Comunista.
A
cassação fora baseada em sentença do Tribunal Superior Eleitoral,
confirmada pelo Supremo, porque baseada na Constituição. Conhecida como
constituição liberal, ela vedava, no entanto o Partido Comunista, porque
ele não aceitava a pluralidade de partidos, nem a liberdade, nem a
democracia nos países em que estava no poder.
Recuperaram
os mandatos, entre outros, o escritor Jorge Amado, o mentor da
guerrilha do Araguaia, João Amazonas, e o autor do “Manual da Guerrilha
Urbana”, Carlos Marighella – todos agora mortos. O Senado, por sua vez,
devolveu o mandato a Luís Carlos Prestes que, patrocinado por Moscou,
tentou tomar o governo em 1935, num levante que matou 32 militares, a
maioria enquanto dormia no quartel da Praia Vermelha.
A
líder do Partido Comunista do Brasil, a gaúcha Manuela d’Ávila, num
discurso patético, disse que demorou o reconhecimento da injustiça feita
contra quem lutou pela democracia e pelos direitos humanos. Ela deve
julgar que todos sofrem de alienação mental.
Quem
mais oprimiu a democracia e os direitos humanos no planeta, no século
20 foi o Partido Comunista. Onde tomou o poder, a partir de 1917,
suprimiu todos os direitos e impôs ditaduras cruéis, torturadoras,
sanguinárias, de que hoje ainda temos resquícios, em Cuba e na Coreia do
Norte. Foi o Partido Comunista que baixou uma cortina de ferro sobre
parte da Alemanha, sobre a Polônia, a Hungria, a Tchecoslováquia e
tantas outras infelizes nações da Europa e Ásia.
Foi
a maior praga do século 20, afetando a vida de milhões de habitantes de
países que ficaram sob seu jugo, e de outros milhões em que os
comunistas tentaram tomar o poder pela força das armas, como no Brasil,
por duas vezes, no Uruguai, na Argentina, no Chile, para citar alguns
sul-americanos.
O
terror comunista matou mais que o nazismo de Hitler – com quem, aliás,
Stálin fez acordo para massacrar a Polônia. Calcula-se que os
assassinatos genocidas praticados por ditadores comunistas na Europa e
Ásia chegam a 100 milhões. O holocausto de Hitler matou 6 milhões de
judeus, segundo se calcula.
Escapamos
da ditadura comunista graças à incompetência monumental de Prestes e
seus companheiros, na tentativa de golpe em 1935.
Moscou,
que pagava tudo e mantinha observadores em torno de Prestes, como Olga
Benário, ficava atônita com os erros dos comunistas brasileiros, como
pesquisou em arquivos soviéticos William Waack para o livro “Camaradas”.
Mesmo
assim, quando Prestes foi a Moscou no início de 1964, obteve de novo a
promessa de auxílio político e militar. Em troca, garantia que “uma vez a
cavaleiro do aparelho de Estado, converter rapidamente, a exemplo da
Cuba de Fidel, a revolução nacional-democrática em socialista”.
Isso
é História, que relembro agora porque muita gente, com a maior
cara-de-pau vem nos falar de democracia e de direitos humanos dos
comunistas.
01 de abril de 2013
Alexandre Garcia – Colunista da agência “Alô Comunicação”
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